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Veja formas de participar da democracia além do voto – 09/01/2025 – Poder

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6 meses atrásem
Ana Gabriela Oliveira Lima
Participar da vida democrática vai além de registrar o voto a cada dois anos nas eleições municipais e nacionais. As diferentes possibilidades de atuação incluem participação em manifestações e colaboração com os conselhos municipais, entre outras.
A participação ativa ajuda na preservação e no aprimoramento do regime, há dois anos ameaçado pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O contexto é, também, de apuração da Polícia Federal sobre uma trama golpista em 2022.
Segundo relatório final da PF divulgado em novembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) planejou, atuou e teve domínio sobre o plano, que incluía matar o presidente Lula (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-presidente nega.
Para Fernando Meireles, professor de ciência política da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e presidente do conselho científico da consultoria Quaest, as formas mais tradicionais de participar da democracia foram, ao longo do século 20, os protestos e as greves.
Atualmente, ele destaca o papel da internet como facilitadora da organização coletiva. Como exemplo dessa importância, cita estudo de 2013 de pesquisadores da Universidade Harvard sobre o governo chinês. A pesquisa apontou que as autoridades do país se empenhavam em censurar mensagens que pudessem estimular a mobilização social, embora permitissem críticas ao governo.
O professor cita o desinteresse pela política e as altas taxas de abstenção nas eleições como empecilhos para a participação na vida pública. Além disso, alguns entraves são a falta de tempo e de informação sobre as formas possíveis de participar.
Igor Pantoja, coordenador de relações institucionais do Instituto Cidades Sustentáveis, concorda que a precariedade da vida cotidiana da maioria das pessoas dificulta a possibilidade de participação cidadã.
Ele argumenta que é papel dos governantes pensar em maneiras de fazer com que essa interação se torne mais acessível.
“É dever do Estado estimular e engajar a população. Do contrário, a gente está sujeito à democracia recuar ou ser suprimida”, diz.
Veja a seguir algumas formas de exercer a cidadania além do voto.
Conselhos municipais
Conselhos municipais permitem ao cidadão atuar ativamente na criação de políticas públicas.
São um direito inscrito na Constituição, que prevê o planejamento de serviços públicos com a participação cidadã.
Os conselhos nas áreas de saúde, educação e assistência social são obrigatórios em todos os municípios, mas pode haver outros além desses, afirma Igor Pantoja.
Ele recomenda entrar em contato com a prefeitura para saber como participar e que conselhos atuam na cidade.
Coletivos
É possível criar ou participar de coletivos sobre uma pauta específica no município. O CicloCentro_SP, por exemplo, trata da mobilidade urbana na capital paulista.
Ele acompanha projetos de lei e fiscaliza a atuação da prefeitura, além de promover encontros e manifestações sobre o tema.
Segundo o comunicador e integrante do coletivo José Renato Bergo, 55, participar desse tipo de iniciativa faz parte de uma movimentação cidadã necessária para garantir melhorias na cidade.
Com proposta similar, o Bike Zona Sul, também em São Paulo, extrapolou a meta inicial de congregar pessoas para o lazer e hoje acompanha políticas públicas relacionadas ao cicloativismo.
O grupo participa da Câmara Temática de Bicicleta, que auxilia o CMTT (Conselho Municipal de Transporte e Trânsito) no planejamento cicloviário do município.
“É a maneira que encontramos de contribuir de forma mais efetiva para melhorar a estrutura da cidade”, afirma a supervisora de atendimento Aline Pellegrini, de 45 anos, que é integrante do coletivo.
Audiências públicas
Outra forma de participar é a partir das audiências públicas. Por meio delas, cidadãos e entidades civis debatem questões de interesse público.
Algumas audiências são virtuais, o que facilita a participação. Na cidade de São Paulo, por exemplo, interessados podem se inscrever pela internet para interagir ao vivo por videoconferência.
Durante a sessão, cada orador fala por três minutos. As audiências podem tratar de temas diversos, como o Carnaval de rua ou a violência policial.
É possível saber sobre quais delas estão agendadas e como se inscrever no site da Câmara Municipal.
Fiscalização do governo
A população pode fiscalizar o que fazem os agentes públicos por meio de instrumentos como os portais de transparência. Neles, é possível acompanhar gastos e licitações, por exemplo.
Há portais voltados à esfera municipal, estadual e nacional. O Portal da Transparência do governo federal tem no topo da página um quadro de buscas que pode ser filtrado de acordo com diferentes temas, como notas fiscais e Orçamento público.
A fiscalização também se dá por meio de pedidos de informação usando a LAI (Lei de Acesso à Informação). Por meio dela, qualquer cidadão pode solicitar a órgãos públicos informações por eles produzidas.
O cidadão tem, ainda, outras possibilidades de participação mais ativa nas decisões democráticas. Algumas delas são colaborar com o orçamento participativo, nas cidades em que houver, assinar petições, propor projetos de leis e filiar-se a partidos.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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