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Veja a história real por trás do filme

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Filme que será exibido no Domingo Maior, da Globo, conta caso real de homem negro levado ao corredor da morte mesmo sendo inocente

Neste domingo, 3, o Domingo Maior, da Rede Globo, exibe o filme ‘Luta Por Justiça’ (2019), estrelado por Michael B. Jordan, Jamie Foxx, e Brie Larson. Baseado em uma história real, o longa conta a história de Walter McMillian, preso injustamente por assassinato, que conta com a ajuda do jovem advogado de defesa Bryan Stevenson para reverter sua sentença.

“Luta por Justiça é baseado na história real do advogado Bryan Stevenson (Jordan), que luta para defender prisioneiros condenados injustamente no corredor da morte. Um de seus casos mais notórios é o de Walter McMillian (Foxx), um homem afro-americano condenado à morte por um assassinato que ele não cometeu. Com o apoio da ativista local Eva Ansley (Larson), Bryan enfrenta preconceitos raciais e barreiras legais na tentativa de provar a inocência de McMillian e expor as injustiças do sistema judiciário. O filme é uma história emocionante sobre coragem, racismo e a busca por igualdade diante da lei”, diz a descrição do filme. 

‘Luta Por Justiça’ é baseado no livro de memória escrito por Stevenson, que foi lançado com o mesmo nome do filme, em 2014. Conheça mais detalhes da história real por trás do filme!

Inocente condenado

Walter McMillian nasceu no Condado de Monroe, no Alabama, em meados de 1941. Na década de 1970, alguns estados do Sul dos Estados Unidos ainda se apegavam às racistas Leis Jim Crow — que haviam sido derrubadas entre os anos 1950 e 1960. 

Sabendo das oportunidades que um homem negro tinha na época, McMillian começou um negócio de celulose e até conseguiu prosperar no ramo, além de ser pessoa querida em sua comunidade.

Conforme recorda matéria do New York Post, porém, sua reputação ficou manchada depois que ele teve uma relação Karen Kelly, uma mulher branca e casada. Kelly, mais tarde, passou a se envolver com o viciado em drogas Ralph Myers

Tudo virou do avesso em 1º de novembro de 1986, quando o corpo de Ronda Morrison foi encontrado com sinais de estrangulamento e três tiros nas costas. A morte da jovem de 18 anos chocou os moradores de Monroeville, no Alabama, deixando todos sedentos por justiça. 

Pouco depois, foi a vez de outro assassinato na região. No entanto, desta vez, o responsável havia sido capturado. Tratava-se de Myers. Aquela altura, o xerife da cidade, Tom Tate, sofria uma enorme pressão pelo caso sem solução de Ronda e tentava relacionar Ralph ao crime. Ele, então, acabou apontando McMillian como cúmplice

Mesmo sem possuir antecedentes criminais, Walter se tornou um bode expiatório, numa tentativa da polícia de prendê-lo a qualquer custo. Sem evidência que o ligasse ao crime, McMillian acabou preso. As autoridades tinham cada vez mais certeza de sua culpa. 

Na época, o The New York Times repercutiu o caso, apontando que Walter “foi imediatamente enviado ao corredor da morte do Alabama, na prisão estadual de Holman, que é geralmente reservada para assassinos condenados prestes a serem executados”. 

Mas, a história de Myers apresentava furos, aponta o New York Post, como o fato dele alegar que McMillian o escolheu de forma aleatória no meio do dia para ser seu cúmplice. Walter, porém, jamais havia visto Ralph antes em sua vida. 

Alguns dias antes de McMillian ser julgado, Myers confessou a mentira, admitindo que havia inventando os fatos. As autoridades não se importaram. O futuro dele estava selado.

Após 15 meses de espera, o julgamento começou em 1988. McMillian apontou que estava em um evento organizado pela Igreja no momento em que o crime foi cometido e, sendo assim, era impossível que a acusação fosse verdadeira. Além disso, dezenas de pessoas poderiam corroborar com seu álibi.

Eu não dou a mínima para o que você diz ou o que faz. Eu não dou a mínima o que o seu povo diz também. Vou colocar doze pessoas em um júri que acharão seu maldito rabo preto culpado”, vociferou o xerife.

Myers acabou condenado a 30 anos de detenção, enquanto Walter, naquele 17 de agosto, foi considerado culpado pelo júri. Ele recebeu uma pena de prisão perpétua. Um mês depois, o juiz Robert E. Lee Key foi um passo além, anulando a decisão do juri e descretou a pena de morte.

