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a via das privatizações relançada à direita
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Para sair do sobre-endividamento, deverá o Estado vender partes dos seus activos, as suas participações em grupos privados como a Orange ou a Engie, por exemplo? Este é o caminho que várias vozes, da direita e da extrema direita, instam o governo a explorar. Em vez de cortar a despesa pública ou aumentar ainda mais os impostos, o executivo poderia recuperar milhares de milhões, ou mesmo dezenas de milhares de milhões de euros, ao desfazer-se de parte da sua carteira de ações, argumentam. Um caminho que o governo Barnier não quis seguir neste momento. Na terça-feira, 15 de outubro, o Ministro da Economia, Antoine Armand, pelo contrário, mencionou o eventual entrada do Estado no capital de uma nova empresa : Opella, fabricante do Doliprane que a Sanofi quer vender para um fundo americano. Bela discussão em perspectiva por ocasião da votação do orçamento no Parlamento.
Gérald Darmanin lançou o debate durante uma entrevista com Ecos, em 6 de outubro. “É preciso trabalhar sobre a participação do Estado nas empresas”, afirma o antigo ministro do Interior, agora um simples deputado macronista, citando as ações detidas em empresas cotadas como Orange (13,4%), Française des Jeux (21,1%), Stellantis (6%) ou Engie (23,6%). “Seria melhor vender essas participações do que aumentar os impostos corporativos, ele diz. O Estado não tem nada a ver lá. »
O antigo ministro claramente não conseguiu convencer os seus colegas do grupo Ensemble pour la République (EPR). Os deputados macronistas não apresentaram qualquer alteração deste tipo antes da abertura da sessão orçamental na Assembleia. Outro ex-membro do partido Les Républicains, Eric Ciotti, cuidou disso. Agora aliado do Rally Nacional (RN), o deputado pelos Alpes-Marítimos propõe que o Estado ceda “no máximo 1é Janeiro de 2025 » todas as suas ações da Engie e da Renault (15%), “num momento em que a recuperação das nossas contas públicas é fundamental”. Tal como o RN, vários governantes eleitos ciottistas também defendem a privatização da radiodifusão pública. Uma das suas alterações visa, imediatamente, interromper todo o financiamento público de canais de rádio e televisão.
“Menos Estado”
A extrema direita encontra assim um dos seus marcadores políticos clássicos, o do “menos Estado” e da privatização. Após as ondas de nacionalização que se seguiram à Libertação e depois à primeira eleição de François Mitterrand em 1981, o peso do Estado na economia diminuiu. Lançado pelos governos Chirac (1986-1988), Balladur (1993-1995) e Juppé (1995-1997), o movimento de privatização foi continuado por Lionel Jospin (1997-2002). Então o ritmo se acalmou. No total, a participação das empresas públicas no emprego assalariado caiu, passando de 10,5% em 1985 para 2,1% em 2021, segundo o INSEE.
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Ufac recebe equipamentos para Laboratórios de Toxicologia e Farmácia Viva — Universidade Federal do Acre
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2 de dezembro de 2025A Ufac realizou nesta segunda-feira, 1º, na sala ambiente do bloco de Nutrição, a entrega oficial do material destinado ao Laboratório de Toxicologia Analítica e ao Projeto Farmácia Viva, reforçando a infraestrutura científica da instituição e ampliando o suporte às ações de ensino, pesquisa e extensão.
A ação integra o Projeto de Implantação do Laboratório de Toxicologia Analítica, que recebeu a doação de 21 equipamentos permanentes, adquiridos com recursos do Ministério Público do Trabalho da 14ª Região (MPT-14), mediante autorização da Primeira Vara Federal do Acre. A iniciativa reconhece o interesse público e a relevância social das atividades desenvolvidas pela Universidade Federal do Acre, especialmente nas áreas da saúde, inovação científica e desenvolvimento regional.
Os equipamentos recebidos fortalecem duas frentes estratégicas da instituição. No âmbito do Projeto Farmácia Viva, eles ampliam a capacidade de cultivo, processamento e controle de qualidade de plantas medicinais, reforçando também as ações de extensão voltadas à promoção da saúde e ao uso racional de fitoterápicos. Já na área de toxicologia analítica, os novos aparelhos permitem o desenvolvimento e validação de métodos de análise, o processamento de matrizes biológicas e ambientais e o suporte a investigações científicas e forenses.
“Parabenizo os três professores que estão à frente desse projeto: a professora Marta Adelino, Dayan Marques e Anne Grace. Isso moderniza nossa universidade e representa um salto qualitativo na formação de profissionais”, afirma a reitora Guida Aquino.
O professor Dayan de Araújo Marques, docente do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto (CCSD) e farmacêutico industrial, realizou a apresentação das fases do projeto. Ele destacou que a parceria com o MPT-14 representa a consolidação de um espaço científico. “Essa consolidação é capaz de oferecer respostas mais rápidas e precisas às demandas de saúde e meio ambiente no Acre, reduzindo a dependência de laboratórios externos e ampliando o impacto social das pesquisas desenvolvidas na universidade”.
Com a entrega desse conjunto tecnológico, a instituição eleva seu potencial de atuação laboratorial e reafirma o compromisso com a produção de conhecimento e o atendimento às demandas da sociedade acreana.
Também compuseram o dispositivo de honra o Pró Reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; a coordenadora do projeto do laboratório de toxicologia analítica, Marta Adelino da Silva Faria; a procuradora do Trabalho, representando o ministério público, Ana Paula Pinheiro de Carvalho.
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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre
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29 de novembro de 2025As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.
A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”
A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”
Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”
A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.
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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre
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27 de novembro de 2025Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.
Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.
O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.
“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.
Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.
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