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A Índia está se aproximando do Taleban? – DW – 14/11/2024

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Um relatório recente da Agência de Notícias Bakhtar, controlada pelos Taliban, afirmou que o regime fundamentalista islâmico nomeou Ikramuddin Kamil, estudante de pós-doutorado em direito internacional pela Universidade do Sul da Ásia de Nova Delhi, como seu enviado em Mumbai.

Enquanto indiano As autoridades ainda não comentaram oficialmente, a agência citou fontes do “Ministério das Relações Exteriores” do Taliban como confirmando a nomeação de Kamil como “o cônsul interino do Emirado Islâmico”, que será responsável por do Afeganistão serviços consulares e representação dos interesses de Cabul na metrópole indiana.

“Ele está atualmente em Mumbai, onde cumpre suas funções como diplomata”, disse a agência sobre Kamil esta semana.

Sher Mohammad Abbas Stanikzai, vice-ministro das Relações Exteriores do Taleban para assuntos políticos, também postou no X sobre a nomeação de Kamil para o consulado em Mumbai.

Índia envia diplomata a Cabul

O Talibã assumiu o controle do Afeganistão em agosto de 2021mas ainda não obteve o reconhecimento de nenhum outro país do mundo. Ao mesmo tempo, vários países reforçaram os seus laços com o regime sem reconhecê-loincluindo a Índia, que tem um plano estratégico para expandir a sua presença no Afeganistão.

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A notícia da postagem de Kamil em Mumbai chega poucos dias depois que um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Índia visitou o Afeganistão. JP Singh, chefe da divisão diplomática da Índia para o Paquistão, Afeganistão e Irã (PAI), encontrou-se com o “ministro da defesa em exercício” do Afeganistão, Mullah Muhammad Yaqoob – filho do falecido fundador do Talibã, Mullah Muhammad Omar – bem como com ex-presidente Hamid Karzai e outros ministros seniores durante a sua visita na semana passada.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia disse que as negociações se concentraram na “assistência humanitária da Índia que estamos fornecendo às pessoas no Afeganistão” e nas maneiras como “a comunidade empresarial no Afeganistão” poderia usar o porto iraniano de Chabahar para o comércio internacional. A Índia vê o porto como uma localização estratégica e assinou um acordo com o Irão no início deste ano para desenvolver e operar o site durante a próxima década.

Envolvendo-se sem reconhecimento

Nos últimos anos, Nova Deli tem calibrado cuidadosamente os seus movimentos em direcção a Cabul para evitar reconhecer os Taliban como legítimos e ainda assim envolvê-los para proteger os seus interesses no Afeganistão.

Em Junho de 2022, a Índia enviou uma “equipa técnica” a Cabul para coordenar a prestação de assistência humanitária e para ver como Nova Deli poderia apoiar o povo afegão. Desde a abertura da missão técnica, os talibãs têm exigido a colocação do seu próprio representante em Deli.

Depois, em Janeiro deste ano, a Índia participou na reunião da Iniciativa de Cooperação Regional convocada pelos Taliban em Cabul, que incluiu representantes de vários países, incluindo China, Rússia, Paquistãoe Irã.

Afeganistão reduzido a um “não-problema”

A Índia tem trabalhado para recuperar gradualmente a influência estratégica em Cabul que perdeu quando os talibãs tomaram o poder em agosto de 2021, disse à DW a especialista em Afeganistão Shanthie Mariet D’Souza.

“Pode abrir caminho à activação das suas ligações comerciais com os países da Ásia Central através do porto de Chabahar no Irão e do território do Afeganistão e negar ao Paquistão a profundidade estratégica que tem procurado desde a ascensão dos Taliban no Afeganistão”, disse D’ Souza, que atua como chefe do Instituto Mantraya de Estudos Estratégicos na Índia.

Os talibãs também querem “aprofundar a sua relação” com a Índia, segundo o especialista em Afeganistão.

D’Souza reconheceu que a busca de legitimidade dos Taliban ganharia um impulso com a reaproximação da Índia.

“No entanto, a realidade é que o Ocidente e os EUA reduziram efectivamente o Afeganistão a uma questão que não é um problema, para além das menções ocasionais às violações dos direitos das raparigas e das mulheres. Em contraste, quase todos os vizinhos regionais do Afeganistão reconheceram a sabedoria de se envolverem com o Emirado Islâmico, mesmo sem reconhecê-lo oficialmente”, disse D’Souza.

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E mesmo em questões como a discriminação das mulherester “uma forte presença em Cabul” permitiria à Índia influenciar melhor as políticas do Taleban do que “assumir uma postura taciturna e imparcial”, disse ela.

Nova Deli quer minimizar ameaças

Ajay Bisaria, ex-alto comissário para Paquistãoacredita que a presença de um funcionário afegão em Mumbai será uma ajuda prática para a comunidade afegã, que não dispõe de qualquer representante para lidar com questões relativas ao seu país de origem.

“Isto faz parte da política da Índia de envolvimento calibrado e pragmático com os governantes de facto do Afeganistão. A Índia tem uma equipa técnica em Cabul e envolveu-se a nível oficial com os talibãs em múltiplas ocasiões”, disse Bisaria à DW.

Na sua estimativa, a expectativa mínima da Índia seria que os talibãs não tomassem quaisquer medidas para ameaçar a segurança da Índia como fizeram na década de 1990 e, idealmente, também protegeriam os interesses da Índia no Afeganistão.

Irã e China já deram as boas-vindas a enviados talibãs

A embaixada do Afeganistão em Nova Deli cessou as operações em Outubro do ano passado. A embaixada citou uma série de questões, incluindo a falta de cooperação do governo indiano. O embaixador anterior, Farid Mamundzay – nomeado pelo governo do antigo presidente afegão Ashraf Ghani – deixou a Índia e nunca mais regressou, criando um vazio de liderança.

O ex-enviado da Índia ao Irã, Gaddam Dharmendra, disse à DW que as últimas notícias do novo enviado a Mumbai representam um movimento pragmático e obstinado.

“As relações Taliban-Paquistão estão tensas. E o Irão e a China permitiram que os Taliban operassem as embaixadas em Teerão e Pequim. Portanto, faz sentido alavancarmos o nosso interesse nacional”, disse Dharmendra.

Editado por: Darko Janjevic



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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