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100 mil estudantes chineses participam de passeio noturno de bicicleta de 50 km em busca de bons bolinhos de sopa | China

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8 meses atrásem
Helen Davidson in Taipei
Uma tendência noturna de ciclismo que começou com quatro estudantes chineses percorrendo 50 km em busca de bolinhos atingiu cerca de 100 mil pessoas na sexta-feira, congestionando estradas principais, sobrecarregando uma pequena cidade turística e chamando a atenção das autoridades.
O grupo de estudantes, a maioria em bicicletas públicas, percorreu várias horas pela província de Henan, desde seus campi em Zhengzhou até a antiga cidade de Kaifeng.
“As pessoas cantavam juntas e torciam umas pelas outras enquanto subiam a colina juntas”, disse Liu Lulu, estudante da Universidade de Henan. China Diário. “Pude sentir a paixão dos jovens. E foi muito mais do que um passeio de bicicleta.”
Mas Kaifeng rapidamente atingiu sua capacidade máxima, com acomodações, restaurantes e espaços públicos lotados, disseram autoridades. O vídeo que circula online mostra dezenas de milhares de ciclistas enchendo a avenida Zhengkai, de seis pistas, a via expressa entre Zhengzhou e as ruas da muito menor Kaifeng, enquanto a polícia usava alto-falantes para pedir aos estudantes que saíssem, de bicicleta ou de ônibus gratuito.
Para evitar uma repetição do evento de sexta-feira, as autoridades anunciaram restrições temporárias em estradas e ciclovias para o fim de semana, e as aplicações de partilha de bicicletas alertaram que bloqueariam remotamente quaisquer bicicletas retiradas das zonas designadas em Zhengzhou.
Algumas universidades de Zhengzhou também promulgaram medidas que incluem a proibição de bicicletas nos campi e a exigência de que os estudantes solicitem passes para deixar o local.
A tendência começou em junho, quando quatro estudantes universitários de Zhengzhou decidiram pedalar várias horas até Kaifeng em bicicletas compartilhadas em busca dos famosos bolinhos de sopa enormes da cidade, guan tang bao. As postagens de sua jornada ganharam atenção nas redes sociais, lançando a hashtag “juventude não tem preço, passeio noturno para Kaifeng tem”.
A tendência pegou, com cada vez mais estudantes fazendo a jornada. A atividade saudável e apolítica foi inicialmente bem recebida pelas autoridades. Kaifeng, que é uma das muitas cidades chinesas que tentam atrair mais turistas nacionais, ofereceu incentivos, incluindo entrada gratuita nas atrações. O meio de comunicação estatal oficial, o Diário do Povo, comemorou a “onda de jovens viajantes” para Kaifeng, que previu prematuramente ter atingido o pico de cerca de 2.000 no fim de semana passado.
“Ao chegar a Kaifeng, muitos estudantes aproveitaram a oportunidade para explorar as atrações culturais e históricas da cidade, trazendo uma nova sensação de entusiasmo e energia à cidade antiga”, escreveu o jornal na quinta-feira. “Essas aventuras juvenis incorporam um espírito vibrante – cheio de curiosidade, determinação e entusiasmo pela descoberta – que acrescenta novas dimensões à indústria do turismo.”
Mas naquela noite o número de estudantes que viajavam aumentou para 17 mil, e na sexta-feira aumentou até dez vezes, com estimativas de entre 100 mil e 200 mil estudantes congestionando a estrada.
O grande número gerou reclamações, principalmente dos moradores de Kaifeng, que disseram que sua cidade foi invadida e que bicicletas e lixo foram deixados para trás. Online, muitos estudantes pediram desculpas pela bagunça, mas defenderam o passeio. Houve um forte debate sobre as acções dos estudantes, a reacção das universidades e se as autoridades e os meios de comunicação social tinham encorajado a actividade sem criar apoio e infra-estruturas adequadas.
“No início, foi exagerado, mas no final tudo terminou em colapso e fracasso”, disse um comentarista no Weibo. “Vocês, meios de comunicação, deveriam refletir sobre si mesmos. No início, todos vocês encorajaram e elogiaram esse comportamento.”
A tendência do ciclismo noturno parece estar ganhando popularidade em várias grandes cidades chinesas, mas nenhuma relatou multidões do tamanho das vistas em Henan.
No sábado, alguns estudantes que ainda conseguiam sair dos dormitórios pareciam determinados a tentar novamente – apesar da proibição de andar de bicicleta – e partiram a pé.
“Segui meu namorado em um passeio noturno até Kaifeng, agora a polícia de trânsito não deixa mais as pessoas irem de bicicleta para Kaifeng”, disse um estudante nas redes sociais no sábado. “Há tantas bicicletas estacionadas na beira da estrada e os alunos começaram a caminhar. É tão bom ser jovem, isso é juventude!”
Reportagem adicional de Chi-hui Lin
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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