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Vini x Rodri e os exageros sobre a Bola de Ouro – 30/10/2024 – Juca Kfouri

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Críticos da polarização mundial argumentam que na verdade o mundo está é mais politizado.

Se for verdade, trata-se de politização por radicalização sem sentido.

Transformar a escolha de Rodri como demonstração de racismo é exemplar.

Se Vinicius Junior é o melhor atacante do mundo e se Rodri é o melhor meio-campista do mundo, como deve votar aquele que prefere o arco à flecha?

Doutor Sócrates gostava mais de Paulo Henrique Ganso do que de Neymar Júnior assim que ambos despontaram no Santos. Preferia Silas a Müller também, quando surgiram nos chamados Menudos do São Paulo.

Há quem prefira Magic Paula à Rainha Hortência e Marcel a Oscar, apenas como exemplos em outro esporte, o basquete, mas com o mesmo conceito.

Já se disse sobre os limites da escolha do melhor individualmente em esportes coletivos, mas o ser humano adora comparações e nada mudará o hábito de escolher os melhores e os piores.

O Rei Pelé está acima de todos, mas vá dizer isso na Argentina.

Mané Garrincha, no auge, superou Diego Maradona e Lionel Messi, mas só no Brasil se pode dizer sem ser tratado como herege, embora vá ser como patrioteiro.

O cidadão Vinicius Junior é muito mais útil para a sociedade em sua corajosa luta contra o preconceito racial do que Rodri, que é chegado à extrema direita espanhola.

A escolha do Bola de Ouro, porém, é esportiva, não política.

É claro que esporte e política se misturam. E então cabe dizer que também a escolha foi política?

Em tese, sim. Mas com cem votantes pelo mundo afora? E com eleitores já dando as caras indignados por serem acusados de racismo ao não escolherem Vini como vencedor?

Inevitável aqui usar a primeira pessoa: eu teria votado em Rodri e acionarei na Justiça alguém que cometer a infâmia de acusar como racista a minha preferência.

Assim como considero Roberto Rivellino o melhor jogador da história do Corinthians e gostaria de considerar Sócrates como tal, a escolha aqui é estritamente futebolística.

Como entre brancos, esgota-se na questão do gosto de cada um. Paula x Hortência e Marcel x Oscar também.

Mas nos dias de hoje a imprescindível luta antirracista exagera ao ver na escolha do espanhol o preconceito contra o brasileiro.

Neymar no Barcelona foi melhor do que é Vini no Real Madrid?

Sim, foi, e tudo bem, os dois são negros.

Tudo bem preferir Stephen Curry a LeBron James?

Tudo, porque também ambos são negros.

Mas se eu preferir, como prefiro, Tostāo a Jairzinho, será pelo racismo estrutural?

Acreditem a rara leitora e o raro leitor que houve rompimentos em grupos progressistas no WhatsApp por causa da Bola de Ouro. Houve até quem escrevesse não discutir com brancos sobre a questão.

Ora, minimizar a dor de quem sofre racismo, ou imaginar ser capaz de se colocar no lugar e ter a mesma autoridade para tratar do tema, equivale a falar da dor do parto sem nunca tê-la sentido.

Transformar a eleição do melhor jogador da temporada em batalha racial não ajuda na luta contra o preconceito e a prova disso está em como os racistas estão comemorando a vitória de Rodri.

Há racistas entre os 99 eleitores estrangeiros? Certamente.

Como haveria entre cem apenas brasileiros.

Torci por Vini e não votaria nele. Dá para entender?


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Ufac apresenta delegação que vai para os Jubs 2025 — Universidade Federal do Acre

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Ufac apresenta delegação que vai para os Jubs 2025 — Universidade Federal do Acre

A Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (Proex) e em parceria com a Federação do Desporto Universitário Acreano (FDUA), apresentou oficialmente a delegação que representará a instituição nos Jogos Universitários Brasileiros (Jubs) de 2025. O grupo, formado por cerca de 70 estudantes-atletas e técnicos voluntários, foi apresentado em cerimônia realizada na quadra do Sesi neste sábado, 27.

A equipe, que competirá no maior evento de desporto universitário da América Latina, levará as cores da Ufac e do Acre em diversas modalidades: handebol, voleibol, xadrez, taekwondo, basquete, cheerleading, futsal e a modalidade eletrônica Free Fire. A edição deste ano dos jogos ocorrerá em Natal, no Rio Grande do Norte, entre 5 e 19 de outubro, e deve reunir mais de 6.500 atletas de todo o país.

A abertura do evento ficou por conta da apresentação da bateria Kamboteria, da Associação Atlética Acadêmica de Medicina da Ufac, a Sinistra. Sob o comando da mestra Alexia de Albuquerque, o grupo animou os presentes com o som de tamborins, chocalhos, agogôs, repiques e caixas.

Em um dos momentos mais simbólicos da solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, entregou as bandeiras do Acre e da universidade aos atletas. Em sua fala, ela destacou o orgulho e a confiança depositada na delegação.

“Este é um momento de grande alegria para a nossa universidade. Ver a dedicação e o talento de nossos estudantes-atletas nos enche de orgulho. Vocês não estão apenas indo competir; estão levando o nome da Ufac e a força do nosso estado para todo o Brasil”, disse a reitora, que complementou: “O esporte universitário é uma ferramenta poderosa de formação, que ensina sobre disciplina, trabalho em equipe e superação”.

A cerimônia contou ainda com a apresentação do time de cheerleading, que empolgou os presentes com suas acrobacias, e foi encerrada com um jogo amistoso de vôlei.

Compuseram o dispositivo de honra do evento o deputado federal e representante da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro; o deputado estadual Eduardo Ribeiro; o vereador de Rio Branco Samir Bestene; o vice-presidente da Federação do Desporto Universitário do Acre, Sandro Melo; o pró-reitor de Extensão, Carlos Paula de Moraes; a diretora de Arte, Cultura e Integração Comunitária, Lya Beiruth; o coordenador do Centro de Referência Paralímpico e Dirigente Oficial da Delegação da Ufac nos Jubs 2025, Jader de Andrade Bezerra; e o presidente da Liga das Atléticas da Ufac, Max William da Silva Pedrosa.

 



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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.

A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.


Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”

A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”

Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”


Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.



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Enanpoll — Universidade Federal do Acre

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publicado:
26/09/2025 14h57,


última modificação:
26/09/2025 14h58

1 a 3 de outubro de 2025



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