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Por que as pessoas do Sul da Ásia correm mais risco – DW – 26/11/2024

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Novos dados publicados em A Lanceta revista descobriu que 828 milhões de adultos em todo o mundo vivem com tipo 2 diabetes — um aumento de 630 milhões de pessoas entre 1990-2022.

Enquanto diabetes é um problema de saúde globala pesquisa descobriu que as pessoas das populações do sul da Ásia apresentam riscos de saúde particularmente elevados associados à doença.

A investigação sugere que as pessoas oriundas do Sul da Ásia podem ter quatro vezes mais probabilidades de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação com as pessoas oriundas da Europa. Pessoas oriundas do Sul da Ásia também podem desenvolver a doença 10 anos mais cedo do que outras populações, em média.

“O diabetes tipo 2 está em proporções epidêmicas em ambos Índia e Paquistão e aumentando rapidamente em Bangladesh também. As últimas estimativas mostram que mais de 33% da carga global de diabetes tipo 2 provém de populações do Sul da Ásia (tanto migrantes como não migrantes)”, disse Moneeza Siddiqui, epidemiologista da Universidade Queen Mary de Londres, Reino Unido.

Poderão existir até 212 milhões de casos de diabetes tipo 2 na Índia e 36 milhões de casos no Paquistão, dos quais, segundo nos disseram, mais de metade não são tratados.

“Os sul-asiáticos também têm maior probabilidade de os europeus terem diabetes tipo 2 mal controlado, maior risco de complicações, como doenças cardíacas, renais ou hepáticas”, disse Siddiqui.

Por que as pessoas com herança do Sul da Ásia são mais propensas ao diabetes?

O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não funciona adequadamente e produz insulina insuficiente.

A insulina é vital hormônio para regular os níveis de açúcar no sangue, permitindo que o açúcar (glicose) entre nas células.

A falta de insulina significa que as células não conseguem absorver a glicose necessária para produzir energia. Com o tempo, isso pode causar sérios danos aos sistemas do corpo.

Diabetes tipo 1 é um problema auto-imune em que o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, reduzindo a produção de insulina.

O tipo 2, responsável por 96% dos casos de diabetes, é diferente: pode desenvolver-se ao longo do tempo através de fatores como dieta, massa corporal e idade.

Pessoa fritando alimentos no Paquistão, onde pelo menos 33 milhões de pessoas têm diabetes
Alimentos fritos e oleosos podem desempenhar um papel no diabetes tipo 2, mas novas pesquisas sugerem que a genética também aumenta os fatores de risco para pessoas oriundas do sul da ÁsiaImagem: DW

A genética também desempenha um papel importante no desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Alka Kanaya, cientista clínica da Universidade da Califórnia em São Francisco, EUA, disse que estes factores de risco genéticos causam uma “progressão mais rápida de estados de pré-diabetes para diabetes”, em pessoas com origem no sul da Ásia.

Como resultado, uma pessoa pode ter menos tempo para se adaptar e prevenir o aparecimento total da doença, disse Kanaya à DW por e-mail.

Fatores genéticos do diabetes em asiáticos britânicos

Outro novo estudo, publicado em Medicina da Naturezasugere genética conduzir a um início precoce de diabetes nas populações do sul da Ásia, em comparação com as populações europeias.

O estudo comparou dados genéticos de britânicos com herança paquistanesa ou de Bangladesh.

Descobriu-se que esses grupos apresentavam um risco genético aumentado de o pâncreas não produzir insulina suficiente ao longo da vida de uma pessoa.

“Dentro destes grupos, os de ascendência do Bangladesh têm uma carga genética maior do que os de ascendência paquistanesa”, disse Siddiqui.

O estudo também descobriu que os sul-asiáticos possuem certos genes que fazem com que a gordura seja armazenada em áreas desfavoráveis ​​do corpo.

