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Peso da Europa decidiu Bola de Ouro contra Vinicius Jr. – 09/11/2024 – Esporte

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O detalhamento dos votos da Bola de Ouro, divulgado na madrugada deste sábado (9) pela revista France Football, indica que a Europa foi decisiva para a vitória do espanhol Rodri e o segundo lugar de Vinicius Jr.

O meio-campista espanhol do Manchester City, da Inglaterra, ganhou o prêmio de melhor jogador do mundo em uma votação muito apertada – 1.170 pontos em 1.485 possíveis, contra 1.129 para o atacante brasileiro do Real Madrid.

A diferença se deveu basicamente ao peso dos europeus, 41 dos 99 eleitores. Cada jurado escolheu dez jogadores, dentre uma lista de 30 pré-selecionados, atribuindo-se a eles, por ordem de preferência, 15, 12, 10, 8, 7, 5, 4, 3, 2 e 1 ponto.

O predomínio europeu se deve ao critério da revista para formar o colégio eleitoral: um jornalista de cada um dos cem primeiros países no ranking de seleções da Fifa (o total caiu para 99 pela ausência de eleitor da Síria).

Rodri levou vantagem sobre Vinicius, entre os jornalistas da Europa, por 560 pontos contra 442. Também ganhou por pequena vantagem entre os onze jurados das Américas do Norte e Central (121 a 117).

O brasileiro ganhou mais pontos na América do Sul (121 a 91, 10 eleitores), na África (271 a 236, 22 eleitores) e na Ásia/Oceania (178 a 162, 15 eleitores).

Três jornalistas não incluíram Vinicius Jr. entre os dez melhores (El Salvador, Finlândia e Namíbia), enquanto cinco omitiram Rodri de suas listas (Bahrein, Bolívia, Colômbia, Emirados Árabes e Panamá).

Rodri foi o melhor para 49 jornalistas; Vinicius, para 35.

Alguns votos, como ocorreu em anos anteriores, sugerem “patriotada” dos jornalistas. O jurado da Turquia colocou o turco Çalhanoglu em terceiro lugar. O da Nigéria votou no nigeriano Lookman como primeiro colocado.

O triunfo do espanhol, anunciado no último dia 28 em um evento de gala em Paris, gerou controvérsia porque até a véspera da premiação era dada como certa a vitória do brasileiro. O Real Madrid boicotou a cerimônia ao saber, horas antes, que Vini não seria o ganhador.

Na edição da revista, que chegou às bancas franceses na manhã de sábado, Rodri reafirmou que não conhecia o resultado de antemão e lamentou a ausência do Real Madrid. “Devo respeitar a decisão de todo mundo, mesmo se não teria agido da mesma maneira. Mas eles fazem o que quiserem.”

Em editorial, o redator-chefe da France Football, Vincent Garcia, criticou o clube espanhol pelo “desrespeito ao resultado”. Garcia votou em Vinicius, com Rodri em segundo lugar.

Partidários do brasileiro aventaram possível racismo no resultado – Vinicius se notabilizou pela luta ostensiva contra o preconceito nos estádios, o que lhe valeu várias altercações em campo com adversários e juízes.

As desavenças teriam pesado contra ele porque um dos critérios da France Football, além do desempenho individual e coletivo, é o que a revista chama de “classe e fair-play”.

O terceiro colocado, ainda próximo dos dois primeiros, foi o meio-campista inglês Jude Bellingham, companheiro de equipe de Vinicius, com 917 pontos. Em quarto, bem distante (550 pontos), outro jogador do Real Madrid, o lateral-direito Dani Carvajal. Em quinto ficou o atacante norueguês Erling Haaland, colega de Rodri no Manchester City (432 pontos).

Teria pesado em favor de Rodri, além do título inglês pelo City, o bom desempenho na Eurocopa, disputada na Alemanha e vencida pela Espanha. Vinicius, por sua vez, ganhou a Champions League e a liga espanhola, mas com a seleção brasileira não passou das quartas de final da Copa América, disputada nos EUA.

A Folha conversou nos últimos dias com alguns dos membros do júri da France Football. Embora a revista tenha pedido que mantivessem o sigilo dos votos até a publicação deste sábado, alguns se dispuseram a revelar parcial ou integralmente suas preferências.

“Votei em Jude Bellingham. Vini foi o segundo na minha lista”, disse John Greechan, do jornal escocês Edinburgh Evening News. “Duro, para um escocês, votar em um inglês! Mas ele foi notável na primeira temporada no Real, e na Euro fez parte de um time razoável.”

Mesmo tendo tachado Vinicius de “vingativo e provocador demais”, o jornalista camaronês Gustave Samnick, da revista Notre Afrik, votou no brasileiro como número um. O grego Manos Staramopoulos, do jornal Dimokratia, também optou por Vinicius, mas ressalvou que “não se pode dizer que ele tenha sido injustiçado”.

A France Football também publicou o detalhamento dos votos para os demais prêmios.

Arthur Elias ficou em terceiro na disputa de melhor treinador de equipe feminina. O técnico da seleção foi o melhor para 3 dos 49 jurados (Áustria, Bélgica e Brasil). Venceu a inglesa Emma Hayes, campeã olímpica em Paris com a seleção dos EUA, derrotando justamente o Brasil na decisão.

Na eleição da melhor jogadora, 36 dos 49 jurados colocaram no topo a espanhola Aitana Bonmatí, do Barcelona. Duas brasileiras estavam entre as 30 indicadas, a atacante Gabi Portilho, do Corinthians (18º lugar), e a zagueira Tarciane, ex-corintiana e hoje no Houston Dash, dos EUA (23º).

Portilho figurou na lista de dez jurados (Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, China, Colômbia, México, Paraguai, Rússia e Taiwan), e Tarciane, em cinco (Argentina, Brasil, Colômbia, Uzbequistão e Vietnã).

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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