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Somalilândia não se incomoda com o compromisso Somália-Etiópia – DW – 16/12/2024

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As autoridades em Somáliaregião separatista da Somalilândia afirma que seu acordo para conceder terras sem litoral Etiópia o acesso ao mar em troca de reconhecimento permanece intacto, apesar do acordo da Somália e da Etiópia para acabar com a disputa que causou.

Em Janeiro de 2024, a Etiópia e a Somalilândia assinaram um memorando de entendimento (MoU) que afirmava que a Etiópia reconheceria a Somalilândia como uma nação independente em troca do acesso ao Mar Vermelho.

“A relação entre a Somália e a Etiópia é problema deles. Estamos cuidando da nossa vida”, disse à DW o enviado especial da Somalilândia à União Africana, Abdulahi Mohammud. “Qualquer país que tente interferir nos nossos assuntos internos no que diz respeito ao caso da Somália sonhar para sonhar Etiópia, são duas questões diferentes que dizem respeito aos dois países, não a nós.”

A Somália sustentou que o acordo da Etiópia com a Somalilândia infringia a sua soberania e território.

Redução das tensões no Corno de África

As tensões atingiram o auge em Abril com a expulsão do embaixador da Etiópia na Somália e a exclusão das tropas etíopes de um União Africana força de manutenção da paz para a Somália.

Os líderes da Etiópia e da Somália têm trabalhado para chegar a um acordoum compromisso para acabar com a amarga disputa de quase um ano na capital turca de Ancara na semana passada.

Presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse o Declaração de Ancara garantiria o tão desejado acesso da Etiópia ao mar. Os dois lados concordaram em trabalhar juntos em acordos comerciais e acordos bilaterais que garantiriam o acesso da Etiópia ao mar sob a autoridade soberana da Somália.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed (L), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan (C), e o presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud (R), de mãos dadas
O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed (L), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan (C), e o presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud (R) Imagem: DHA

As negociações técnicas deverão começar em fevereiro de 2025 e ser concluídas em quatro meses.

“O significado do acordo técnico é discutir como o acordo será implementado”, disse Abdurahman Seid, analista político do Corno de África baseado em Londres, à DW. Mas as conversações do próximo ano deverão resolver as principais diferenças entre os dois países, disse Seid.

“O que sabemos é que o primeiro-ministro (da Etiópia), Abiy Ahmed, aceitou a soberania da Somália. O principal é que o presidente da Somália estabeleceu isso como uma pré-condição. (Ele) disse que… o acordo com a Somalilândia não respeita a soberania da Somália. E este (novo acordo) foi aceite pelo lado etíope.”

Onde fica o esforço da Somalilândia por reconhecimento?

Seid disse à DW que, em linguagem diplomática, a menção de não haver “retorno ao passado” na Declaração de Ancara implica que o memorando de entendimento Somalilândia-Etiópia não é mais válido.

“(O acordo Etiópia-Somalilândia) foi anulado”, disse Seid.

O presidente da Somalilândia, Abdullahi, retratado em um pódio
Abdirahman Mohamed Abdullahi tomou posse como presidente da Somalilândia em 12 de Dezembro. Mas nem a União Africana nem a ONU reconhecem a região como um Estado soberano.Imagem: Solomon Muche/DW

A Somalilândia declarou unilateralmente a independência em 1991, mas não é reconhecida pelo União Africana ou o Nações Unidas como um estado independente.

As campanhas eleitorais na Somalilândia este ano centraram-se no acordo com a Etiópia. Novo presidente Abdirahman Mohamed Abdullahi disse que faltava transparência e prometeu uma revisão para garantir que o acordo se alinhe com os interesses estratégicos da Somalilândia e com os objetivos mais amplos de reconhecimento.

No seu recente discurso inaugural, prometeu intensificar os esforços para obter reconhecimento internacional para a Somalilândia e implementar o acordo com a Etiópia.

“A administração anterior assinou um memorando de entendimento com a Etiópia e estávamos a prosseguir, garantindo que (o memorando de entendimento) fosse finalizado legalmente através dos canais parlamentares e dos canais legais de ambos os lados. Foi nessa fase que existe uma nova administração.” Abdullahi disse.

“Temos um acordo, um acordo bilateral com base num memorando de entendimento, que está em vigor, é entre a Somalilândia e a Etiópia. O que a Etiópia faz com a Somália é completamente diferente, apenas uma história diferente. No que nos diz respeito, temos um memorando de entendimento vinculativo e estamos a persegui-lo.”

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O que poderia vir a seguir?

De acordo com Abdurahman Seid, analista do Corno de África, há uma possibilidade de que as próximas conversações entre Etiópia e Somália poderia explorar alternativas ao memorando de entendimento entre a Somalilândia e a Etiópia.

“Agora eles tentarão chegar a uma nova abordagem com a mediação da Turquia. Isto pode ser sobre os portos de Berbera, Kismayu ou qualquer porto da Somália. Embora tenham estabelecido um prazo, pode levar um longo período de tempo”, disse ele.

A Etiópia necessita urgentemente de acesso a um porto para facilitar o comércio e, segundo Seid, parece estar a explorar todas as opções. Mas a Etiópia e a Somália precisam de estabelecer confiança.

“A Etiópia não deveria ser uma ameaça para a Somália, e a Somália não deveria ser uma ameaça para a Etiópia. O que acontecerá aos países que têm problemas com a Etiópia, como Eritreia e Egito? Construir confiança leva tempo.”

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Editado por Benita van Eyssen



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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