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A boa nova do combustível do futuro

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Murillo Aragão

A nova Lei do Combustível do Futuro representa um avanço significativo para a política energética do Brasil, articulando-se com outros projetos estratégicos do atual governo, como o Nova Indústria Brasil e o Mover, que já estão em operação e fornecem a base para o desenvolvimento de novos mercados e a ampliação de produtos por parte de empresas. A norma estabelece programas nacionais para o diesel verde, o combustível sustentável para aviação e o biometano, além de aumentar a mistura de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel, respectivamente, fomentando a diversificação e inovação na matriz energética nacional.

Entre os principais dispositivos da lei, destaca-se a criação de um marco regulatório para a captura e o armazenamento de carbono, uma medida que pode destravar investimentos na ordem de R$ 260 bilhões, gerando novas oportunidades que combinam desenvolvimento econômico, criação de empregos e proteção ambiental. A sanção da Lei do Combustível do Futuro também estabelece novos percentuais mínimos e máximos de mistura de etanol à gasolina e de biodiesel ao diesel, com a margem de etanol na gasolina C passando de 22% a 27%, podendo chegar a 35%, um aumento significativo em relação ao mínimo atual de 18%.
No setor da aviação, a nova legislação é igualmente ambiciosa. A partir de 2027, os operadores aéreos serão obrigados a utilizar combustível sustentável, com a meta de reduzir em 10% as emissões de gases de efeito estufa nos voos domésticos até 2037, conforme estipulado pelo Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação.

Aprovada por unanimidade no Congresso após quatro meses de intensas negociações e aperfeiçoamentos, a lei tem como objetivo promover a mobilidade sustentável de baixo carbono e consolidar o Brasil como líder na transição energética global. Com a sanção presidencial, já foram anunciados compromissos de R$ 21 bilhões em investimentos privados para novos projetos de produção de biocombustíveis. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, os investimentos totais devem alcançar R$ 260 bilhões nos próximos anos, impulsionando a criação de uma economia mais verde e competitiva no cenário internacional. O projeto, de autoria do deputado Jerônimo Goergen, representa um passo decisivo para consolidar o Brasil como líder na transição para uma economia de baixo carbono. Com o foco em biocombustíveis, captura de carbono e incentivos à inovação tecnológica, essa iniciativa busca não apenas promover o desenvolvimento sustentável, mas também garantir a competitividade da indústria brasileira em um cenário global cada vez mais voltado à energia limpa.

A aprovação do projeto Combustível do Futuro reflete um momento positivo da articulação do governo, em especial do Ministério das Minas e Energia e do Palácio do Planalto com o Congresso e o setor privado em torno de um tema vital para o futuro do país. Entretanto, como mencionado, é fundamental que o Brasil equilibre o investimento em novas tecnologias com a exploração estratégica de suas reservas fósseis, a fim de maximizar seu potencial econômico e energético nas próximas décadas.Mas não devemos descuidar do nosso patrimônio petrolífero. Apesar dos avanços em combustíveis sustentáveis e das oportunidades trazidas pela transição energética, o petróleo ainda é um recurso estratégico para o Brasil. Nossas reservas conhecidas têm uma janela limitada de exploração, e é crucial que, enquanto investimos em novas tecnologias, mantenhamos uma gestão eficiente e responsável dos recursos fósseis. Isso inclui a necessidade de uma política energética equilibrada e de longo prazo, que maximize o retorno econômico e estratégico das reservas de petróleo, garantindo que o Brasil não perca competitividade nesse setor fundamental. Nesse sentido, as tecnologias de captura e armazenamento de carbono se tornarão cada vez mais acessíveis, desempenhando um papel crucial na mitigação das emissões associadas ao uso contínuo de combustíveis fósseis. Assim como o fortalecimento e modernização, inclusive de conceitos e paradigmas, das autoridades ambientais brasileiras.



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CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

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CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go...

Marcela Rahal

Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.

Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.

Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.

O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.



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POLÍTICA

Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

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Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg...

Ludmilla de Lima

Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.

Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano. 

A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.

A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.



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POLÍTICA

Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

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Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu...

Matheus Leitão

A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.

Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.

Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.

“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.

A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.

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“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana. 

A seguir as cenas dos próximos capítulos…



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