Em busca da verdade

Recém-formado em Harvard, o advogado Bryan Stevenson, também negro, soube da condenação injusta e resolver ajudar no caso de McMillian. Nos primeiros meses, porém, todos seus pedidos para um novo julgamento foram negados, assim como Lee Key o encorajou a abandonar o caso. 

À esquerda, Walter McMillian e Bryan Stevenson à direita – Equal Justice Initiative

Mas, o advogado estava determinado, pois, sabia que não havia provas suficientes para acabar com a vida do homem. Quatro anos após o julgamento, tudo começou a mudar quando Myers ligou para Stevenson.

Acho que você precisa vir me ver”, Myers relata no livro. “Tenho algo que preciso te contar”.

O acusado admitiu ao advogado que mentiu sobre o assassinato o tempo todo, por sofrer intensa pressão dos policiais. Ele também disse que o Alabama Bureau of Investigation o ameaçou de pena de morte caso ele não testemunhasse contra McMillian. Mesmo com a confissão, a Suprema Corte negou mais uma vez a petição da defesa. 

A situação só mudou um ano depois, quando o advogado encontrou evidências de que o julgamento havia sido fraudado, com vídeos e áudios de testemunhas sendo ameaçadas.

Além disso, testemunhas cruciais ainda admitiram que foram pagas para mentir sob juramento. Depois de seis anos no corredor da morte, McMillian foi finalmente inocentado em 1993

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Após racismo em shopping, estudantes fazem manifestação com dança em SP; vídeo

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Esse cãozinho bastante ferido pediu socorro em uma delegacia no Recife (PE), com um chicote de moto no pescoço dele. Foi atendido na hora. Foto: PRF

Estudantes do Colégio Equipe, em São Paulo, fizeram uma manifestação contra um caso de racismo no Shopping Pátio Higienópolis. Com danças, músicas e jograis, eles pediram justiça contra o preconceito sofrido por dois adolescentes pretos. Racistas não passarão!

Isaque e Giovana, alunos da escola, foram abordados por um segurança enquanto esperavam na fila da praça de alimentação. Eles estavam acompanhados de uma colega branca, que foi abordada pela segurança e questionada se os amigos a “incomodavam”.

Nesta terça-feira (23), estudantes, professores, familiares e movimentos sociais tomaram as ruas da região próxima ao shopping. Ao som de Ilê Aiyê, música de Paulo Camafeu, as crianças deram um show e mostraram que o preconceito não tem vez!

Ato de resistência

A resposta ao caso de racismo veio uma semana depois. Com o apoio de diversos movimentos, os estudantes organizaram a manifestação potente e simbólica.

Eles caminharam pelas ruas e avenidas da região até o Shopping. Lá, leram um manifesto emocionado, que foi repetido em jogral.

Dentro e fora do estabelecimento, o recado foi bem claro: basta de racismo! “Abaixo o racismo! Justiça para Isaque e Giovana”, disse o Colégio Equipe em uma postagem nas redes.

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Histórico de discriminação

Não foi a primeira vez que estudantes pretos do Colégio Equipe enfrentaram preconceito no Pátio Higienópolis.

Em 2022, outro aluno foi seguido por um segurança dentro de uma loja.

A escola afirmou que tentou dialogar com o shopping na época, mas sem sucesso.

Desta vez, a resposta foi outra: “Ao final, convidamos a direção do shopping para uma reunião no Colégio Equipe. A advogada que recebeu os representantes se comprometeu a encaminhar e responder ao convite.”

Internet apoia

Postado na internet, o vídeo do protesto teve milhares de visualizações e recebeu apoio dos internautas.

“Parabéns escola! Parabéns alunos! Me emocionei aqui! Fiquei até com vontade de mudar meu filho de escola”, disse a ativista Luisa Mell.

Outro exaltou o exemplo de cidadania dos pequenos.

“Cidadania na prática! Que orgulho de toda a equipe e pais. Que orgulho desses alunos que foram solidários. Incrível!”.

O racismo tem que acabar!

Veja como foi a manifestação dos estudantes:

O recado foi certeiro: não passarão!

Uma verdadeira festa da democracia:



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Cai preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil; Top 10

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O garoto João, de 10 anos, fez um verdadeiro discurso de capitão emocionante para incentivar o time, que perdia partida de futebol em Aparecida de Goiás. - Foto: @caboverdetop/Instagra

Notícia boa para o consumidor. Enquanto tudo sobe, cai o preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil. É o que revela um novo estudo divulgado esta semana.

Conduzida pela Agger, plataforma especializada no setor de seguros, a pesquisa mostrou que o custo médio para proteger os dez veículos com maior volume de vendas no país teve redução de 5,4%. Os dados foram analisados entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.