“(Isso significa) que os sul-asiáticos têm maior probabilidade de ter um índice de massa corporal (IMC) aparentemente normal, mas que a gordura é armazenada em locais como ao redor do fígado e órgãos centrais, em vez de em áreas ‘mais seguras’ do corpo, como ao redor das coxas ou braços”, disse Siddiqui.

Estes riscos genéticos foram os principais impulsionadores de um início mais precoce da diabetes tipo 2 e de uma resposta mais fraca à medicação entre pessoas de origem no sul da Ásia, concluiu o estudo.

“Isso fornece evidências mais fortes de (causas) distintas para o diabetes tipo 2 e de que precisamos começar a usar essas informações disponíveis para criar estratégias de prevenção e tratamento mais direcionadas nos sul-asiáticos”, disse Kanaya.

Paquistão: Por que estão aumentando os casos de diabetes?

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Fatores de “estilo de vida” também afetam os riscos de diabetes

Embora as pessoas não possam mudar a sua origem genética, os especialistas em saúde dizem que existem as chamadas mudanças no estilo de vida que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2.

“Estudos mais recentes começaram a descobrir que o impacto ambiental exposição a partículas PM2.5 da poluição do ar estão independentemente associados a maior risco de desenvolver diabetes tipo 2. Há também preocupações sobre poluentes orgânicos persistentes que aumentam o risco de esteatose hepática, resistência à insulina e diabetes tipo 2”, disse Kanaya.

Cerca de 50% dos casos de diabetes tipo 2 estão associados ao IMC elevado. E comer grandes quantidades de certos alimentos, como carnes processadastem sido associada a taxas mais altas de diabetes.

Especialistas dizem que exercícios diários e evitar alimentos ricos em açúcar podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver diabetes.

Editado por: Zulfikar Abbany

Fontes:

Tendências mundiais na prevalência e tratamento do diabetes de 1990 a 2022: uma análise conjunta de 1.108 estudos representativos da população com 141 milhões de participantes publicada por Zhou, Bin et al. na revista The Lancet (novembro de 2024) https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(24)02317-1/fulltext

Base genética do início precoce e progressão do diabetes tipo 2 nos sul-asiáticos, publicada por Hodgson, S., Williamson, A., Bigossi, M. et al. na revista Nature Medicine (novembro de 2024) https://www.nature.com/articles/s41591-024-03317-8



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Conheça a jovem que ficou em 1º lugar no exame do CNU; Enem dos concursos

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Lady Gaga não apareceu, mas mandou pizzas para os fãs acampados em frente ao Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Eles amaram! - Foto: AgNews e Instagram

Imagina a alegria! Miriam Martins, de 23 anos, de Santana do Matos, no RN, simplesmente obteve a maior nota entre quase 1 milhão de candidatos em todo país. A jovem ficou em 1º lugar no exame do CNU (Concurso Nacional Unificado), o chamado de Enem dos concursos.

Estudante de escola pública e formada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Miriam uniu disciplina, dedicação e equilíbrio para estudar. Segundo ela, a tática deu a certo:

“Quando vi meu nome no primeiro lugar, fiquei sem acreditar. Me emocionei muito e senti um alívio inexplicável”, falou a potiguar em entrevista à Revista Exame.

Estratégia organizada e seguida à risca

Para o Enem dos concursos, a jovem afirmou ter estudado de cinco a seis horas por dia, com a ajuda de plataformas de cursinhos on-line. Ela assistia a videoaulas, revisava cada disciplina e acompanhava atentamente as correções.

Miriam disse que utilizou também a técnica de flashcards para memorização e na resolução de muitas questões.

Porém, na opinião da jovem, o diferencial foi o equilíbrio: “Tentei manter a calma, me alimentar bem, dormir o suficiente e confiar na minha preparação”, ressaltou Miriam ao Tribuna do Norte.

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Grande concorrência

O Enem dos Concursos, de 2024, foi o primeiro realizado pelo governo. Foi o que Miriam ficou em 1º lugar. O exame reuniu 2,1 milhões de inscritos, mas nas provas agendadas para agosto de 2024, compareceram 970.037 candidatos.

