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A Fórmula 1 retornará à África do Sul? – DW – 26/09/2024

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Nos últimos dois anos, a possibilidade de Fórmula 1 voltando para África parecia cada vez mais provável. Com apoio público e privado da Star Driver Lewis Hamilton e uma crescente base de fãs no continente, a contínua omissão de África no produto premium do automobilismo parece cada vez mais insustentável.

Depois de tentativas de trazer o esporte de volta ao último local de uma corrida na África – o autódromo de Kyalami em Joanesburgo, África do Sul – falhou, a espera continua. No entanto, uma recente reunião entre o Ministro do Desporto e Recreação da África do Sul, Gayton McKenzie, e o Chefe do Executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, reacendeu a crença de que África voltará a ter uma corrida, mais cedo ou mais tarde.

Dinheiro é um problema, mas não o único

As pesadas taxas contratuais exigidas para sediar um fim de semana de F1 são, sem dúvida, um obstáculo para qualquer país interessado. O Grande Prémio mais recente do calendário, Singapura, custa supostamente 35 milhões de dólares (31,4 milhões de euros) por ano para ser anfitrião. Além disso, vem o custo operacional. Corridas de rua, como a de Cingapura, são mais baratas para começar porque não exigem novas construções. No entanto, sua manutenção é muito cara porque é caro transformar vias públicas em pistas de corrida e instalar assentos temporários.

Uma pista de corrida permanente evita os altos custos de funcionamento de um circuito de rua, mas significa mais dinheiro adiantado. Dada a sua história e a restauração que sofreu depois que o CEO da Porsche na África do Sul, Toby Venter, a comprou em 2014, a pista de corridas de Kyalami parece ser a candidata mais provável. Mas será o dinheiro o único obstáculo para trazer a Fórmula 1 de volta à África?

Kamilla Swart-Arries, cientista esportiva
Kamilla Swart-Arries sente que uma corrida de F1 já deveria ter acontecido na África do Sul, mas apenas nas condições certasImagem: privado

“Acho que é a distribuição desigual. A África do Sul sempre enfrentou percepções negativas”, disse à DW a Dra. Kamilla Swart-Arries, especialista na indústria de eventos da África do Sul e no legado dos eventos esportivos.

“É muito parecido com minhas experiências no Catar com a Copa do Mundo de 2022; dois contextos muito diferentes, mas muitas semelhanças quando se trata de percepções sobre o país anfitrião e o continente”, acrescentou Swart-Arries, que atualmente trabalha no Hamad Bin Universidade Khalifa em Catar.

Em essência, trata-se de olhar para África como um lugar de potencial, em vez de vê-la através das lentes cansadas e estereotipadas de crianças famintas e líderes corruptos. Os eventos desportivos globais em África têm sido poucos e distantes entre sisendo a Copa do Mundo de Futebol de 2010 a mais recente e talvez a Copa do Mundo de Rúgbi de 1995 a mais significativa.

A Fórmula 1 poderia mudar isso de alguma forma, finalmente correndo novamente no continente, mas o significado de levar o show mais rápido do planeta para a África é apenas o começo. Desportos como a F1, onde a maioria dos decisores, pilotos, dirigentes de equipa e engenheiros são homens brancos, são um exemplo vivo de condições desiguais. A esperança de correr em África, como tem sido o esperança com corridas no Oriente Médioé que isso contribuirá de alguma forma para mudar isso.

“Acho que o conceito de legado evoluiu desde o trabalho que fizemos em torno da Copa do Mundo, no sentido de dizer que o legado realmente começa quando você faz uma oferta por ele”, explicou Swart-Arries.

“Trata-se de mudanças estruturais, então até que ponto esse evento muda as percepções na África do Sul e em África ou em termos de mudanças de atitudes, comportamento, ou mudanças nas competências, conhecimentos e redes? Há muitos aspectos positivos, mas uma grande questão é o desafio financeiro e o desenvolvimento de oportunidades.”

Yarish, um engenheiro eletrônico na África do Sul, é um grande fã de F1 e um fã ainda maior de Lewis Hamilton. Ele está ansioso para ver o retorno do esporte porque mostrará ao mundo que o país ainda pode sediar eventos mundiais. Mas ele acredita que mais trabalho em prol da igualdade de oportunidades deve ser incluído na visão estratégica do regresso da Fórmula 1 à África do Sul.

“É necessário fazer investimento em tecnologias 4IR (Quarta Revolução Industrial) e no desenvolvimento de jovens qualificados. Além disso, o setor de corridas só está disponível para os ricos do país, portanto, é necessário que haja intervenções para desenvolver habilidades de corrida para pessoas de diferentes países. origens”, disse Yarish à DW.

O Campeonato do Mundo de futebol de 2010, na África do Sul, serve como um lembrete oportuno de que os grandes eventos desportivos exigem uma consideração para além do espectáculo, a fim de terem um legado realmente positivo. Estádios caros que estão em mau estado, uma equipa que não participa num Campeonato do Mundo desde 2010 e o familiar zumbido da vuvuzela é, infelizmente, o que a maioria associa agora a esse torneio em África há 14 anos. É difícil ver um legado tangível além da magia daquele mês e é por isso que, se a F1 retornar à África, os detalhes do acordo serão significativamente importantes.

Legado além da corrida

“É uma faca de dois gumes, porque a diferença entre a F1 e uma Copa do Mundo ou Jogos Olímpicosele retorna todos os anos, então isso deve ser positivo, que mantém a economia funcionando, a sustentação dos empregos e a continuação das indústrias de eventos, hospitalidade e turismo”, disse Swart-Arries “Mas, ao mesmo tempo, você tem para fazer um show muito bom. Você vai querer que as pessoas voltem todos os anos, ano após ano, e então como tornar sua corrida mais única do que a próxima?”

Isto será um desafio. Se o referido autódromo de Kyalami for escolhido, o facto de Joanesburgo, a capital dos negócios, estar a apenas duas horas de voo da Cidade do Cabo, a capital do lazer, ajudará. Os benefícios de uma viagem ao país para um fim de semana de corrida, embora talvez não sejam baratos, são claramente comercializáveis ​​do ponto de vista do turismo, bem como provavelmente abrem novos mercados. Herbert Mensah, o homem responsável pelo Rugby Áfricafalou da utilização de uma abordagem semelhante para envolver o mundo no poder e no potencial do investimento nos desportos africanos.

Para além da vertente turística, reside a já referida tarefa de criação de oportunidades. O próprio filho de Swart-Arries é fã do automobilismo e, embora ela saiba que as chances de ele chegar ao topo são improváveis, ela tem esperança de que possa haver uma carreira no automobilismo para ele além de ser piloto.

“Acho que esse é o tipo de aspiração de sediar uma corrida de Fórmula 1. É aproveitar a educação STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), tecnologia, aspirantes a meninas ou mulheres, nivelar os campos de jogo, se for para todos aqueles outros razões e podemos fazê-lo funcionar, então eu digo sim à Fórmula 1 na África”.

Editado por: Chuck Penfold





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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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