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SBC de Lula tem 2º turno com aceno ao centro e PT de lado – 18/10/2024 – Poder

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Ana Gabriela Oliveira Lima

O segundo turno em São Bernardo do Campo (SP), berço político do presidente Lula (PT), tem, entre os moradores, críticas ao partido por desempenho de gestões anteriores e candidatos que, na reta final da campanha, direcionam o discurso para o centro, sinalizando conversar tanto com o mandatário petista quanto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um eventual mandato.

A cidade era tida como prioritária para o PT nas eleições 2024, mas o candidato da sigla, o deputado estadual Luiz Fernando, ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 23,1% dos votos, atrás de Marcelo Lima (Podemos) e Alex Manente (Cidadania), que tiveram respectivamente 28,6% e 26,5% dos votos.

À Folha, durante caminhada nesta quarta-feira (16) pelo bairro Batistini, Manente afirmou que vai buscar o diálogo com Lula e Tarcísio caso seja eleito. O candidato tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Tarcísio.

Indicação do ex-mandatário, seu vice é Paulo Eduardo (PL), que já foi assessor do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Conhecido como Paulo Chuchu, o policial civil se apresenta como a “principal liderança bolsonarista e conservadora na região do Grande ABC” e é tido como pessoa de confiança da família do ex-presidente.

Manente nega ser bolsonarista, apesar de ser identificado assim por adversários como o petista Luiz Fernando, que se declarou neutro depois de perder no primeiro turno. Na corrida eleitoral, entretanto, Manente explorou o antipetismo.

“O fato de o PT ter nascido aqui não significa que vai para sempre comandar a cidade. O PT tem um limite de votos e não está conseguindo ultrapassar esse teto exatamente pelo movimento sectário que faz aqui”, afirmou o candidato à Folha.

Manente já foi eleito vereador da cidade em 2004, deputado estadual em 2006 e 2010 e deputado federal por três mandatos (2015-2027). Hoje, é líder do Cidadania na Câmara dos Deputados.

O adversário Marcelo Lima (Podemos) foi eleito vereador em São Bernardo em 2008 e 2012. Ele se elegeu vice na chapa de Orlando Morando (PSDB), que é o atual prefeito, nas eleições de 2016 e 2020. Em 2022, foi eleito deputado federal, mas teve o mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por infidelidade partidária ao trocar o Solidariedade pelo PSB.

Enquanto vice de Morando, foi também secretário de Serviços Urbanos. No cargo, foi denunciado criminalmente pelo Ministério Público em 2021 em investigação envolvendo irregularidade em licitações. Na época, a Justiça ordenou sua saída do secretariado, além de estabelecer medidas cautelares.

Em setembro deste ano, Lima solicitou à Justiça a revogação das medidas cautelares ainda vigentes, alegando que o tema tem sido deturpado nas eleições atuais, “servindo de subsídio para elaboração de fake news”. O Ministério Público, por sua vez, foi contra o pedido.

Manente tem recuperado o caso para questionar como um candidato afastado da secretaria no município poderia ser prefeito. Lima nega que a situação possa interferir caso seja eleito. A última manifestação do Ministério Público de São Paulo aponta que não foi negado a ele o exercício de outras funções públicas além daquela ligada à secretaria de Serviços Urbanos.

Enquanto Lima argumenta que o caso tem sido deturpado para alimentar fake news, a campanha de Manente fala de desinformação que recupera vídeo do político em evento religioso de matriz africana. O conteúdo circula como atual, tem tom preconceituoso e associa negativamente a participação dele no evento religioso à busca por “orixás e entidades” para reverter o resultado eleitoral.

Assim como Manente, Marcelo Lima afirma ser o candidato do diálogo e diz que não vai ter problemas na relação com Lula e Tarcísio. É escorregadio ao falar sobre o presidente ou sobre Bolsonaro e afirma que não faz sentido trazer a lógica polarizada entre os dois para a disputa municipal.

“Bolsonaro, João, Pedro e Maria, acho que não cabe para uma eleição municipal. Agora, é ver quem está preparado para governar uma cidade como São Bernardo”, afirmou durante caminhada na avenida Francisco Prestes Maia na quarta-feira.

O prefeito Orlando Morando (PSDB), que o apoia no segundo turno, fez campanha a favor de Bolsonaro nas últimas eleições gerais. Morando apoiou a sobrinha Flávia Morando (União Brasil) no primeiro turno para o cargo de prefeita. Ela ficou em quarto lugar, com 21,4% dos votos, e agora também apoia Lima. No primeiro turno, ambos se posicionaram contra ele, criticando-o por ter sido cassado quando era deputado.

Moradores ouvidos pela Folha apontaram o acesso a exames e especialidades de saúde, o preço da passagem de ônibus e a segurança como alguns dos principais problemas da cidade. Mesmo divididos quanto ao PT, citaram em comum acreditar que o baixo desempenho em gestões anteriores fez com que o partido não tenha sido bem-sucedido nas eleições.

O último petista a governar a cidade foi Luiz Marinho, atual ministro do Trabalho e Emprego de Lula. Ele chefiou a cidade de 2009 a 2016.

Segundo a influenciadora digital Maria Zenólia Costa, 52, nenhum dos dois candidatos do segundo turno pensa na classe média ou nos mais pobres. Ela cita a demora de três anos para conseguir uma consulta no dermatologista para exemplificar problemas na saúde.

A administradora Maria Aparecida da Silva, 39, fala da falta de segurança no bairro onde mora, o Baeta, e cita a necessidade do cuidado com a poda de árvores para evitar transtornos com as chuvas.

O caminhoneiro Roberto Martins de Laia, 46, fala da dificuldade em estacionar o carro na cidade e reclama que o PT ” só prometeu, sem fazer nada. A população ficou à mercê.”

A jornaleira Elisete Sousa de Lima, 60, reclama da saúde, área que os dois candidatos citaram à Folha como prioritária, e afirma que a cidade precisa investir em educação.



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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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