No total foram 6.640 vagas do concurso, para 21 órgãos e entidades, e as provas foram aplicadas em 228 cidades do país.

Os números foram divulgados pelo Ministério de Gestão e Inovação.

O governo federal confirmou que haverá uma segunda versão do Enem dos Concursos ainda este ano.

O governo federal vai entre as 3 mil vagas oferecidas no Enem dos Concursos duas carreiras novas destinadas à segurança e desenvolvimento econômico. Foto: Agência Brasil O governo federal vai entre as 3 mil vagas oferecidas no Enem dos Concursos duas carreiras novas destinadas à segurança e desenvolvimento econômico. – Foto: Agência Brasil



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Aprovado novo antibiótico contra infecções urinárias recorrentes; primeiro em 30 anos

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Murty, o burrinho de estimação desaparecido, felizmente foi resgatado por vizinhos com ajuda de drones. Os tutores idosos estavam desesperados. - Foto: Deirdre Carter/Toronto Sun

A FDA, dos EUA, aprovou o primeiro antibiótico oral para infecções urinárias recorrentes em 30 anos. O tratamento promete ser mais eficaz. Veja Foto: Pixabay

Que notícia boa! Um novo antibiótico contra infecções urinárias recorrentes acaba de ser aprovado pela FDA, a Anvisa dos Estados Unidos. O medicamento é esperança para milhões de mulheres e meninas que sofrem com infecções do trato urinário (ITUs). O Blujepa, é o primeiro antibiótico oral para tratar o problema em quase três décadas.

Desenvolvido pela farmacêutica GSK, o medicamento contém a substância ativa gepotidacina e será uma nova opção para pacientes que enfrentam infecções recorrentes e o aumento da resistência a tratamentos tradicionais.

A novidade é vista como um avanço importante, especialmente considerando que as ITUs são uma das infecções bacterianas mais comuns entre mulheres, levando milhões de pacientes todos os anos aos hospitais nos Estados Unidos.

Combate às bactérias

O Blujepa faz parte de uma nova classe de antibióticos. A gepotidacina age inibindo duas enzimas que são essenciais para a multiplicação das bactérias causadoras das ITUs.

Essa é a primeira grande inovação no combate bacteriano oral para esse tipo de infecção em quase três décadas.

A criação do medicamento contou com o apoio financeiro da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado (BARDA), do governo dos EUA.

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A importância do novo tratamento

As estatísticas mostram o impacto das infecções urinárias na saúde pública:

  • Aproximadamente 50% das mulheres terão uma ITU em algum momento da vida;
  • Um terço dessas mulheres enfrentará infecções recorrentes;

As ITUs são responsáveis por 8 milhões de visitas a prontos-socorros e 100 mil hospitalizações anuais nos Estados Unidos.

Segundo a GSK, o Blujepa oferece uma resposta mais eficaz ao problema crescente da resistência aos antibióticos tradicionais.

Resultados dos estudos clínicos

Mais de 3.000 mulheres e meninas participaram dos testes clínicos que avaliaram o Blujepa. Os resultados mostraram que o novo antibiótico foi mais eficaz que a nitrofurantoína, atualmente o tratamento oral mais comum para ITUs.

Os efeitos colaterais relatados durante os testes incluíram:

  • Diarreia em 16% das pacientes;
  • Náusea em 9% dos casos.

Em sua maioria, os efeitos foram considerados leves.

Alternativa necessária

Embora muitos pacientes ainda optem por tratar infecções urinárias com métodos naturais ou homeopáticos, especialistas ressaltam que em casos de infecções mais severas ou situações em que tratamentos alternativos não estão disponíveis — como em viagens —, o acesso a novas opções antibióticas é essencial.

Em nota oficial, a GSK declarou:

“Estamos orgulhosos de ter desenvolvido o Blujepa, o primeiro de uma nova classe de antibióticos orais para ITUs não complicadas em quase três décadas, e de trazer outra opção aos pacientes que sofrem de infecções recorrentes e taxas crescentes de resistência aos tratamentos existentes.”

