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A Indonésia está a sentir fadiga eleitoral? – DW – 27/11/2024

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A Indonésia realizou eleições locais na quarta-feira, com mais de 1.550 candidatos competindo por cargos de liderança regional em mais de 500 regências e cidades em todo o arquipélago.

As eleições deste ano marcaram a primeira vez que os indonésios elegeram líderes locais no mesmo dia em todas as regiões, com cargos que incluíam governadores regionais, chefes de regiões administrativas e presidentes de câmara municipais. A contagem dos votos deve durar algumas semanas até meados de dezembro.

No sistema político descentralizado da Indonésia, estes funcionários são responsáveis ​​por fornecer serviços públicos locais e lidar com a governação regional e as decisões orçamentais.

As eleições regionais acontecem depois das eleições presidenciais e parlamentares de fevereiro. Ex-general Prabowo Subianto ganhou a presidência e foi inaugurado em outubro.

No entanto, após a temporada turbulenta de eleições gerais no início deste ano, as autoridades eleitorais estão preocupadas com a possibilidade de o cansaço dos eleitores se instalar.

De acordo com uma pesquisa realizada no final de outubro pela organização de pesquisa Litbang Kompas, com sede em Jacarta, aproximadamente 43% dos entrevistados na populosa região de Java Central estavam indecisos.

Dados da Comissão Eleitoral Geral da Indonésia (KPU) mostraram que a participação eleitoral durante as eleições presidenciais de Fevereiro foi inferior a 82%. A comissão estabeleceu uma meta de taxa de participação eleitoral de 82% para as eleições regionais.

O que os indonésios acham da vitória eleitoral de Prabowo Subianto

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Fadiga do eleitor após uma série de eleições?

Apesar da elevada participação e das metas anteriormente elevadas, Idham Holik, membro da Comissão Eleitoral Geral da Indonésia (KPU), reconheceu que um dos desafios significativos nas próximas eleições regionais é a fadiga política ou a exaustão do público.

“Esta é uma questão importante que devemos abordar. Se tal situação surgir, existe um potencial para uma diminuição da participação. Entretanto, temos um mandato para aumentar a participação eleitoral”, disse ele, citado pela agência de notícias Antara.

A fadiga dos eleitores ocorre quando o público fica cansado dos processos eleitorais contínuos que exigem que tomem decisões em eleições gerais múltiplas.

Até certo ponto, o público pode até evitar consumir notícias políticas e abster-se de ir aos centros de votação. Isto poderia resultar numa menor participação eleitoral, levantando assim questões sobre a legitimidade dos resultados eleitorais.

“Há uma tendência para os jovens ficarem cansados ​​com as discussões políticas das últimas eleições, e agora são confrontados com eleições regionais. Isto levou à relutância ou mesmo a atrasos na procura de informações relacionadas com as eleições regionais”, disse Haykal, um pesquisador da Perludem, uma organização indonésia sem fins lucrativos que pesquisa eleições e democracia.

Haykal, que usa um nome, disse à DW que as disparidades na educação política, no acesso à Internet e à informação nas diferentes regiões também contribuíram para o baixo interesse público.

Acrescentou que muitos eleitores consideram difícil obter informações sobre os programas oferecidos pelos principais candidatos regionais, o que, por sua vez, pode ter um impacto negativo na participação.

Trubus Rahadiansyah, especialista em políticas públicas da Universidade Trisakti, em Jacarta, disse que a nomeação pelos partidos políticos sem refletir nas preferências do público poderia explicar a falta de entusiasmo entre os residentes antes das eleições regionais.

Ele disse à DW que muitos candidatos a chefes regionais não são familiares ao público e podem ser vistos como meras extensões da elite central.

Presidente indonésio Prabowo Subianto em uma urna de votação
O presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, vota nas eleições locais em uma seção eleitoral em Java OcidentalImagem: Algadri Muhammad/DW

Por que as eleições regionais são significativas?

Eleições regionais em Indonésia não foram encontrei com o mesmo entusiasmo como a eleição presidencial realizada alguns meses antes.

Roni, residente em Bogor, Java Ocidental, não conseguiu sequer mencionar o mês exato das eleições regionais de 2024. “Setembro?” ele disse quando questionado sobre a data por um repórter da DW.

Para Sofi, uma estudante que beneficia de um programa de bolsas de estudo fornecido pelo Governo de Jacarta, as eleições regionais não consistem apenas na selecção de um líder regional.

Sua principal preocupação é que a próxima administração possa eliminar o programa de bolsas de estudo do qual ela depende atualmente. Esta incerteza foi a principal razão, até poucos dias antes da eleição para governador, Sofi ainda não tinha tomado a sua decisão.

“Se a regulamentação relativa às bolsas mudar, isso terá um impacto significativo na minha vida”, disse Sofi à DW.

Inundação marrom em uma seção eleitoral em Deli Serdang, Sumatra do Norte, Indonésia
Os eleitores encontraram enchentes nesta seção eleitoral no norte de Sumatra Imagem: Arriscado Cahyadi/Anadolu/aliança de imagens

Para jovens como Roni e Sofi, as eleições regionais são mais do que apenas votar. Os resultados podem afectar significativamente as suas vidas, pelo menos nos próximos cinco anos.

Segundo Haykal, as políticas regionais afetarão diretamente os residentes. Ele citou o exemplo de como a formulação do Salário Mínimo Provincial (UMR) e do Salário Mínimo Municipal (UMK) é decidida pelos governos regionais.

Política pública Rahardiansyah disse que políticas regionais como a segurança alimentar podem ter impacto direto na vida das pessoas. “Algumas regulamentações regionais poderiam permitir que os jovens conseguissem empregos decentes”, explicou Trubus.

Editado por: Wesley Rahn



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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