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Acre participa de painel sobre iniciativas pioneiras em REDD+ Jurisdicional na COP16, na Colômbia

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Ângela Rodrigues

Gestores do governo do Acre, de Mato Grosso, Colômbia e Equador participam do intercâmbio de experiências com iniciativas em Redução do Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) Jurisdicional do Programa Global REM, na 16ª Conferência das Partes (COP16) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em Cali, Colômbia, entre os dias 21 de outubro e 1º de novembro.

No estande REM Visión Amazonía, os financiadores do programa pioneiro em REDD+ Jurisdicional expuseram suas iniciativas ao redor do mundo no painel sobre participação comunitária, economia florestal e governança ambiental.

Gestores do Acre participam de painel sobre iniciativas pioneiras em REDD+ Jurisdicional na COP16, na Colômbia. Foto: João Raphael Gomes/Sema

Ao longo do painel, o Acre assumiu lugar de destaque pelo pioneirismo na implementação do primeiro REM, em execução desde 2012. A presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Jaksilande Araújo, abriu o debate ao apresentar a política pública ambiental do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa), que, por meio do Programa ISA Carbono, possibilitou a cooperação financeira com o Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW), idealizador e principal financiador do REM.

Após apresentar o arranjo institucional e o sistema de governança do Sisa, a gestora do IMC apresentou o potencial do Sisa com o Programa ISA Sociobiodiversidade, mais uma iniciativa do governo do Acre para captação de recursos para apoiar a conservação e valoração dos serviços associados à sociobiodiversidade.

Representantes do governo do Acre, Mato Grosso, Colômbia e Equador participaram do intercâmbio de experiências em iniciativas de REDD+ Jurisdicional do Programa Global REM. Foto: João Raphael Gomes/Sema

Jaksilande Araújo explicou que o Programa ISA Sociobiodiversidade, além de contribuir para conservação ambiental, também foi criado como uma alternativa para impulsionar a sustentabilidade econômica e a qualidade de vida daqueles que conservam a floresta e sua biodiversidade, a exemplo dos ribeirinhos, agricultores familiares, extrativistas e povos indígenas.

Em seguida, a coordenadora-geral do Programa REM Acre, Marta Azevedo, apresentou um panorama dos investimentos e dos projetos em execução e como essas ações geram impactos positivos na conservação das florestas e melhoria de vida de milhares de produtores rurais, ribeirinhos, extrativistas e indígenas.

Presidente do IMC, Jaksilande Araújo apresentou mais um programa do Sisa, o ISA Sociobiodiversidade, uma iniciativa voltada para conservação e valoração dos serviços ambientais. Foto: João Raphael Gomes/Sema

Na oportunidade, a secretária de Povos Indígenas, Francisca Arara, falou dos avanços no fortalecimento da governança do Sisa e dos projetos desenvolvidos nos territórios indígenas que contam com recursos do Programa REM Acre Fase II.

Francisca Arara destacou os importantes investimentos do Programa REM Acre no apoio e fortalecimento das políticas de gestão dos territórios indígenas, pagamento de bolsa e formação continuada aos agentes agroflorestais indígenas e formação intercultural indígena e a implementação dos Planos de Gestão de Terras Indígenas (PGTIs), tão importantes para a preservação e manutenção da floresta, entre outras ações apoiadas pelo REM, que são executadas pela Secretária de Povos Indígenas.

Coordenadora-geral do Programa REM Acre, Marta Azevedo, apresentou um panorama dos investimentos dos projetos em execução pelo governo. Foto: João Raphael Gomes/Sema

“No Acre temos o importante apoio financeiro do REM, fundamental para o etnoturismo e economia em nossas aldeias. Na preservação da floresta, esses recursos possibilitam a capacitação dos agentes agroflorestais, que são aliados da redução de desmatamento em terras indígenas. São eles que vêm realizando um trabalho essencial nos 2,4 milhões de hectares de floresta em pé. A taxa de desmatamento dessa área é menos de 1% e uma concentração de 90% da reserva de carbono do estado”, destacou a gestora indígena.

