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Quem é Joseph Aoun, o novo presidente do Líbano? | Notícias de política

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O comandante do Exército Libanês, Joseph Aoun, é o novo presidente do Líbano.

O homem de 61 anos torna-se o 14º presidente do Líbano, tendo preenchido um vazio presidencial de mais de dois anos deixado pelo seu antecessor, Michel Aoun – que não é parente do novo presidente.

A nomeação de Joseph Aoun supera um grande impasse; O parlamento do Líbano reuniu-se em 12 ocasiões anteriores para votar num presidente, mas não conseguiu elegê-lo.

O apoio de Aoun no parlamento veio de um amplo espectro de figuras políticas, e ele acabou ganhando 99 votos do parlamento de 128 assentos no segundo turno.

Mas quem é Joseph Aoun? E porque é que demorou tanto tempo para o parlamento libanês concordar que ele era a pessoa certa para liderar o país?

Experiência militar

Nascido em 1964 em Sin el-Fil, um subúrbio ao norte de Beirute, Aoun ganhou destaque durante o seu período como comandante do exército do Líbano, cargo a que ascendeu em 2017, e que, tal como o presidente da república, tem de ser ocupado por um membro da seita de Aoun, o Cristianismo Maronita.

A biografia oficial do exército libanês de Aoun afirma que ele se matriculou na academia militar em 1983, durante a guerra civil libanesa.

Ele subiu constantemente na hierarquia, passando por vários treinamentos no Líbano e no exterior, inclusive no programa antiterrorista dos EUA. Ele também recebeu três vezes a Medalha da Guerra do Líbano, junto com várias outras medalhas e honrarias.

Em agosto de 2017, pouco depois de assumir o comando das Forças Armadas Libanesas (LAF), Aoun colocou em prática seu treinamento em contraterrorismo, lançando uma operação visando combatentes do ISIL (ISIS) que passaram anos no terreno montanhoso entre a Síria e o Líbano – particularmente nos arredores das aldeias cristãs Ras Baalbek e Qaa no nordeste do Vale do Bekaa.

O sucesso da operação impulsionou a posição de Aoun. E Aoun também foi capaz de usar os seus anos no topo da LAF para estabelecer ligações estreitas com vários actores regionais e internacionais, incluindo os Estados Unidos, a Arábia Saudita e o Qatar – uma rede que tem sido particularmente útil na recolha de apoio em torno de Aoun para a presidência.

Crises econômicas e políticas

O mandato de Aoun como comandante do exército libanês coincidiu com um período de incríveis dificuldades para o país.

Uma crise económica que dura há anos deixou milhões de libaneses em dificuldades – muitos soldados do exército tiveram de aceitar um segundo emprego para sobreviver.

A crise económica tem sido vista como emblemática da crise de governação mais ampla no Líbano. Um sistema político sectário consolidou uma gerontocracia política envelhecida, associada à corrupção e à má gestão política.

O horror do Explosão de Beirute em Agosto de 2020, que matou mais de 220 pessoas, aumentou a sensação de que os governantes do país falharam completamente com o povo libanês.

E quando o Presidente Michel Aoun deixou vaga a presidência em Outubro de 2022, o parlamento libanês não conseguiu chegar a acordo sobre um sucessor, apesar de se reunir repetidamente para votar. Isto deixou o Estado libanês efectivamente paralisado, ao mesmo tempo que era necessária acção para enfrentar os desafios económicos do país.

A instituição sob a responsabilidade de Aoun, o exército libanês, também era amplamente vista como mais fraca do que o grupo xiita Hezbollah, outro factor que corroía a eficácia do Estado libanês.

Para piorar a situação para o país, a guerra de Israel em Gaza rapidamente se arrastou para o Líbano, quando o Hezbollah iniciou uma troca de tiros com Israel em 8 de outubro de 2023, que culminou em dois meses de devastadores bombardeios israelenses e uma invasão terrestre que matou mais de 4.000 pessoas. pessoas, e culminou com um acordo de cessar-fogo em 27 de novembro do ano passado.

