ACRE
Wagner Moura muda de lado após Narcos em Ladrões de Drogas – 13/03/2025 – Ilustrada

PUBLICADO
7 meses atrásem

Leonardo Sanchez
Foi como um dos maiores traficantes da história que Wagner Moura se tornou conhecido pelo público estrangeiro, ao viver Pablo Escobar em “Narcos“. Agora, em mais uma série estrangeira em seu currículo, o ator se encontra do outro lado da guerra, vestindo o uniforme do departamento de controle de drogas dos Estados Unidos.
Ou quase. Em “Ladrões de Drogas”, Moura forma dupla com o americano Brian Tyree Henry e, juntos, vivem amigos que fingem ser agentes federais para roubar traficantes amadores. Eles observam casas que são pontos de distribuição de narcóticos, as invadem e, depois de uma ceninha, ficam com o dinheiro que encontram.
Seus alvos normalmente são jovens empurrados para o crime pela pobreza, sem profissionalismo no que fazem e sem chance de se tornarem chefes do tráfico. Até que eles acidentalmente cruzam com o maior corredor de narcóticos da costa leste americana, escondido nas periferias da Filadélfia, na Pensilvânia.
“Esses personagens são diferentes daquele estereótipo de séries cheias de adrenalina, dos machões, dos caras durões. A série não é sobre isso. Manny e Ray não querem fazer parte daquela realidade, eles também estão tentando escapar do ciclo de violência no qual eles, enquanto homem preto e homem latino, foram jogados”, diz Moura sobre os protagonistas.
Seu personagem, Manny Carvalho, é um brasileiro que tem o sonho de casar com a namorada e vê o crime como algo passageiro, uma maneira de conseguir dinheiro fácil para se estabilizar. Seu parceiro, Ray Driscoll, nunca esteve em paz com o fato de o pai estar há anos na cadeia e precisa dar apoio à mãe quando ela descobre que está doente.
Os dois se conheceram ainda crianças, num reformatório, e têm uma relação de irmãos. Na vida real, também, Moura e Tyree Henry se tornaram bons amigos –a empolgação do brasileiro com seus coprotagonistas estrangeiros é sempre notável, como foi o caso com Elisabeth Moss em “Iluminadas”, outra série do Apple TV+.
Mas Moura não era a primeira opção para assumir o papel. O ator original, porém, deixou o projeto dias antes do início das gravações. O brasileiro, então, recebeu uma ligação numa sexta-feira e, na segunda, estava no set de filmagem, ainda sem saber muito sobre o papel e sem qualquer tempo de preparo.
“Eu levo o tempo de preparação muito a sério, mas desta vez senti que estava pronto para viver o momento. Em ‘Narcos’ eu passei seis meses só aprendendo espanhol, ganhei peso, então assim que pisei no set eu era o Pablo Escobar. Aqui, não.”
Entre os motivos que o atraíram para o projeto está Ridley Scott, de “Gladiador” e “Blade Runner”, que atua como produtor executivo e diretor do primeiro episódio. “Quando eu vou ter a chance de trabalhar com Ridley Scott de novo?”, disse ele ao receber o telefonema com o convite.
Já a criação e o roteiro de “Ladrões de Drogas” são de Peter Craig, a partir do livro “Dope Thief”, do americano Dennis Tafoya. Indicado ao Oscar pelo texto de “Top Gun: Maverick“, Craig fez carreira escrevendo tramas de ação tão dissonantes quanto “Jogos Vorazes: A Esperança” e “Gladiador 2“, último projeto de Scott.
Mas ele não se vê como um autor de filmes de ação. Personagens, e seus dramas principais, sempre vêm antes de qualquer grande cena de adrenalina, ele diz, e por isso “Ladrões de Drogas” é um projeto muito mais centrado na história de vida de seus protagonistas do que em grandes fugas ou nos estratagemas para invadir casas de traficantes.
“O importante nessa história, e também no livro, era mostrar como o trauma aproxima esses dois personagens. Eles passaram um tempo na prisão juntos, são viciados, mas nunca entraram numa gangue. Eles são eternamente forasteiros, foram isolados pela sociedade de forma conjunta”, afirma Craig.
O discurso ganha peso quando adicionamos à equação o fato de Tyree Henry ser negro e Moura, brasileiro. Agora sob um novo governo Trump, seus personagens integram dois estratos da sociedade americana atingidos diretamente pelos cortes em políticas de diversidade e pelos discursos anti-imigração da Casa Branca.
Para o ator americano, indicado ao Oscar há dois anos por “Passagem“, era importante que a série construísse também uma ponte com as comunidades sobre as quais fala. Por isso, assumiu um crédito de produtor executivo, garantindo que a equipe não invadiria, sem cuidado, aquele cenário de pobreza, criminalidade e de epidemia de drogas que retrata.
“Eu espero que pessoas [marginalizadas] que assistirem à série, especialmente neste momento, possam entender que nós as vemos e as compreendemos, que nós sabemos que o sistema é incrivelmente injusto neste país, principalmente quando falamos da população negra”, afirma.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
ACRE
Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO
2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.
“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”
Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
Relacionado
ACRE
Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO
2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.
Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.
“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.
Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
Relacionado
ACRE
Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

PUBLICADO
2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
CT
Tomaz Silva / Agência Brasil
Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.
Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.
Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.
De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.
Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
- ACRE3 dias ago
Equipe da Ufac é premiada na 30ª Maratona de Programação — Universidade Federal do Acre
- ACRE3 dias ago
Propeg realiza entrega de cartão pesquisador a professores da Ufac — Universidade Federal do Acre
- ACRE2 dias ago
Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática
- ACRE2 dias ago
Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login