POLÍTICA
A crise que 2025 herda do ano que termina
PUBLICADO
1 ano atrásem
Matheus Leitão
A crise das emendas chega ao último dia do ano ainda sem perspectiva de se resolver. O ministro Flávio Dino determinou que também o Senado tenha suas emendas suspensas até melhor esclarecimento sobre o processo decisório.
Nesse novo desdobramento, ele congela gastos de R$ 2,7 bilhões. O ano termina com o mesmo debate que esteve presente durante todo o tempo: Flávio Dino está indo além das suas prerrogativas ou está determinado a fazer cumprir a Constituição? O ministro virou uma extensão do Executivo no Judiciário ou é apenas o seu papel de relator do acórdão em que o Supremo julgou inconstitucional todo o tipo de arranjo na liberação de emendas parlamentares que contenha os métodos do orçamento secreto?
As respostas virão em 2025, mas o fato é o que ano termina com essa tensão no ar em Brasília. Os casos descobertos recentemente, de mau uso do dinheiro de emendas por parlamentares, provam que é preciso ter mais controle, acompanhamento, fiscalização sobre esse dinheiro que chegou ao volume espantoso de R$ 50 bilhões.
No ano que vem a grande chance de tudo se acalmar vem do fato de que haverá troca no comando do Senado e da Câmara e será o tempo certo de se estabelecer novos critérios dessa liberação de dinheiro do orçamento pelo Legislativo. É bom sempre lembrar que toda a confusão foi criada no governo Bolsonaro que deu poderes e dinheiro demais para o Congresso. Dessa forma, fugiu de mais de uma centena de pedidos de impeachment, todos engavetados por Lira.
No ano que vem tudo será diferente? Pode ser. Lembrando, mais uma vez, que em fevereiro mudam as presidências das duas casas. Será hora de estabelecer novos parâmetros de transparência e rastreabilidade. Sempre é bom ter esperanças no novo ano.
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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social)
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…
PUBLICADO
8 meses atrásem
5 de maio de 2025Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.


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