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Poderá a Tailândia unir a ASEAN para aumentar a pressão sobre Mianmar? – DW – 20/12/2024
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Tailândia esta semana acolheu duas reuniões regionais separadas numa tentativa de abordar o crise política e de segurança em Myanmar.
A primeira reunião envolveu a junta militar governante de Myanmar e os seus vizinhos, incluindo a China, o Bangladesh, o Laos e a Índia, enquanto a segunda incluiu o Associação de 10 membros das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Todos os países vizinhos concordam que o envolvimento direto e o diálogo com Mianmar são “críticos” e “necessários”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Nikorndej Balankura, numa conferência de imprensa em Banguecoque.
“Eles reconhecem o valor de se reunirem regularmente. E partilham o mesmo entendimento, mais do que outros países, porque são vizinhos diretos diretamente afetados pela situação em Mianmar.”
Novo impulso para o plano de paz de Mianmar na cúpula da ASEAN
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Conversas fadadas ao fracasso?
O ministro das Relações Exteriores de Mianmar informou na quinta-feira aos participantes sobre o esboço do roteiro político da junta e os planos para a realização de eleições.
Os críticos consideraram os planos eleitorais uma farsa.
David Scott Mathieson, analista independente que trabalha com conflitos e questões de direitos humanos em Mianmar, disse que é improvável que as negociações produzam quaisquer resultados.
“A menos que os militares de Mianmar levem a sério a paz, estas conversações serão extremamente limitadas. Não se pode abordar qualquer diplomacia em Mianmar sem uma compreensão clara de que os militares são a causa raiz de todos os problemas”, disse ele à DW.
Mathieson enfatizou que as reivindicações da junta sobre a realização de eleições não deveriam ser levadas a sério.
“Ninguém deveria levar a sério estas afirmações. Isto é uma armadilha da diplomacia. Se algum interlocutor levar a sério os preparativos eleitorais, terá condenado o país a um conflito prolongado”, sublinhou.
As coisas não estão indo bem para o governo militar de Mianmar: Kyle Matthews, Concordia University Montreal
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O que a ASEAN disse à junta de Mianmar?
A Tailândia disse ter comunicado à junta de Mianmar que Os membros da ASEAN quereriam que as eleições sejam livres e justas.
“Se houver eleições, a ASEAN iria querer um processo inclusivo que incluísse todas as partes interessadas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês, Maris Sangiampongsa, numa entrevista de grupo em Banguecoque, após reuniões com os seus homólogos da ASEAN e diplomatas seniores.
O bloco ainda aguarda detalhes das pesquisas do lado de Mianmar, disseram autoridades tailandesas.
“Os países vizinhos disseram que apoiamos Mianmar na procura de soluções, mas as eleições devem ser inclusivas para as várias partes interessadas do país”, disse Maris, sublinhando que os vizinhos de Mianmar aconselhariam, mas não interfeririam.
Qual é a situação atual em Mianmar?
Myanmar tem estado num estado de turbulência política desde o os militares derrubaram o governo democraticamente eleito em fevereiro de 2021.
Homens e mulheres jovens fogem do recrutamento militar de Mianmar
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O golpe desencadeou protestos em massa, que evoluíram para uma grande revolta anti-junta, especialmente em regiões dominadas por minorias étnicas.
Aqueles que se opõem ao regime militar formaram alianças compostas por grupos étnicos e forças de defesa lideradas por civis.
Estima-se que a guerra civil tenha ceifado a vida de mais de 5.000 civis desde 2021.
Milhões de pessoas foram deslocadas internamente e a economia do país está em frangalhos.
O conflito no país intensificou-se no último anocom rebeldes de minorias étnicas a tomarem vastas áreas de território à junta, especialmente perto da fronteira com China.
Mal pagos e sobrecarregados: migrantes de Mianmar na Tailândia
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A Tailândia pode exercer influência sobre a junta de Mianmar?
A Tailândia e Mianmar têm uma história próxima, mas complicada. Ambos partilham laços culturais e religiosos, bem como uma fronteira terrestre de 2.400 quilómetros (1.490 milhas).
Desde o golpe de fevereiro de 2021, muitos cidadãos de Mianmar fugiram para a Tailândia em busca de uma vida melhor.
A Tailândia abriga atualmente cerca de 2 milhões de migrantes de Mianmar.
Pravit Rojanaphruk, jornalista veterano e observador político, disse que a Tailândia é o país da região mais afetado pela guerra civil e pela instabilidade em Mianmar.
“Banguecoque terá de ser mais empenhado e assertivo, não apenas no que diz respeito à crise humanitária, mas também para ajudar a colocar Mianmar de volta no caminho da paz e da democracia”, sublinhou.
Editado por: Srinivas Mazumdaru
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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