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A taxa de natalidade da Alemanha cai para o nível mais baixo dos últimos 10 anos – DW – 11/05/2024

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A taxa de natalidade na Alemanha atingiu um novo recorde baixo. De acordo com o Instituto Alemão de Investigação Económica (Ifo), situa-se agora em 1,35 crianças por mulher, em comparação com 1,58 filhos por mulher em 2021.

O declínio é ainda mais pronunciado na Alemanha Oriental do que nos estados ocidentais da Alemanha.

De acordo com o Serviço Federal de Estatística Alemão, cerca de 392.000 crianças nasceram na Alemanha entre janeiro e julho de 2024.

Em comparação com o mesmo período de 2023, isto representou 3% menos bebés.

Esses números consolidar uma tendência descendente que já caracterizou os anos de 2022 e 2023, em que foram cadastrados 693 mil recém-nascidos. Um ano antes, em 2021, nasceram 795.500 crianças na Alemanha.

Por outras palavras, em 2023, mais de uma em cada oito camas numa enfermaria de recém-nascidos permaneciam vazias em comparação com 2021.

Os pais empurram dois carrinhos de bebê com a cobertura abaixada
Em 2023, nasceram 3% menos crianças do que no mesmo período de 2021Imagem: Wolfgang M. Weber/IMAGO

Baixa recorde seguida por anos de pico

Até 2016, os estatísticos reportavam números significativamente mais baixos de recém-nascidos na Alemanha. Em 2013, eram pouco mais de 682 mil recém-nascidos. Em 2015, o número era apenas ligeiramente superior, com 737 mil bebés.

Nos anos de pico seguintes, entre 2016 e 2021, contudo, foram registados mais de nove recém-nascidos por 1.000 habitantes.

Entretanto, este número caiu para apenas 8,2, o que é ainda menor do que há 10 e 15 anos.

Flutuações significativas no que diz respeito à taxa de recém-nascidos de um país resultam invariavelmente em mudanças a longo prazo. Em primeiro lugar, há o número de vagas necessárias para o acolhimento de crianças e educação escolar. A longo prazo, pode afectar a força de trabalho, bem como um financiamento estável dos fundos de pensões.

Em última análise, uma baixa taxa de natalidade é também um factor na necessidade de imigração.

Divisão Leste-Oeste

Segundo o Ifo, o número de nascimentos nos estados orientais da Alemanha está a diminuir ainda mais rapidamente do que no oeste do país.

Em toda a Alemanha, o número de recém-nascidos caiu quase 13% entre 2021 e 2023. Nos estados do leste da Alemanha, no entanto, o declínio chegou a 17,5%.

Isto está em linha com a tendência estatisticamente comprovada de que mais mulheres jovens do que homens jovens estão a mudar-se do Leste para o Oeste da Alemanha em busca de melhores opções de carreira ou por razões privadas.

E, no entanto, a queda no número total de recém-nascidos não é nenhuma surpresa. Afinal, o número de mulheres idade fértil também está caindo em todo o país.

No entanto, este aspecto não é suficiente para justificar a gravidade da tendência. As estatísticas destacam que a queda no número de recém-nascidos também se deve a uma menor taxa de natalidade por mulher.

Crianças e educadores vistos pela porta de uma creche
O número de recém-nascidos influencia não só os cuidados infantis e a disponibilidade escolar mais tarde, mas também a força de trabalho e a migraçãoImagem: Frank Hoermann/SVEN SIMON/aliança de imagens

“O comportamento reprodutivo, que é expresso pela taxa de natalidade, tem mudou enormemente nos últimos três anos”, disse Joachim Ragnitz, vice-diretor da filial do Ifo Dresden, à DW.

“A crise do coronavírus, a eclosão da guerra na Ucrânia e também a perda de rendimentos devido à elevada inflação levaram obviamente muitas famílias jovens a adiar por enquanto ter filhos”, disse ele.

No entanto, estas razões são conjecturas e não podem ser comprovadas estatisticamente, acrescentou.

Na Alemanha, a decisão ter um filho é, em última análise, um assunto privado.

“Vários factores são importantes nesta decisão, incluindo a ponderação dos custos e benefícios, bem como a questão da própria plano de vida“, disse Ragnitz.

No entanto, o facto de uma criança representar um factor de despesa de cerca de 180.000 euros (194.000 dólares) durante os primeiros 18 anos da sua vida é indiscutível.

Os casais ou famílias continuam, portanto, confrontados com uma decisão a “muito longo prazo”, disse Ragnitz.

Na sua opinião, os políticos são responsáveis ​​por alterar o cálculo subjacente “aumentando os benefícios ou reduzindo os custos”.

Controvérsia em andamento

Na Alemanha, o aumento dos benefícios de cuidados infantis ou a redução de custos para as famílias têm sido objeto de debate há décadas.

Na maioria dos casos, existe um debate contínuo sobre o apoio institucional, por exemplo através de serviços abrangentes de cuidados infantis e de um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, e apoio individual sob a forma de prestações familiares mais elevadas.

Calcula-se que tais benefícios custariam aos contribuintes até 200 mil milhões de euros por ano. De acordo com o Ministério Federal da Família, estes incluem abonos de família e abonos de família isentos de impostos, bem como investimentos na educação.

Um casal de idosos com bastões de caminhada caminha em um parque
Ter um bebé é, em última análise, um assunto privado na Alemanha, no entanto, o apoio e os benefícios fiscais poderiam encorajar os pais a decidirem ter um bebé.Imagem: FrankHoermann/SvenSimon/aliança de imagens

“De qualquer forma, provavelmente será necessária uma transformação social fundamental”, disse Ragnitz. “Hoje em dia há hotéis que anunciam que não permitem crianças. Há basicamente uma imagem de crianças perturbadoras por trás disso”.

Na sua opinião, isto mostra até que ponto a sociedade como um todo deve perguntar-se como aborda as crianças e as famílias e o que está disposta a fazer por elas em termos materiais e imateriais.

Independentemente de os políticos contribuírem para uma mentalidade diferente e para figuras diferentes através de medidas específicas de política familiar ou se a sociedade como um todo se abre a uma mudança fundamental de atitude, isso não reverter a tendência rapidamente, de acordo com Ragnitz.

“Qualquer abordagem só pode desempenhar um papel a longo prazo, não a curto prazo, pois independentemente dos passos que tome, só será capaz de alcançar a mudança a muito longo prazo”, disse ele.

Bebês: como começar bem a vida

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Este artigo foi escrito originalmente em alemão.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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