Dentre os modelos avaliados, o Renault Kwid se destacou ao apresentar a maior diminuição no valor, com queda de 12,5%. A queda nos preços reflete uma série de fatores, desde o perfil dos condutores até as estratégias adotadas pelas seguradoras para se manterem competitivas.

Carros com maiores descontos

Entre os modelos analisados, vários apresentaram queda no valor das apólices. Veja os destaques:

  • Renault Kwid: queda de 12,5%
  • Volkswagen T-Cross: queda de 11,22%
  • Honda HR-V: queda de 8,29%
  • Fiat Argo: queda de 7,73%
  • Fiat Mobi: queda de 6,06%
  • Hyundai Creta: queda de 5,88%
  • Volkswagen Polo: queda de 1,27%
  • Chevrolet Onix: queda de 0,43%

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Impacto para motoristas

Para quem está pensando em contratar ou renovar o seguro, a notícia é animadora.

Com os valores mais baixos, fica mais fácil encontrar um plano acessível e que tenha boa cobertura.

Segundo Gabriel Ronacher, CEO da Agger, “é essencial que os motoristas busquem a orientação de corretores especializados para garantir a melhor cobertura e custo-benefício”, disse em entrevista à Tupi FM.

Impacto nos preços

De acordo com o estudo publicado pela Agger, quatro fatores explicam o motivo dos preços de um seguro.

O histórico do motorista é o principal. Quem não se envolve em acidentes tende a pagar menos.

A idade e o valor do carro também interferem. Veículos mais caros ou com peças difíceis de achar têm seguros mais altos.

Proprietários que moram em regiões com mais roubos ou colisões também tendem a pagar mais.

Por último, o perfil do consumidor, como idade, gênero e até mesmo hábitos de direção.

O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. - Foto: Divulgação O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. – Foto: Divulgação



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Estudantes de Medicina terão de fazer nova prova tipo “Exame da OAB”; entenda

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O garoto João, de 10 anos, fez um verdadeiro discurso de capitão emocionante para incentivar o time, que perdia partida de futebol em Aparecida de Goiás. - Foto: @caboverdetop/Instagra

A partir de agora, é como com os bacharéis de Direito: se formou, será submetido a uma avaliação específica para verificar os  conhecimentos. Os estudantes de medicina terão de obrigatoriamente fazer uma prova, no último ano do curso, tipo exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O exame já será aplicado, em outubro de 2025, e mais de 42 mil alunos devem ser avaliados. Será um exame nacional e anual. Porém, diferentemente do que ocorre no Direito, o resultado não será uma exigência para o exercício da profissão. O Ministério da Educação (MEC) lançou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) para avaliar a formação dos profissionais no país.

Para os ministros Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), o exame vai elevar a qualidade da formação dos médicos no Brasil, assim como reforçar a humanização no tratamento dos pacientes.

Como vai funcionar

A nota poderá servir como meio de ingresso em programas de residência médica de acesso direto. A prova será anual. O exame vai verificar se os estudantes adquiriram as competências e habilidades exigidas para o exercício prático e efetivo da profissão.

Também há a expectativa de que, a partir dos resultados, seja possível aperfeiçoar os cursos já existentes, elevando a qualidade oferecida no país. Outra meta é unificar a avaliação para o ingresso na residência médica.

Há, ainda, a previsão de preparar os futuros médicos para o atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde). Os médicos já formados, que tiverem interesse, poderão participar do processo seletivo de programas de residência médica de acesso direto.

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O que os resultados vão mudar

Os resultados poderão ser utilizados para acesso a programas de residência médica. Caberá ao estudante decidir se quer que a nota seja aplicada para a escolha do local onde fará residência.

A estimativa é de que 42 mil estudantes, no último ano do curso de Medicina, façam o exame. No total são 300 cursos no país, com aplicação das provas em 200 municípios.

O exame será conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Segundo as autoridades, a ideia é unificar as matrizes de referência e os instrumentos de avaliação no âmbito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para os cursos e a prova objetiva de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).

Como fazer as inscrições

Os interessados deverão se inscrever a partir de julho. O exame é obrigatório para todos os estudantes concluintes de cursos de graduação em Medicina.

A aplicação da prova está prevista para outubro e a divulgação dos resultados individuais para dezembro.

Para utilizar os resultados do Enamed para o Exame Nacional de Residência, é necessário se inscrever no Enare e pagar uma taxa de inscrição (exceto casos de isenção previstos em edital).

Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e que não pretendem utilizar os resultados da prova para ingressar na residência, pelo Enare, estarão isentos de taxa, segundo o MEC.

O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil



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