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Pesquisas de boca de urna indicam democracia e economia como principais preocupações dos eleitores

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8 meses atrásem
Os primeiros resultados de uma pesquisa de boca de urna conduzida pela Edison Research sobre as eleições americanas 2024 mostram que a democracia e a economia estavam, por ampla margem, no topo das preocupações dos eleitores que votaram nas eleições. Logo depois, vem aborto e imigração, com a política externa ficando em último. Também dá sinais interessantes, como o aumento do número de eleitores de Donald Trump que apoiam a legalização do aborto e um aumento ligeiro da aceitação do republicano entre negros e latinos.
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Apesar disso, cerca de três quatros dos eleitores em todo o país afirmam que seu voto foi feito principalmente em apoio ao candidato. Nesse caso, oito em cada dez eleitores de Trump e dois terços dos eleitores de Kamala. Para os eleitores de Trump, a principal qualidade do republicano é a capacidade de liderança. Quando a pergunta é sobre a democrata, os eleitores ficam divididos entre bom julgamento (33%), empatia (cerca de 30%), liderança (cerca de 20%), e um grupo menos observa sua capacidade de realizar mudanças.
A pesquisa é feita para um um pool de redes de TV, como CNN, NBC News, ABC News e CBS News. Este ano, 11 estados estão contemplados na boca de urna da Edison Research: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia, Wisconsin, estados que vão definir a eleição, Flórida, Ohio, e Texas. As primeiras urnas só começam a fechar às 19h locais (21h em Brasília), mas a boca de urna ajuda a antecipar elementos — como comparecimento e demografia — para futuras análises enquanto os resultados reais não saem.
A democracia ficou em primeiro lugar, com 35% dizendo que era a questão que mais pesava na hora de votar, seguido pela economia, que ficou em 31%. Tanto homens quanto mulheres classificaram os dois temas como suas principais preocupações. Mas, assim como ocorreu ao longo da campanha, os temas estão bem delimitados: enquanto metade dos eleitores de Kamala Harris disseram que a democracia era sua principal prioridade, os eleitores de Donald Trump escolheram a economia.
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A boca de urna também revela outros dados interessantes: o aborto vem em terceiro lugar, com 14%. As mulheres, afirmou a pesquisa, eram mais propensas do que os homens a priorizar o tema. Quando analisado só essa fatia, 19% das mulheres afirmaram que a questão dos direitos reprodutivos é a mais importante, enquanto apenas 8% dos homens disseram o mesmo. Além disso, mostrou que o número de eleitores de Trump que concordam que o aborto deveria ser legal aumentou em relação a 2020.
No quesito da imigração, o segundo tema de maior preocupação entre trumpistas, a pesquisa mostra que quase seis em cada dez eleitores apoiam oferecer à maioria dos imigrantes em situação irregular uma chance de solicitar status legal, em comparação com 39% que acreditam que eles devem ser deportados. A política externa, que inflamou a campanha devido às promessas (ou não) de ajuda, negociações e votos de protesto, ficou em último, com apenas 4%.
Os números sugerem que Trump também está sendo recebido de forma menos favorável entre eleitores brancos: são apenas 49%, diferente dos 57% dos que o apoiavam em 2020.
A pesquisa de boca de urna também mostrou que o índice de aprovação do trabalho do presidente Joe Biden está em 41%, menor do que a avaliação do governo Trump em 2020 (50%). Cerca de 3/4 do eleitorado têm uma visão negativa de como o país está hoje. Mais de quatro em cada dez eleitores estão insatisfeitos e cerca de três em cada dez dizem estar irritados. Apenas 1/4 diz estar satisfeito.
Republicanos também têm maior chance do que os democratas de dizer que os melhores dias estão no passado. O otimismo com o futuro permanece para seis em cada dez dizem que os melhores dias dos EUA.
A eleição americana não é uma eleição nacional, mas um conjunto de eleições estaduais. Por isso, os americanos acompanham a apuração estado por estado, numa verdadeira corrida para ver qual dos dois candidatos soma primeiro os 270 votos necessários para vencer no Colégio Eleitoral. Isso sem contar que cada um dos 50 estado tem seu próprio método de conduzir e apurar a votação.
Como os estados têm prazos diferentes para proclamar, após a contagem de todos os votos, quem venceu localmente — e portanto como seus delegados votarão no Colégio Eleitoral —, são os principais veículos de comunicação americanos que tentam antecipar os resultados de cada uma das 50 unidades da federação ainda na noite da eleição.
A partir dos números da apuração, eles fazem projeções e podem declarar um vencedor em determinado estado quando avaliam que a tendência verificada na contagem dos votos é irreversível. Ao contrário do Brasil, não há uma autoridade federal que centralize os números, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ou seja, no fim, o que aparece na tela da TV ou do computador para quem acompanha a apuração na noite da eleição não são os resultados oficiais, mas essas projeções. O Colégio Eleitoral só vai se reunir neste ano em 17 de dezembro, quando se espera que as autoridades de cada estado já tenham proclamado um vencedor localmente. Esses votos serão então contados no Congresso em janeiro, onde o resultado final da eleição é, finalmente, oficializado.
Nos estados-chave, em que a eleição é muito apertada, esse método informal de apuração pode dar margem a erros e mal-entendidos. Controvérsias ou disputas de contagem de votos podem ser levadas ao tribunal, como ocorreu em 2000, quando a Suprema Corte dos EUA decidiu sobre a contagem dos votos na Flórida (quando o democrata Al Gore ganhou do republicano George W. Bush no voto popular, com 48,4% a 47,9% dos votos, mas perdeu no Colégio Eleitoral).
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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