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Ação do PT no TSE sobre ‘fake news bolsonarista’ patina – 17/01/2025 – Poder

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Renata Galf

A ação apresentada pela coligação do atual presidente e então candidato Lula (PT) no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra suposto “ecossistema de desinformação bolsonarista” completou mais de dois anos sem ter concluído nem sequer a fase de citação dos investigados, quando eles são oficialmente informados do processo e é aberto prazo para apresentação da defesa.

As pendências para encerrar essa fase inicial abrangem a identificação de quem é o responsável por um perfil no X (ex-Twitter) e a intimação de três alvos, não localizados até então. Uma das dificuldades é que há dezenas de alvos na ação —o PT chegou até mesmo a desistir de parte dos perfis anônimos no decorrer do caminho, mas ainda assim manteve quase 50 alvos.

Com diferentes argumentos, as defesas contestam as acusações. Várias delas apontam que as condutas de cada investigado não foram individualizadas e que as acusações são genéricas.

A ação mira, além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu então vice de chapa, Walter Braga Netto, e três de seus filhos: o vereador Carlos (PL-RJ), o deputado federal Eduardo (PL-SP) e o senador Flávio (PL-RJ).

A defesa de Bolsonaro e Braga Netto argumenta que a ação não traz elementos mínimos de provas e que ela nem sequer descreve como os diferentes investigados teriam se integrado ao suposto grupo criminoso para formação de uma suposta rede articulada.

Entre os políticos, estão nomes como o do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que agora está no centro de embate entre a oposição e o governo Lula, sob entendimento de que, com seu vídeo sobre as mudanças no Pix, ele teria impulsionado uma onda de fake news sobre o assunto.

“Diversos representados são citados em um único evento de forma cabalmente esparsada, não sendo possível sequer alçar a motivação de estarem listados [na ação]”, afirmou sua defesa no processo.

São alvos ainda os deputados federais Alexandre Ramagem (PL-RJ), Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO), Carla Zambelli (PL-SP), Caroline de Toni (PL-SC), Ricardo Salles (Novo-SP) e Mario Frias (PL-RJ).

A tese dos autores é de que haveria um “ecossistema de desinformação bolsonarista” atuando para “usurpar temas do debate público”, com conteúdos contra a candidatura do petista e em favor da candidatura de Bolsonaro, passando por temas como criminalidade, pauta de costumes, religião e contra a integridade do sistema eleitoral.

A coligação de Lula pediu que fossem aplicadas as penas previstas na lei para esse tipo de ação, o que inclui a pena de inelegibilidade e a cassação de mandato, aos investigados de modo geral.

Conforme a jurisprudência sobre competência, entretanto, com exceção da chapa presidencial [Bolsonaro e Braga Netto], que, caso tivesse sido eleita, estaria sujeita à cassação, os demais alvos estariam sujeitos apenas à pena de inelegibilidade. Isso porque, em tese, deputados e senadores só poderiam ser cassados em ações protocoladas nos tribunais regionais eleitorais.

Zambelli, Nikolas e Gayer também foram alvo de ações nos tribunais regionais relacionadas à desinformação apresentadas por candidatos do PSOL.

Em 2023, o processo de Zambellli no TRE-SP chegou a ser remetido para tramitar no TSE, após pedido da defesa da deputada alegando conexão entre os casos. Na sequência, porém, a corte superior remeteu o processo de volta à corte paulista, sob argumento da competência.

No mês passado, o TRE-SP formou maioria para cassar a deputada e, após pedido de vista, o julgamento foi suspenso.

Já a ação contra Gayer teve decisão unânime do TRE-GO contra a condenação em abril passado, mas houve apresentação de recurso ao TSE.

Nikolas, por sua vez, é alvo de duas ações tramitando em conjunto no TRE-MG. Além da apresentada pelo PSOL, a outra é da federação formada por PT, PC do B e PV, e que se arrasta à espera do do compartilhamento de provas.

Sempre a cargo de quem ocupa a cadeira de corregedor eleitoral, a ação no TSE já está em sua terceira relatoria, tendo sido redistribuída para Raul Araújo no fim de 2023 e, em outubro passado, para a ministra Isabel Gallotti.

Inicialmente, a ação no TSE contra o “ecossistema de desinformação” mirava quase 80 alvos, mas a coligação do PT desistiu de uma só vez de mais de 20 perfis no início da tramitação, depois de ter sido notificada pelo então relator, Benedito Gonçalves, para que tomasse as medidas que entendesse pertinentes para que todos os alvos fossem identificados.

Decidiu manter, no entanto, perfis que considerava de “expressiva relevância” para as práticas relatadas na ação, dos quais um segue sem identificação.

Segundo manifestação do PT de dezembro passado, as informações cadastrais fornecida pela Tim (com base em dados enviados pelo X) eram do titular daquele número de telefone desde janeiro de 2023 —data posterior às postagens indicadas na ação. E, por isso, pediu que fosse enviado novo ofício à rede social.

A coligação ainda solicitava que outros dois investigados fossem intimados em novos endereços e que fosse feita citação do comentarista Rodrigo Constantino por um email.

Integram ainda a lista de investigados influenciadores, donos de canais no YouTube e de sites. Foi nessa ação que o TSE deu decisão liminar (urgente) censurando que um documentário da produtora Brasil Paralelo fosse lançado antes da eleição e suspendendo temporariamente a monetização de três canais no YouTube.

A coligação de Lula ingressou ainda com um processo no TSE focado nos ataques ao sistema eleitoral e com rol de investigados mais restrito. Junto a Bolsonaro, constam como alvos seus filhos Eduardo e Flávio, além de Kicis, Zambelli, Nikolas, Gayer, o senador Magno Malta e Braga Netto.

Nessa ação, seguia pendente ainda a inclusão de provas cujo compartilhamento já tinha sido deferido em 2023.

Em nota à Folha em 19 de dezembro, a assessoria da Corregedoria da Justiça Eleitoral informou que foram enviados ofícios ao Senado e ao STF em junho de 2024 solicitando, respectivamente, cópias de depoimentos à CPI do 8 de janeiro e do inquérito das milícias digitais, mas que, até aquela data, não havia tido resposta.



Leia Mais: Folha

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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