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Vídeo: PMs agridem família em velório em Bauru (SP) – 20/10/2024 – Cotidiano

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Fábio Pescarini

Policiais militares são investigados por agressões a pessoas que estavam no velório de dois jovens mortos um dia antes, em supostos confrontos com PMs, em Bauru, a cerca de 330 km da cidade de São Paulo. O caso ocorreu na última sexta-feira (18).

Imagens gravadas por celular mostram Nilceia Alves Rodrigues, 43, mãe de Guilherme Alves de Oliveira, 18, um dos jovens que estavam sendo velados no local, ser arrastada e jogada ao chão por um policial militar.

À reportagem ela disse que estava tentando proteger um outro filho, de 28 anos —ele teria reclamado da presença de PMs no local e, segundo a família, acabou detido com a justificativa de desacato.

Imagens mostram a mulher sendo jogada contra um pilar. Policiais também avançam contra pessoas com cassetetes nas mãos.

Nilceia diz que teve o cabelo puxado e foi sufocada pelo pescoço quanto tentava segurar o filho de 28 anos, para que ele não fosse levado pela polícia. “Estou com a canela roxa por causa de botinadas.”

O filho acabou sendo detido pelos policiais. A mãe foi atrás e o encontrou saindo de um hospital com curativo no rosto, sendo conduzido para a delegacia. “Eu falei que só tinha duas horas para velar meu filho e pedi para deixarem ele ver o sepultamento do irmão, mas não deixaram.”

A mãe conta ter voltado ao velório quando o caixão já estava sendo retirado do local, com o outro filho na delegacia. “Me deram mais meia hora para ficar com ele.”

A Polícia Militar instaurou um inquérito para apurar a conduta dos policiais envolvidos e adotar medidas cabíveis, diz a Secretaria da Segurança Pública.

A Ouvidoria da Polícia Militar abriu um procedimento para investigar o caso. O ouvidor Cláudio Silva disse neste domingo (20) que deve ir nesta semana a Bauru para conversar com o comando da PM local e fazer uma escuta qualificada com a comunidade.

“Falei pessoalmente com o comandante-geral da PM [coronel Cássio Araújo de Freitas]”, afirma. “São imagens muito fortes e é lamentável que o luto que já foi sagrado esteja sendo tão desrespeitado pelas forças de segurança pública do estado”, diz Silva.

Na noite anterior, Guilherme e Luís Silvestre da Silva Neto, 21, foram mortos, segundo a polícia, porque teriam trocado tiros com PMs do 13º Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia) em uma área de mata no Jardim Vitória.

Os dois estavam próximos a um local de venda de drogas, quando teria chegado a polícia, e correram para o mato.

As famílias dos dois negam que eles estivessem armados. “Meu filho não sabia descascar uma laranja. Acho que ele nunca viu uma arma”, afirma Nilceia.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública diz que PMs faziam uma operação na comunidade do Jardim Vitória quando foram surpreendidos por criminosos que atiraram contra a equipe. “Houve a intervenção e os suspeitos foram atingidos.” As duas famílias negam a versão policial.

Tanto Nilceia quanto Maria Aparecida Urbano Soares dos Santos, 46, mãe de Luís, dizem que duas ambulâncias do Samu (Serviço Médico de Atendimento de Urgência) foram ao local, mas que os socorristas não tiveram autorização para ir até onde os jovens estavam caídos e foram embora.

Na nota, a SSP afirma que o resgate foi acionado e constatou os óbitos no local.

As mães também dizem que não permitiram que elas chegassem até onde estavam os filhos.

De acordo com a polícia, com os dois foram localizadas porções de entorpecentes, que acabaram apreendidas, assim como as armas que eles usavam.

Nilceia diz que só soube que o filho estava morto quando uma advogada a procurou, pegou o RG de Guilherme e confirmou o óbito com a polícia.

“Eu tenho direito de saber o que aconteceu, pois não me deixaram ver o corpo. Nem sei se foram três tiros que ele levou [o jovem teria sido atingido na perna, no abdome e no peito]. Disseram que foi muito tiro”, afirma.

“Quero acreditar que tenham se arrependido, pois um menino que pesa 40 kg e que tem 1,40 m não consegue segurar uma arma.”

Maria Aparecida mostrou a última mensagem que trocou com o filho, pouco antes da morte. Pelo aplicativo WhatsApp, Luís pediu R$ 15 para comprar um lanche, pois estava com fome, e cigarros. “Já chegaram atirando e eles correram para o mato com medo, mas deram de cara com a polícia”, afirma.

“Meu filho tinha marcas de terra nas mãos, acho que tentou se segurar no mato”, diz. “Quero justiça não só por eles, mas por outras mães que perderam filhos da mesma forma.”

Na sexta à noite, moradores do Jardim Vitória fizeram um protesto na rodovia Castelo Branco, com intervenção da PM. Neste domingo, eles preparam uma nova manifestação na estrada, com balões brancos.

O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial, tráfico de drogas, associação para o tráfico, localização/apreensão de objeto e tentativa de homicídio pela Delegacia Seccional de Bauru. As diligências prosseguem pela Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar, diz a SSP.



Leia Mais: Folha

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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