A previsão é que o medicamento esteja disponível para venda ainda este ano, no segundo semestre.

O medicamento aprovado pela FDA é o primeiro antibiótico oral para infecções urinárias recorrentes em 30 anos. - Foto: Shutterstock

O medicamento aprovado pela FDA é o primeiro antibiótico oral para infecções urinárias recorrentes em 30 anos. – Foto: Shutterstock



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Lady Gaga compra pizzas para fãs acampados na porta do Copacabana Palace; que gentileza! Assista

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Murty, o burrinho de estimação desaparecido, felizmente foi resgatado por vizinhos com ajuda de drones. Os tutores idosos estavam desesperados. - Foto: Deirdre Carter/Toronto Sun

Ela é demais. Lady Gaga simplesmente comprou pizzas e mandou distribuir para os fãs, acampados há dias, na porta do hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, enfrentando sol e chuva forte, para tentar ver de perto a diva pop. Um show de carinho e gentileza!

A surpresa dos fãs ao receberem o mimo foi gigante. Eles receberam 80 caixas de pizzas na tarde desta quarta-feira (30). Tudo foi confirmado pela equipe do hotel, que ajudou a distribuir o presente. A boa ação ocorreu por volta das 19h e rapidamente ganhou as redes sociais.

Fãs emocionados compartilharam fotos, vídeos e mensagens de agradecimento. E Gaga se pronunciou: “Rio babies, minha pequena pizza está chegando. Parece que dormi na cama com vocês ontem à noite. Toda vez que eu acordava, eu ouvia vocês gritando”, brincou a cantora no X.

Fãs acampados

Antes mesmo da chegada da cantora, fãs já acampavam na porta de um dos hotéis mais icônicos do Rio de Janeiro.

Com barracas montadas e cânticos dedicados à cantora, a turma se divertiu e virou meme na internet.

Mesmo sem aparições públicas, a diva pop mostrou que acompanhou tudo de perto.

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Pizza grátis!

Lady Gaga, muito conhecida pelo carinho que tem pelos fãs, não decepcionou no Rio e mostrou, mais uma vez, porque é endeusada pelo público.

“A gaga mandou pizza pra gente! Foram 80 pizzas do Copacabana Palace enviadas para fãs que a aguardam na porta do hotel como um gesto de carinho. Ou seja, ela não nos deu bolo, ela nos deu pizza!”, disse o influenciador Spartakus.

Ao som de “Obrigado, obrigado, obrigado”, o público respondeu ao mimo da cantora com muita felicidade. Olha o clima que antecede o show em Copacabana, neste sábado, dia 3.

Breve aparição… do noivo

Quem deu um pequeno sinal de vida no Copacabana Palace foi o noivo da cantora, Michael Polansky.

Já era de noite quando o Michael apareceu discretamente em uma das janelas, uma hora após a distribuição das pizzas.

A visão foi rápida, mas o suficiente para deixar a multidão ainda mais eufórica.

Show histórico

O show histórico de Lady Gaga no Rio será na noite deste sábado (3), gratuito na Praia de Copacabana.

A expectativa é de um público gigantesco: mais de 1,6 milhão de pessoas, segundo o governo do Rio de Janeiro.

A artista chegou ao Brasil no último dia 29 de abril e trouxe com ela uma equipe de aproximadamente 250 pessoas, além de dois aviões carregados com equipamentos.

O evento vai ser transmitido pela TV Globo logo após a novela Vale Tudo. Mas dá para assistir antes o pré-show comandado por MC Daniel e Gominho no Multishow e Globoplay, a partir das 20h15.

Vai perder?

Os fãs se amaram na surpresa da pizza enviada por Lady Gaga. Veja:

A pizza da Gaga fez a alegria dos fãs!

Ao todo, a cantora Lady Gaga mandou entregar 80 caixas de pizza para os fãs acampados em frente ao Copacabana Palace, no Rio. – Foto: AgNews

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