Ex-assessor da Sesacre acusa Secretário de Segurança de acionar viaturas da PM para prendê-lo após acidente de trânsito; Gaia nega e diz que Raimundinho se negou a fazer bafômetro
O ex-assessor da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), Raimundo Pinheiro Lima, conhecido como Raimundinho, acusou o Secretário de Segurança Pública, o coronel da PM, José Américo Gaia, de coação e de tentativa de invasão de sua residência após um acidente de trânsito ocorrido na noite deste sábado, 17.
De acordo com Raimundinho, após o acidente, o militar o perseguiu até a rua de sua casa, onde teria apresentado comportamento agressivo, tomado seu celular e a chave de seu veículo.
“Ele riscou no meu carro sem querer, eu vim para casa e esse carro me seguiu Ele me fechou duas vezes. O coronel Gaia me abordou de forma agressiva e disse que eu estava preso porque havia batido no carro dele, além de ter tomado meu celular e a chave do meu carro. Ele mostrou a arma, disse que era coronel e afirmou que eu estava preso”, conta.
Raimundinho conta que Gaia teria acionado seis viaturas e os policiais teriam tentado invadir sua residência. “Ele depois veio com seis viaturas, uns 10 policiais e tentaram invadir minha casa para me prender. Só não entraram porque fechei o portão”, afirma.
Raimundinho conta que irá registrar um boletim de ocorrência neste domingo.
O ac24horas conversou com o Secretário de Segurança Pública. Gaia negou as denúncias de Raimundinho e contou sua versão do caso.
“O que aconteceu foi que ele bateu no meu carro no sentido Armando Nogueira/AABB. Ele bateu no meu carro e continuou. Eu o acompanhei e quando ele parou em uma rua sem saída eu o abordei e disse que ele havia batido no meu carro. Eu pedi que aguardasse a viatura, o que ele não fez. Não peguei o celular de ninguém, tanto que o mesmo fez ligações para outras pessoas. A primeira coisa que fiz foi me identificar, ele tava com sintomas de ter ingerido bebida alcoólica. Minha família estava no carro, inclusive minha filha de cinco anos, eu pedi que fossem feitas fotos do veículo, o boletim de ocorrência e fiz o bafômetro, o que ele se negou a fazer. Foi isso que aconteceu simplesmente”, esclareceu Gaia.
Raimundinho alegou à reportagem que vinha de um aniversário e que não consumiu bebida alcoólica, mas confirmou que se negou a fazer o bafômetro. “Claro que não ia fazer bafômetro, estava chegando na minha casa. Não tinha bebido, mas não ia fazer bafômetro nunca”, afirmou. Por ac24horas
Servidor público acusa secretário de Segurança de truculência em ocorrência de trânsito; Gaia nega e diz: “Bateu no meu carro, dirigindo em zigue-zague”
O fato ocorreu no sábado (17). Tudo começou por causa de uma ocorrência de trânsito. Raimundo Pinheiro conduzia um veículo e teria batido no carro do secretário nas proximidades da escola Armando Nogueira.
O comissionado relata que foi perseguido até sua casa, na Travessa João Evangelista, no Conjunto Mariana. Policiais chegaram em viaturas e tentaram “invadir” sua residência, diz. Ele conta que teve seu celular e carro apreendidos.
“Passei “riscando” o veículo dele (secretário). Fui fechado duas vezes por duas viaturas assim que cheguei na minha rua que não tem saída. Fui perseguido e não entendi por que fui perseguido. Um cara que se identificou como coronel apreendeu meu carro, meu celular. Eu não entendi. Me coagiu, foi covarde comigo. Eu estava a 20 metros da minha casa. Tentaram invadir minha casa com vários policiais em seis viaturas”, relata Raimundo Pinheiro.
O outro lado
O secretário de Segurança, José Américo Gaia, disse que Raimundo Pinheiro Lima, “com estado visível de ter ingerido bebida alcoólica”, bateu em seu carro e continuou conduzindo o veículo em “zigue-zague”.
Gaia também negou que tenha agido com truculência e que policiais teriam tentado invadir a residência de Raimundinho.
“Não houve nada disso. O cidadão bateu no meu carro e não parou, eu estava com minha família dentro do carro, inclusive com minha filha de 5 anos. Após ele ter batido no meu carro ele continuou dirigindo em zigue-zague na minha frente, eu o acompanhei por pouco mais de 500 metros, então ele parou na esquina de uma rua sem saída, e parei atrás do corro dele e falei que ele havia batido no meu carro, ele disse que não, então disse a ele que estava chamando a viatura do trânsito. A viatura chegou, fez o boletim de ocorrência, eu fiz o bafômetro, e depois a guarnição do trânsito foi até ele, que se recusou a fazer o teste do bafômetro, estava com estado visível de ter ingerido bebida alcoólica. Em seguida, me retirei do local, local esse na rua na esquina de uma rua sem saída.
Além disso, após me identificar, tão logo iniciei a conversa, o mesmo fez várias ofensas a mim. Eu não o persegui, fiz um acompanhamento, era minha obrigação, até porque ele estava com dificuldades de dirigir, e em nenhum momento foi tentado invadir a casa dele. Até porque se tratava de uma ocorrência de trânsito, a intenção era identificá-lo e submetê-lo, se quisesse, ao teste do bafômetro”, explica. Por Luciano Tavares, do Notícias da Hora