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‘Vá embora!’: noruegueses rejeitam o VAR e querem seu fim – 26/01/2025 – O Mundo É uma Bola
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9 meses atrásem
Luís Curro
“VAR, vá embora!”
Em letras maiúsculas garrafais, em norueguês, a torcida do Lillestrøm exibiu nas arquibancadas, em partida contra o Rosenborg, o sentimento de seus torcedores, que refletem o de um país.
A Noruega é refratária ao VAR, o árbitro assistente de vídeo, que, com recursos da tecnologia, ajuda o árbitro de campo a tomar decisões nos jogos de futebol.
O objetivo é evitar, com a consulta a imagens das jogadas, “erros claros e óbvios”, o que eu entendo, por exemplo, como um impedimento não assinalado em que o atacante está um corpo à frente do defensor, ou um pênalti não marcado em que o defensor dá um tapa na bola ou um pontapé no adversário, ou um atleta expulso sem que tenha participado da jogada (erro de identidade).
Só que o VAR tem interferido em impedimentos milimétricos e em lances totalmente duvidosos na marcação de pênaltis, que não são assertivos e sim interpretativos.
Além de desrespeitar a sua finalidade, causa incômodo por empacar o jogo. A dinâmica cessa para que as checagens sejam feitas, para que o árbitro de campo vá ao monitor conferir se há ou não razão no apontamento do árbitro de vídeo.
Levam-se muitas vezes vários minutos (três, quatro, mais) para a chegada ao veredicto, que, também muitas vezes, não é convincente.
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Isso gera incômodo, indignação, irritação. Não faz bem para o espectador do jogo, seja no campo, seja em casa, seja no bar, seja em qualquer lugar. Uma chatice sem fim, de dar sono e/ou raiva.
Mesmo com esses contras, o VAR, testado desde 2016 e chancelado pelas autoridades da bola em 2018, pegou. Virou sinônimo de “justiça no futebol”, e ligas de países com condição financeira para implantá-lo o fizeram, com exceção da Suécia, que levou em conta esses contras.
Agora, uma vizinha sueca, a Noruega, insatisfeita com o mecanismo, pode se tornar a primeira nação a descartar o VAR depois de tê-lo instaurado. A chiadeira é crescente, seja dos clubes, seja dos jogadores, seja dos torcedores.
Em setembro do ano passado, em uma reportagem da ESPN, um torcedor norueguês, indagado acerca do árbitro de vídeo, foi direto: “É uma porcaria. Aqui ninguém quer”.
Alguns deles usam nos estádios camisetas com a inscrição “VAR” e um “X” sobre as letras, a fim de expor a reprovação.
A revolta chegou ao ponto de, durante as partidas, em protesto contra o VAR, torcidas irem além de cânticos e faixas e arremessarem no gramado bolas de tênis, bombas de fumaça e até alimentos, como pães, doces e pedaços de torta de peixe.
Pois a vontade deles de se livrar do personagem incômodo está perto de ser atendida.
Dias atrás, em votação promovida pela Norsk Toppfotball, associação que reúne 32 clubes da Noruega (16 da primeira divisão e 16 da segunda), 19 votaram pela descontinuidade do VAR.
Esse resultado será levado à federação de futebol do país, que decidirá pela manutenção ou exclusão do VAR da temporada deste ano, que começa no fim de março.
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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre
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4 de novembro de 2025O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.
“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”
A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.
O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.
Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:
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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre
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31 de outubro de 2025A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.
Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.
Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.
Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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