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Tema da redação do Enem agradou candidatos em Rio Branco
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5 anos atrásem
Mais de três horas depois do início das provas no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alguns candidatos começaram a sair dos locais de prova e comentaram o tema da redação este ano: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira.
Os candidatos disseram que o tema foi uma boa escolha e a maioria diz que soube discorrer sobre o assunto. O motoboy José Ribamar, de 45 anos, fez o Enem pela terceira vez e sonha em fazer geografia.
Ele avaliou a redação como fácil, acha que se saiu bem por ter convivência com pessoa deficiente e saber um pouco desse universo porque tem um amigo com deficiência mental.
“Abordei o tema da deficiência mental, porque é bem aberto e por conviver com uma pessoa que tem, então isso facilitou muito minha abordagem sobre o tema que exigia que a gente falasse do sentimento das pessoas”, disse.
O operador de telemarketing, Ederlan Souza Mesquita, de 26 anos pretende entrar no curso de logística e essa também é a terceira vez que ele faz o Enem.
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“Pra mim a redação foi ótima, um tema muito bom porque é uma realidade atual e está muito dentro de livros que venho lendo, que relatam muito que a gente tem que treinar nosso cérebro, porque quando vem as adversidades, essas situações mais extremas, a gente está apto a lidar com tudo.”
Tanto José, como Ederlan disseram que não houve problemas durante a aplicação das provas, que as os protocolos de distanciamento social e higienização foram cumpridos. Os dois fizeram a prova da Unimeta.
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A enfermeira Ronaira da Silva, de 29 anos, está grávida de 6 meses e foi fazer o Enem. Ela disse que ainda pensou em desistir por medo da Covid-19, mas decidiu arriscar. Ela disse que, apesar de tudo, se sentiu segura. Ficou em uma sala com outras 2 pessoas. Esse é o primeiro filho dela, o Miguel que foi planejado e é esperado pro mês de maio.
“Já é a quinta vez que estou tentando. Tô fazendo pra ver a pontuação e ver como seria as perguntas para me manter sempre atualizada. Achei fácil o tema saúde mental, que é muito comentado, mas é bem interessante. Acho que fui bem”, acredita.
Ela disse que chegou a pensar em desistir da prova, mas ao chegar ao local, viu que a sala atendia aos protocolos de segurança.
“Várias vezes pensei em desistir por conta da pandemia, aumento dos casos e se realmente teria uma sala para nos atender. Mas, de certa forma me senti segura, porque tinha duas pessoas comigo apenas na sala.”
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Saída das provas foi com aglomeração em Rio Branco — Foto: Iryá Rodrigues/G1
Edilson Vidal, de 44 anos, disse que é a primeira vez que faz o Enem e que achou a prova cansativa. Ele é formado em letras/espanhol pela Universidade Federal do Acre (Ufac) e disse que é bastante diferente a prova do Enem com o antigo vestibular.
“Só fiz pra testar conhecimento porque eu sou formado e na minha época fiz o vestibular e quis saber como era o sistema agora. É bastante diferente, mas achei o tema da redação fácil. E com relação ao distanciamento foi tudo tranquilo”, disse.
Enem no Acre
Mais de 40,6 mil candidatos estavam inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para fazer o 1º dia de provas, neste domingo (17), no Acre. O segundo dia de provas ocorre no próximo domingo (24).
Neste primeiro domingo foram aplicadas 45 questões objetivas de Linguagens e Códigos e 45 de Ciências Humanas, além da redação. No segundo domingo (24), serão mais 45 questões de Ciências da Natureza e 45 de Matemática. A duração máxima para realização da prova é de 5h30, e no segundo domingo será menor, de 5h.
A abertura dos portões ocorreu às 9h30 (horário local) e fecharam às 11h (horário local).
Ao todo, 41.841 candidatos estão confirmados para fazer o exame, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O número é 8,25% maior do que a edição de 2019, quando 38.649 candidatos se inscreveram.
O número de candidatos que farão a versão digital da provas é de 1,1 mil inscritos. As provas serão nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
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Perfil dos candidatos
Com 23.944 inscrições, as mulheres são a maioria entre os 40.674 candidatos que vão fazer as provas na versão impressa do exame no Acre. No total, 16.730 pessoas do sexo masculino se inscreveram.
Dos inscritos no Enem, o maior público que deve fazer a prova nos próximos domingos tem idades entre 21 a 30 anos, com 17.376, inscritos. A maioria dos concorrentes já concluiu o ensino médio (31.739).
Ao todo, 44 pessoas com 60 anos ou mais se inscreveram no certame. Com idade inferior a 16 anos são 78.
Medidas de segurança devido à pandemia
Segundo o Inep, as medidas de prevenção contra o coronavírus serão as mesmas para todos os lugares. Não haverá planejamento especial para os locais que estejam com aumento no número de casos.
Entre as medidas, estão:
- Uso obrigatório de máscaras para candidatos e aplicadores;
- Disponibilização de álcool em gel nos locais de prova e nas salas (a quantidade total só será conhecida após a aplicação do exame);
- Recomendação de distanciamento social no deslocamento até as salas de provas;
- Identificação de candidatos do lado de fora das salas, para evitar aglomeração – haverá marcações no piso para ter distanciamento, caso haja fila;
- Contratação de um número maior de salas: na edição de 2019 foram 140 mil locais de aplicação; agora serão 200 mil
- Salas de provas com cerca de 50% da capacidade máxima;
- Candidatos idosos, gestantes e lactantes ficarão em salas com 25% da capacidade máxima;
- Higienização das salas de aulas, antes e depois do exame.
A retirada da máscara poderá ser feita, segundo o protocolo, para alimentação, ingestão de líquidos e troca do item. É recomendado que o candidato leve máscaras reservas para trocar. Candidatos ainda devem levar documento de identidade com foto e caneta de cor preta e corpo transparente.
Adiamento
Uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal do Acre (MPF-AC), Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público Estadual (MPE-AC) chegou a pedir o adiamento das provas no Acre.
Porém, a Justiça Federal indeferiu, neste sábado (16), o pedido para que as provas fossem adiadas.
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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.
Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”
O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”
A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.”
A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.
Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.
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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.
Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.
“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.
Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.
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