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Abercrombie: Como ex-CEO usou poder para traficar homens – 23/10/2024 – Mercado

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Rianna Croxford

O ex-CEO da marca de roupas Abercrombie & Fitch (A&F) e seu parceiro britânico foram presos e estão enfrentando acusações de tráfico de pessoas para exploração sexual.

Mike Jeffries, seu parceiro Matthew Smith e o suposto “agente intermediário” —James Jacobson— do casal foram presos nos EUA na manhã de terça-feira (22).

Os promotores federais disseram que eles usaram força, fraude e coerção para se envolver em atos sexuais “violentos”.

Jeffries e seu parceiro já haviam negado em outras ocasiões qualquer irregularidade.

Um advogado de Smith foi contatado, mas ainda não respondeu.

A Abercrombie & Fitch não comentou sobre os mais recentes desdobramentos do caso.

Respondendo às últimas notícias, o advogado de Jeffries disse à BBC que a defesa responderá “em detalhes às alegações depois que a acusação for revelada, e quando apropriado”, mas que planejam fazê-lo “no tribunal —não na mídia.”

Depois de comparecer ao tribunal, Jeffries foi solto, após pagar uma fiança de US$ 10 milhões (mais de R$ 56 milhões). Jacobson foi solto após fiança de US$ 500 mil (R$ 2,8 milhões). Eles deverão comparecer ao tribunal novamente na sexta-feira. Smith ficou preso.

O FBI abriu uma investigação no ano passado depois que a BBC revelou acusações de que Mike Jeffries e seu parceiro exploraram e abusaram sexualmente de homens em eventos que eles organizaram em suas residências e em hotéis em Nova York e ao redor do mundo.

Uma investigação da BBC descobriu que havia uma operação sofisticada envolvendo um agente intermediário e uma rede de recrutadores encarregados de recrutar homens para os eventos.

Após a reportagem da BBC, uma ação civil foi movida em Nova York acusando Jeffries e Smith de tráfico de pessoas, estupro e agressão sexual.

Na terça-feira, um promotor de Nova York acusou Jeffries de usar sua fortuna, poder e status de CEO para “fazer tráfico de homem para seu próprio prazer” e para o prazer de seu parceiro, Smith.

O promotor Breon Peace disse que o casal empregou Jacobson para recrutar e conduzir testes com homens de diversas partes do mundo, pagando-os por atos sexuais.

Depois que Jeffries aprovava os homens, eles eram levados à sua residência em Nova York, onde eram pressionados a consumir álcool, Viagra e relaxantes musculares, diz Peace.

Os promotores também acusam Jeffries e Smith de terem instruído outras pessoas ou de eles mesmo terem “injetado nos homens substâncias que provocam ereção” quando eles estavam incapazes ou não queriam participar de atividades sexuais.

Os promotores disseram que o ex-CEO “gastou milhões de dólares em uma infraestrutura gigantesca para apoiar a operação e manter tudo em segredo”. Isso incluía viagens internacionais, hotéis, equipes próprias e segurança nos eventos.

A ação também acusou a Abercrombie & Fitch de ter financiado a operação de tráfico sexual liderada por seu ex-CEO ao longo das duas décadas em que ele esteve no comando.

Segundo a lei dos EUA, o tráfico sexual inclui fazer com que um adulto viaje para outro Estado ou país para fazer sexo por dinheiro usando força, fraude ou coerção.

O advogado de algumas das vítimas, Brad Edwards, disse que as prisões desta semana foram um “primeiro passo”.

“Essas prisões são um grande primeiro passo para obter justiça para as muitas vítimas que foram exploradas e abusadas por meio desse esquema de tráfico sexual que operou por muitos anos sob a cobertura legítima fornecida pela Abercrombie”, afirmou Edwards.

“A reportagem sem precedentes da BBC, juntamente com o processo com que entramos detalhando a operação, são os responsáveis por essas prisões monumentais. Este foi o resultado de um jornalismo investigativo impressionante.”

