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Trump terá ‘mais poder do que os pais fundadores imaginavam’ – DW – 16/11/2024

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O NÓS pode estar caminhando para dois bons anos – pelo menos se você for um Republicano apoiador. Não só o o candidato presidencial do partido, Donald Trump, se mudará para a Casa Branca em 20 de janeiro – o GOP (Grand Old Party), de direita, também ganhou o controlo do Senado com 100 lugares e manteve o controlo da câmara baixa, a Câmara dos Representantes dos EUA.

Desde as eleições intercalares de 1858, o primeiro a opor-se Democratas contra os republicanos numa corrida de mão dupla, os eleitores criaram um chamado “governo unificado” um total de 48 vezes. Os democratas tiveram vantagem 23 vezes e os republicanos 25. Os partidos dividiram o controlo da Casa Branca e de pelo menos uma câmara do Congresso num total de 38 vezes durante o mesmo período.

Normalmente, o partido do presidente não mantém por muito tempo o controle da maioria no Congresso. “Embora seja comum um único partido no comando em Washington no início do mandato de um novo presidente, houve apenas uma presidência desde 1969 onde o controle durou além das eleições intercalares seguintes”, afirmou. escreve Katherine Schaeffer do Pew Research Institute.

As eleições intercalares para o Congresso são realizadas a meio do mandato de quatro anos do presidente. O democrata Jimmy Carter foi de facto o único presidente a assegurar e manter o controlo do Congresso durante todo o seu mandato de quatro anos (1977-1981). Mesmo assim, ele foi destituído do cargo em 1980, o que o tornou presidente por um único mandato.

Os presidentes estão perfeitamente conscientes do facto de que o seu controlo sobre a maioria no Congresso é potencialmente passageiro, diz Nolan McCarty, professor de política e assuntos públicos na Universidade de Princeton. “Portanto, acho que isso significa que o presidente (Trump) tentará avançar rapidamente em certas prioridades legislativas”, disse McCarty à DW.

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Trump pode substituir o Senado?

O sistema de separação de poderes nos EUA é tão antigo quanto a própria Constituição. Com ele, os pais fundadores estabeleceram um sistema de “freios e contrapesos” para limitar o poder de qualquer um dos três poderes do governo, dividindo as responsabilidades entre o Executivo (o presidente), o Legislativo (Congresso) e o Judiciário (o Supremo Tribunal Federal e o sistema de tribunais federais).

A Declaração de Direitos da Virgínia de 1776 – que inspirou a Declaração de Direitos dos EUA na Constituição pouco mais de 10 anos depois – afirma claramente: “… os poderes legislativo e executivo do estado devem ser separados e distintos do judiciário…”

A câmara alta do Poder Legislativo, o Senado, desempenhará um papel especialmente importante quando o mandato de Trump começar, em janeiro, uma vez que a câmara é responsável por confirmar ou rejeitar os nomeados pelo presidente para o Gabinete. Os republicanos detêm 53 assentos (54 se contarmos o vice-presidente JD Vanceque, como presidente do Senado, servirá de desempate em 50-50 votos) em oposição aos 47 dos Democratas, dando ao Partido Republicano uma ligeira maioria.

Mas alguns Donald TrumpOs nomeados para o Gabinete são controversos – como ex-democrata Tulsi Gabbard e ex Representante da Flórida Matt Gaetzcujo comportamento extremista no Congresso o tornou muito impopular mesmo dentro do seu próprio partido – o que significa que a confirmação pode ser um desafio.

O novo presidente deixou claro que preferiria contornar completamente todo o processo de confirmação. Para fazer isso, Trump poderia fazer as chamadas “nomeações de recesso”, instalando membros do Gabinete enquanto o Congresso não estivesse em sessão, permitindo-lhe evitar as audiências de confirmação. Trump já apelou aos republicanos para aprovarem o seu plano incomum numa declaração sobre X.

“A discussão é se o Senado entrará em recesso para permitir que o presidente nomeie o seu gabinete sem estar sujeito à aprovação do Senado”, diz Nolan McCarty. “Nunca tivemos realmente uma situação em que as nomeações para o recesso fossem usadas de forma tão ampla. Normalmente são usadas para uma ou duas consultas aqui e ali, mas seria preocupante ter uma administração inteira composta por pessoas com nomeações para o recesso. “

Um papel decisivo para o Supremo Tribunal

Tal como acima referido, apesar do desejo de Trump de fazer aprovar os nomeados para o seu Gabinete utilizando métodos invulgares, o controlo do seu partido sobre a Casa Branca, o Senado e a Câmara dos Representantes não é fora do comum. Ainda assim, este presidente eleito tem outro ás na manga, o Supremo Tribunal. Embora o Supremo Tribunal dos EUA seja ostensivamente apartidário, permanece o facto de que os presidentes apenas escolhem juízes que reflectem as suas próprias tendências políticas. No seu primeiro mandato como presidente, Trump conseguiu instalar três juízes arquiconservadores no Tribunal.

Dos cinco juízes homens e quatro mulheres do tribunal de nove membros – todos com cargos vitalícios – Trump pode agora contar com o apoio claro de seis. Especialistas como McCarty esperam que Trump cumpra muitos dos seus objectivos políticos com as chamadas “ordens executivas”, permitindo-lhe contornar o Congresso e todo o processo legislativo. “A fiscalização normal disso são os tribunais”, diz McCarty. E com o Supremo Tribunal e vários outros tribunais federais sob controlo republicano, “tornarão um pouco mais fácil escapar ao escrutínio judicial dessas acções”.

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‘Mais poder do que os redatores da Constituição jamais poderiam ter imaginado’

Essa tendência republicana também poderia ter um efeito sobre o governo de Trump. planos para a deportação em massa de imigrantes ilegais. A Suprema Corte, por exemplo, poderia ser chamada a avaliar a constitucionalidade do envio interno de tropas dos EUA para realizar deportações, ou tentativas de derrubar a cidadania por primogenitura (garantida pela 14ª Emenda à Constituição dos EUA), como George Washington A professora universitária de ciências políticas, Sarah Binder, disse à DW.

Binder está preocupado com o facto de o actual Supremo Tribunal, de maioria conservadora, poder optar por ignorar o precedente legal e, em vez disso, decidir regularmente a favor das políticas republicanas. Fichário aponta para o Decisões recentes do Tribunal sobre o direito ao aborto e imunidade presidencial como exemplos disso.

“É isso que me preocupa no tribunal”, diz o cientista político, “que iria apoiar e dar poder ao Presidente Trump para levar muito mais poder ao poder executivo do que penso que os autores da Constituição alguma vez imaginaram que deveria ser o caso”.

Este artigo foi escrito originalmente em alemão.



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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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