Oportunidade

Mas, apesar da morte e da destruição, a resolução da guerra abriu um caminho para finalmente a selecção de um presidente, à medida que aumentava a pressão internacional e interna para encontrar uma solução e enviar uma mensagem de que o Líbano começaria a reconstruir.

Aoun, que só começou a ser levado a sério como candidato presidencial em 2023, foi o homem a tirar vantagem.

Ele manteve o exército libanês fora da guerra com Israel, apesar da morte de mais de 40 soldados libaneses durante esse período, e também foi visto como uma figura importante para garantir o compromisso do Líbano com o cessar-fogo, que estipula que o Hezbollah deve recuar. do sul do rio Litani e será substituído pelo exército libanês, para garantir que Israel recuará para trás da fronteira definida pela ONU entre o Líbano e Israel.

Notavelmente, Israel acolheu favoravelmente a nomeação de Aoun.

Mas fora do apoio externo e interno a Aoun, é difícil defini-lo politicamente, talvez uma das razões do seu sucesso em ser escolhido como presidente.

Não se sabe muito sobre as suas opiniões políticas e raramente deu entrevistas – embora em 2021 tenha criticado os políticos pela crise financeira do Líbano, dizendo que os soldados estavam a passar fome.

Aoun não declarou uma posição clara sobre o arsenal de armas do Hezbollah, mas no seu discurso de posse, prometeu “afirmar o direito do Estado de monopolizar o porte de armas”. Que medidas ele tomará para fazer cumprir isso ainda não se sabe, e será difícil ver o Hezbollah concordar com qualquer exigência de desarmamento.

O novo presidente também prometeu reconstruir as áreas visadas por Israel, incluindo o sul e o subúrbio de Beirute Dahiyeh.

A sua ênfase na unidade nacional surge num raro momento de acordo; A nomeação de Aoun encerra um amargo período de divisão parlamentar.

Mas será necessário muito mais para provar ao povo libanês que o país realmente virou uma esquina e que a sua liderança política tem a capacidade de realmente melhorar a vida de milhões de libaneses – um papel que falhou durante tantos anos. anos.



Leia Mais: Aljazeera

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Filho surpreende a mãe e dá buquê com R$ 10 mil; notas enroladas como rosas

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Na estrada com a mãe em Indiana (EUA), o menino Wyatt Ban viu uma vaca desesperada no pasto. Ele pediu para parar o carro e foi lá. O bezerrinho dela tinha caído numa vala e ele o salvou. - Foto: Morgan Ban/SWNS

Essa mãe disse que não gostava de flores, mas mudou de ideia assim que o filho a surpreendeu com um buquê feito com R$ 10 mil em notas enroladas como rosas. A reação dela é incrível!

A surpresa foi feita por Clauton Luiz, influenciador digital de Minas Gerais, para a mãe dele, Maria de Lourdes Silva. No vídeo, postado este mês, a emoção da mãe ao descobrir o presente fez muita gente se emocionar. Foram mais de 100 mil visualizações.

Nas imagens, Maria aparece vendada, tentando adivinhar o que está segurando. A princípio ela achou que era um abacaxi, mas quando tirou a venda, não conseguiu acreditar. “Olha aqui gente, olha aqui gente! Eu gosto de flor sim, eu gosto de flor”, brincou.

Presente de aniversário

Segundo Clauton, o buquê é um presente de aniversário para a mãe dele.

Em vez de flores de verdade, ele quis inovar: transformou notas de dinheiro em “rosas” para simbolizar carinho, cuidado e, claro, o reconhecimento pela criação.

E deu certo: Maria ficou super feliz. Presentão, né?

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Do medo à alegria

O filho, para assustar a mãe, disse que ela precisava ficar vendada.

“Não é bicho não, né? Você não vai pegar bicho e jogar em mim não, né?”, perguntou.

Quando ela começa a tocar no buquê, se assusta com a ponta das notas.

“Tem ponta, é abacaxi, abacaxi”, disse, arrancando risadas de Clauton.

Mas quando a venda cai, é aí que o medo vai embora.

“Gente, eu não acredito. Olha aqui gente, eu não queria filmar, mas como ele faz um negócio dessa gente? Misericórdia, olha aqui gente. Flor assim eu adoro.”