PROMESSAS DE CARREIRA DE MODELO

Em sua investigação, a BBC falou com 12 homens que descreveram ter participado ou organizado eventos envolvendo atos sexuais realizados para Jeffries, de 79 anos, e seu parceiro britânico, Smith, de 60 anos, entre 2009 e 2015.

Os oito homens que compareceram aos eventos disseram que foram recrutados por um intermediário que a BBC identificou como James Jacobson.

Jacobson, de 70 anos, disse anteriormente à BBC em uma declaração por meio de seu advogado que se ofendeu com a sugestão de que havia “qualquer comportamento coercitivo, enganoso ou forçado” por parte dele e que ele não tinha “conhecimento de tal conduta por outros”.

A BBC também entrevistou dezenas de outras fontes, incluindo ex-funcionários domésticos do casal.

Alguns dos homens com quem a BBC falou disseram que foram enganados sobre a natureza dos eventos ou não foram informados de que sexo estava envolvido.

Outros disseram que entenderam que os eventos seriam sexuais, mas não exatamente o que era esperado deles. Todos foram pagos.

Vários disseram à BBC que o intermediário ou outros recrutadores levantaram a possibilidade de oportunidades de atuar como modelo para a A&F.

David Bradberry, então com 23 anos e aspirante a modelo, disse que “foi deixado claro” para ele que sem fazer sexo oral em Jacobson, ele não conheceria o CEO da A&F, Jeffries.

“Foi como se ele estivesse vendendo fama. E o preço era conformidade”, disse Bradberry à BBC.

Bradberry disse que mais tarde compareceu a uma festa na mansão de Jeffries nos Hamptons, em Long Island, onde conheceu Jeffries e fez sexo com ele.

Ele disse que a localização “isolada” e a presença da equipe pessoal de Jeffries, vestida com uniformes da A&F, supervisionando eventos, significava que ele “não se sentia seguro para dizer ‘não’ ou ‘não me sinto confortável com isso'”.

Depois que a investigação inicial da BBC foi publicada no ano passado, a A&F anunciou que estava abrindo uma investigação independente sobre as alegações levantadas.

Quando questionada recentemente quando este relatório seria concluído —e se as descobertas seriam tornadas públicas— a empresa se recusou a responder.

Assim como Jeffries e Smith, a marca vem tentando fazer com que o processo civil contra ela seja rejeitado, argumentando que não tinha conhecimento do “suposto empreendimento de tráfico sexual” liderado por seu ex-CEO que a empresa foi acusada de ter financiado.

No início deste ano, um tribunal dos EUA decidiu que a A&F deve cobrir o custo da defesa legal de Mike Jeffries enquanto ele continua a lutar contra o processo civil por tráfico sexual e estupro.

O juiz decidiu que as alegações estavam vinculadas à sua função corporativa depois que ele processou a marca por se recusar a pagar seus honorários advocatícios.

A marca disse que não comentaria questões legais.

No entanto, em sua defesa apresentada ao tribunal, a A&F disse que sua atual equipe de liderança “não tinha conhecimento” das alegações até que a BBC a contatou, acrescentando que a empresa “abomina o abuso sexual e condena a suposta conduta” de Jeffries e outros.

Em 2014, Jeffries deixou o cargo de CEO após queda nas vendas e saiu com um pacote de aposentadoria avaliado em cerca de US$ 25 milhões (R$ 142 milhões), conforme os registros da empresa na época. Ele chegou a ser um dos CEOs mais bem pagos dos Estados Unidos.

Jeffries também enfrentou acusações de discriminação contra funcionários, preocupações sobre suas despesas extravagantes e reclamações sobre a influência não oficial de seu parceiro, Matthew Smith, dentro da A&F.

Texto originalmente publicado aqui



Leia Mais: Folha

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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.

O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.

Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”

O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”

A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”

A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”

O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.

Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.



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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

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A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.

A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.



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