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a vida acelerada de Lucie Retail, poliamputada

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euucie Retail está dançando novamente. Sem mãos nem pés, sem complexos também. Uma vez por mês, esta mãe solteira de três filhos sai de sua casa em Blain (Loire-Atlantique) com suas próteses e entra em seu carro automático em direção a Vertou, a uma hora de carro, onde uma chamada “professora de dança” a espera. . intuitivo”. Um vídeo publicado em sua conta do Instagram mostra-a no meio de um piso de parquet, balançando graciosamente seus quatro membros incompletos ao som de um romance em inglês. Lucie Retail praticou “antes” de dançar. Nada pode privá-lo disso hoje. Nem as leis do equilíbrio nem o veneno do olhar do outro.

Poliamputada, esta ex-vendedora de 43 anos ficou assim por causa de um mosquito, durante uma viagem a África no início de 2023. A malária grave levou então à necrose das suas extremidades. Ao médico que lhe falou da insuportável obrigação de lhe cortar as mãos e os pés, ela respondeu, não sem humor: “Isso não fazia parte do programa. »

seguido “três meses de desespero” cujo clímax foi a partida de seu companheiro – o que, no final das contas, não se revelou “não foi uma grande perda: ele foi violento e infiel”ela afirma. Depois veio a aceitação e a decisão de frustrar “a ideia recebida de que uma pessoa com deficiência é necessariamente pobre e deprimida”. Quantas vezes, após a operação, lhe disseram, sem sensibilidade, que seu ” lugar, (sobre) teria preferido morrer” ? Não imaginando por um segundo “passe os dias tomando sorvete debaixo do edredom enquanto assiste Netflix”Lucie Retail escolheu viver. A cem milhas por hora.

“Graça em horror”

A privação das funções de preensão e locomoção não a impediu, em setembro, de escalar o pico Taillon (3.144 metros), nos Pirenéus, por iniciativa de uma associação de amputados. Nem participar de desfile de moda organizado por uma marca de lâminas esportivas. Nos Jogos Paralímpicos Paris 2024, seu depoimento irradiou a cerimônia de abertura: “Eu tenho um corpo que sobreviveuouvimos ela dizer nas telas gigantes do Stade de France. Já não corresponde aos códigos da feminilidade. Mas ele está mais forte e mais bonito do que nunca. » Convidada pela UNESCO para uma conferência internacional sobre a inclusão de pessoas com deficiência, ela conseguiu insistir na ideia de que o famoso “olhar do outro” representa menos problema do que “a visão que as pessoas com deficiência têm de si mesmas”.

A sua reflete a imagem invertida de sua vida anterior. A crise da meia-idade apoderou-se desta gestora de exportações de uma empresa de Nantes que produz produtos de desinfecção e higiene: divórcio do pai dos filhos, rescisão convencional com o empregador… A sua quádrupla amputação funcionou então como uma revelação: “A percepção de que passei a vida tentando controlá-lo, me debatendo em todas as direções, buscando desempenho, tentando me tornar uma boa pessoa”ela abre.

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




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