Para encerrar a participação do painel, a consultora do Programa REM Acre, Elsa Mendonza, apresentou dados importantes relacionados ao desmatamento em áreas apoiadas pelo Programa REM. Ao longo de sua apresentação, a especialista apontou dados do monitoramento que comprovam uma contribuição significativa na redução do desmatamento, o que reforça o principal objetivo do programa, que é promover ações que levem melhoria de vida às populações tradicionais, ribeirinhas e indígenas que assumem compromisso de não desmatar. A especialista apontou ainda um panorama das ações no enfrentamento ao desmatamento e queimadas ilegais também apoiadas pelo Programa Global REM.

Secretária dos Povos Indígenas, Francisca Arara falou da importância dos investimentos do Programa REM Acre no apoio e fortalecimento das políticas  públicas destinadas aos povos indígenas. Foto: João Raphael Gomes/Sema

Também participaram do evento o diretor de Captação e Monitoramento de Recursos (Dircam) da Secretaria de Planejamento (Seplan), Alexandre Tostes; a chefe do Departamento de Biodiversidade, Marilene Brazil, a chefe da Divisão de Bioeconomia, Luciana Rola; e o coordenador de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), João Raphael Gomes; e a consultora internacional para o Programa REM Acre Fase II, Elsa Mendoza.

Consultora do Programa REM Acre, Elsa Mendonza apresentou dados que comprovam contribuição significativa na redução do desmatamento em áreas apoiadas pelo Programa REM. Foto: João Raphael Gomes/Sema

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A COP é a instância máxima de decisão da CDB, um tratado que foi assinado em 1992 para discutir os temas relacionados com a natureza. Este ano, o encontro traz o slogan Paz com a Natureza, um convite à reflexão sobre a necessidade de uma relação mais harmoniosa com o meio ambiente e de um modelo econômico que respeite os limites naturais, evitando a exploração excessiva e a poluição.

Criado pela Lei Estadual nº 2.308/2010, o Sisa é uma política pública ambiental adotada pelo Estado do Acre, que reúne estratégias e instrumentos que beneficiam quem produz com sustentabilidade e conserva o meio ambiente. Foi a política do Sisa que possibilitou a cooperação entre o Acre e a Alemanha para implementação do REM (na tradução: REDD+ para pioneiros). A iniciativa reúne uma série de projetos voltados para a conservação das florestas e a melhoria de vida de milhares de produtores rurais, ribeirinhos, extrativistas e indígenas no Acre, Mato Grosso, Equador e Colômbia.

A COP 16, na Colômbia, teve como slogan Paz com a Natureza, um convite à reflexão sobre necessidade de uma relação mais harmoniosa com meio ambiente. Foto: João Raphael Gomes/Sema

O REM é uma iniciativa da Alemanha, por meio do Ministério Federal de Cooperação e Desenvolvimento Econômico da Alemanha (BMZ) e do Banco KfW. Na segunda fase, conta também com apoio financeiro do Reino Unido, por meio do Departamento de Segurança Energética e Net Zero (DESNZ).

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Ufac realiza curso de sobrevivência em campo e áreas de desastres — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza curso de sobrevivência em campo e áreas de desastres (1).jpg

A Ufac promoveu o curso de extensão Raciocínio Quantitativo e Técnicas de Segurança em Campo e em Desastres, coordenado pelo professor Rodrigo Serrano, tendo como instrutor o professor Foster Brown. As atividades ocorreram de 26 a 30 de maio, no Viveiro da Ufac, campus-sede, reunindo estudantes dos cursos de graduação em Ciências Biológicas e Engenharia Florestal, além de alunos de pós-graduação dos programas Bionorte, Geografia e Ciências Florestais.

Os participantes iniciaram com exercícios básicos de calibração do passo e da extensão do braço, habilidades usadas para estimativas de distâncias e áreas em ambientes onde o uso de instrumentos pode ser limitado. Esses conhecimentos foram aplicados em atividades práticas, como a estimativa de quanto tempo a água de um açude poderia suprir as necessidades de mil pessoas durante uma seca.

Os alunos também fizeram exercícios físicos e psicológicos de resistência, testando seus limites em caminhadas longas e na prática de natação de sobrevivência, o que serve para atuação em áreas remotas ou afetadas por desastres. Membros do Corpo de Bombeiros Militar do Acre administraram aulas de reanimação cardiopulmonar e forneceram segurança durante a prova de natação de sobrevivência.

Além disso, representantes das Defesas Civis Estadual e Municipal compartilharam experiências sobre como treinamentos acadêmicos como esse contribuem para o aprimoramento das ações de resposta e preparação para desastres na região amazônica.