Seguidores se emocionam

Na internet, o vídeo viralizou e deixou seguidores emocionados.

“Todas as mães deveriam receber um buquê desse!”, disse um.

“Esse sorriso dele, alegria da mãe contagiante e que você consiga ir muito longe com esse respeito e esse amor, parabéns”, postou um segundo.

Veja o momento da surpresa:

A mãe dele tomou um susto, mas adorou a surpresa. - Foto: @clautonluiz/Instagram A mãe dele tomou um susto, mas adorou a surpresa. – Foto: @clautonluiz/Instagram



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Ciência comprova benefícios do vinagre para limpeza de casa; mata bactérias em 5 minutos

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A escritora brasileira Djamila Ribeiro é a primeira a lecionar no programa Martin Luther King, no MIT, nos EUA. Ela comemorou o convite. - Foto: @djamilaribeiro

“Aqui não é notícia quem mata, mas quem salva. Não quem rouba, mas quem é honesto. Não quem agride, mas aquele que faz boas ações. Não noticiamos tragédias, só casos com final feliz. Em vez de preconceito, damos histórias de superação.”

Rinaldo de Oliveira; Fundador do SóNotíciaBoa



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Festas sem álcool, nem julgamentos, são a nova moda na cidade do México; anima?

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A escritora brasileira Djamila Ribeiro é a primeira a lecionar no programa Martin Luther King, no MIT, nos EUA. Ela comemorou o convite. - Foto: @djamilaribeiro

Quem diria? Festas sem álcool estão atraindo cada vez mais jovens na cidade do México. O movimento une pessoas de todas as idades com o desejo comum de dançar, sem nenhum tipo de barreira. Ninguém paga nada, ninguém se preocupa com a roupa ou com o ritmo.

Chamado de Nueva Red de Bailadores (NRB), ou Nova Rede de Dançarinos, o coletivo conseguiu reinventar a forma como os mexicanos celebram a música e a convivência.

“Eu sabia muito sobre dança, e meu corpo sempre misturou isso com álcool. Aqui, encontrei um novo lugar. Foi uma experiência reveladora para mim descobrir que tenho tudo isso dentro de mim, do qual posso me libertar. Posso me libertar completamente do que os outros pensam, do que eu mesmo penso”, contou Mateo Cruz, participante do evento.

Como começou

A história da NRB começou de forma simples: um grupo de amigos que se reunia para dançar no apartamento de um deles.

Com o tempo, o número de participantes cresceu e o espaço não comportava mais. Foi então que os amigos resolveram mover o evento para áreas públicas da cidade.

Hoje, as festas ocorrem em lugares emblemáticos, como antigas fábricas, jardins e o famoso Bosque de Chapultepec.

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Livres para dançar

As festas do grupo têm um único objetivo: criar um ambiente onde todos se sintam livres para dançar como quiserem.

Lá, não importa a idade, estilo ou nível de habilidade. “Dançar sozinho é muito gratificante, mas dançar com muitas pessoas também é muito enriquecedor”, disse Axel.

Em um evento só, dá pra ver avós ao lado de adolescentes, crianças rodopiando com as mães e jovens explorando novos movimentos. É um encontro de gerações!

“É um convite aberto para que todos se movimentem como quiserem em um espaço seguro”, disse Axel Martínez, um dos fundadores do coletivo.

Sem policiamento

Ao contrário de muitas baladas tradicionais, as festas da NRB não têm seguranças nem policiamento ostensivo.

O que se vê é um senso de cuidado coletivo. Enquanto dançam, todos olham uns pelos outros.

O ambiente sem álcool também atrai quem busca novas formas de se expressar.

Para Axel, a NRB é também uma nova forma de ocupar os espaços públicos.

Em uma realidade capitalista como a nossa, é muito difícil encontrar uma alternativa, especialmente uma que seja gratuita. Acessibilidade é tudo para nós.”, finalizou.

Que boa ideia, não acha?

Veja como funcionam essas festas sem álcool, a nova moda na cidade do México:

As festas sem álcool reúnem milhares de pessoas na cidade do México. Todos estão ali pelo prazer da música! – Foto: Nueva Red de Bailadores

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