MUNDO
Temendo novos protestos, o regime do Irã inicia a onda de prisões – DW – 03/06/2025

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4 meses atrásem

Reza Khandan está atrás das grades novamente. O ativista iraniano e marido de liderar o advogado de direitos humanos Nasrin Sotoudeh nem sequer é permitido chamar sua família.
“Ele foi preso porque, seis anos atrás, ele se manifestou contra o lenço de cabeça obrigatório (hijab)”, disse Sotoudeh à DW.
Sotoudeh suspeita que as autoridades iranianas estão tentando enviar um sinal com sua prisão, não apenas para colocá -la sob pressão, mas como um Aviso a todos os críticos do regime iraniano.
Sotoudeh, que recebeu o Prêmio Sakharov da União Europeia por liberdade de pensamento em 2012, tem lutado pelos direitos humanos em Irã por mais de 25 anos. Ela é uma das vozes mais conhecidas da sociedade civil iraniana e seu marido, Khandan, designer gráfico por profissão, também ficou ao seu lado e defendeu os direitos humanos por anos.
Hijab obrigatório
No Irã, Tem sido obrigatório para as mulheres usarem um lenço na cabeçaou hijab, cobrindo seus cabelos desde a revolução de 1979 que trouxe um governo teocrático rigoroso ao poder. Nos últimos anos, um número crescente de mulheres locais optou por não usar hijabs E a regra também provocou protestos.
“Em 2018, juntamente com outros ativistas, a Reza projetou botões que diziam: ‘Eu sou contra o hijab obrigatório'”, relata Sotoudeh. “Ele foi preso por isso e, em 2019, foi condenado a seis anos de prisão. O caso foi posteriormente fechado oficialmente, mas em meados de dezembro de 2024, ele foi preso novamente”.
Sotoudeh havia sido mantido em A notória prisão de Evin do Irã ela mesma entre 2018 e 2023 porque defendeu algumas mulheres mais jovens que protestaram sobre as regras obrigatórias do hijab em público. Na época, ela foi condenada a 38 anos e meio de prisão e 148 cílios. Mas devido a uma condição cardíaca e asma, Sotoudeh foi libertado da prisão em liberdade condicional em novembro de 2023.
Ela sabe que pode ser presa novamente a qualquer momento, mas diz que não deixará isso parar seu trabalho. Em meados de janeiro, Sotoudeh e Sedigheh Vasmasghi, um estudioso islâmico e direitos das mulheres ativista, publicou uma petição. Nele eles pediram o fim da pena de morte no Irã bem como o fim de hijabs obrigatórios e violência contra mulheres que protestam contra o governo. A petição argumentou que o domínio do hijab era uma ferramenta política acima de tudo, usada para reprimir as mulheres do Irã.
“O sistema político tem medo de que os protestos possam surgir novamente”, disse Sotoudeh à DW.
Em 2022, o Irã foi agitado por grandes protestos que vieram após a morte de setembro da mulher iraniana-curda Nome Mahsa acreditaque morreu enquanto estava sob custódia por não usar um lenço na cabeça.
“É por isso que o judiciário está tentando intimidar ativistas”, explicou Sotoudeh.
Em 2022, os protestos foram brutalmente suprimidos e até hoje, há quase relatórios diários sobre os ativistas da sociedade civil sendo presos.
Em 4 de março de 2025, o jornalista e cineasta iraniano-britânico Bahman Daroshafaei escreveu em sua conta do Instagram que a ativista da sociedade civil Marzieh Ghaffari havia sido presa em meados de fevereiro. Após 17 dias de confinamento solitário, ela foi transferida para a seção feminina da prisão de Evin, escreveu ele.
Ghaffari foi voluntário em um grupo de cultura, Sizdah Aban, com sede no sul de Teerã há cerca de 25 anos, disse Daroshafaei. Parte de seu trabalho lá envolveu mulheres grávidas e crianças. As razões para sua prisão não são conhecidas.
Onda de prisões
No final de fevereiro, o ativista dos direitos humanos Ali Abdi também foi colocado atrás das grades. Ele já havia vivido no exílio nos EUA; Sua pesquisa se concentrou em movimentos sociais, migração e transformação política. Em 2023, ele voltou a Teerã para visitar sua mãe, mas foi preso e levado a tribunal. Abdi postou um vídeo em seu canal de telegrama relatando que ele havia sido condenado a 12 anos de prisão. O ex -ativista estudantil disse que foi preso por causa de, entre outras coisas, artigos que ele havia escrito anos atrás sobre protestos no Irã e sobre gênero.
Alireza Bakhtiar é um dos muitos iranianos que têm membros da família na prisão.
“Meu pai ainda está atrás das grades”, disse Bakhtiar à DW.
Seu pai é Mohammad Bagher Bakhtiar, ex -militar e membro sênior dos temidos guardas revolucionários do Irã. Em meados de fevereiro, o pai de Bakhtiar e um grupo de outros veteranos de guerra realizaram um protesto silencioso em frente à Universidade de Teerã.
Um de seus objetivos era protestar contra a prisão da Câmara do político da oposição Mir Hossein Mousavi e sua esposa Zahra Rahnavard. Ambos estão em prisão domiciliar, sem julgamento, desde 2011. Naquela época, Mousavi, que já foi o próprio primeiro -ministro do Irã, contestou abertamente os resultados das eleições presidenciais de 2009, do lado de manifestantes e provocou o que veio a ser conhecido como o Movimento verde na política da oposição iraniana.
Alguns dos veteranos que participaram do protesto também lutaram na guerra do Irã-Iraque que passou de 1980 a 1988. Eles foram celebrados como heróis em casa. Muitos deles, no entanto, há muito tempo se tornavam mais críticos para aumentar a repressão política e, em particular, a maneira violenta que os protestos depois que a morte de Jina Mahsa Amini foram tratados. O grupo também pediu que todos os presos políticos fossem libertados.
O fato de um grupo como esse se tornar um alvo para as autoridades iranianas é considerado um sinal de quanto o regime está preocupado com uma nova onda de protestos. O protesto de meados de fevereiro dos veteranos foi brutalmente suprimido e centenas daqueles na manifestação foram presos, incluindo o ex-oficial Bakhtiar.
“Por causa de sua posição crítica sobre o sistema político, meu pai recebeu várias ameaças de morte”, disse seu filho à DW. “Como soldado, ele defendeu seu país e essa população por oito anos durante a guerra. Agora ele vê como seu dever enfrentar a opressão da sociedade civil”.
Esta história foi originalmente escrita em alemão.
O Irã lança ativista alemão-iraniano Nahid Taghavi
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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