Segundo os organizadores, a iniciativa demonstra o compromisso da Ufac em formar profissionais com competências interdisciplinares, cada vez mais necessárias diante das mudanças climáticas e dos riscos ambientais.



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Ufac inaugura laboratório voltado à biodiversidade e bioeconomia — Universidade Federal do Acre

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O programa de pós-graduação em Produção Vegetal, da Ufac, inaugurou o Laboratório de Estudos Integrados em Biodiversidade e Economia da Amazônia (Leibe), no Bloco dos Doutorados. O espaço é voltado à promoção da ciência, inovação e saberes tradicionais em benefício da Amazônia e seus povos. A cerimônia de inauguração ocorreu na quarta-feira, 28.

A implantação do Leibe foi viabilizada com apoio de emenda parlamentar, no valor de R$ 100 mil, do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), o que permitiu a estruturação inicial do local e a aquisição de equipamentos modernos e adequados às necessidades de pesquisas em diversas áreas da biotecnologia, com destaque para bioprospecção de produtos naturais, microbiologia, biologia molecular e bioinformática.

O laboratório nasce com a missão de transformar conhecimento científico em soluções práticas e sustentáveis para o desenvolvimento regional. “A floresta é fonte de vida, saber e inovação”, disse a reitora Guida Aquino. “Com ciência e responsabilidade, transformamos biodiversidade em desenvolvimento. Este laboratório é um passo firme nesse caminho.”

Além disso, o Leibe foi idealizado com o propósito de respeitar os saberes dos povos originários e das comunidades tradicionais. “Queremos identificar espécies amazônicas com potencial ainda pouco explorado e transformá-las em oportunidades para a bioeconomia local”, explicou a professora Almecina Balbino.

Para a professora Marilene Santos, o Leibe representa um compromisso com a preservação da floresta. “Com a valorização dos conhecimentos ancestrais e com a construção de um futuro mais justo, sustentável e conectado com a nossa identidade amazônica”, destacou.

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Ufac entrega 20 cadeiras de rodas para atletas paralímpicos — Universidade Federal do Acre

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Ufac entrega 20 cadeiras de rodas para atletas paralímpicos — Universidade Federal do Acre

 A Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), realizou neste sábado, 24, na quadra do Ginásio da Escola SESI, a entrega oficial de 20 cadeiras de rodas — específicas para a prática do basquete — a atletas e estudantes-atletas paralímpicos vinculados ao Projeto Basquete Cadeirante da instituição.

Os equipamentos foram adquiridos com recursos de uma emenda parlamentar no valor de R$ 300 mil, destinada pelo senador da República Sérgio Petecão (PSD-AC), que esteve presente na solenidade. O valor foi dividido entre a reforma da quadra esportiva da Ufac e a compra das cadeiras, que serão utilizadas mediante Termo de Cessão de Uso.

A reitora da Ufac, Guida Aquino, reforçou o compromisso institucional com a inclusão e a valorização da diversidade. Para ela, a entrega das cadeiras representa mais do que uma ação pontual. “A universidade tem o dever de garantir espaço, dignidade e oportunidade a todos”, afirmou.

O senador Sérgio Petecão destacou que ações como essa justificam sua atuação parlamentar, ressaltando o impacto social da iniciativa. Ele se disse comovido com a personalização dos equipamentos e os relatos dos atletas. “Ver a felicidade de vocês é algo que não tem preço”, declarou.

A estudante-atleta Ana Clara Alves de Lima compartilhou sua trajetória de superação — desde o acidente que lhe causou limitações físicas até o reencontro com a autoestima e a liberdade por meio do esporte. “Achei que minha vida tinha parado, mas o basquete mostrou que eu estava apenas começando”, afirmou.

O presidente da Federação Acreana de Basquete Cadeirante (Feabc), Frank Thieny Brito de Lima, ressaltou as dificuldades enfrentadas por atletas com deficiência e o significado histórico da ação. “Estamos entregando dignidade e oportunidade de vida”, resumiu.

Após os pronunciamentos, os atletas participaram de um amistoso simbólico na quadra, marcando a estreia das novas cadeiras em jogo.

Lançado em 2021, o Projeto Basquete Cadeirante integra o Programa de Esporte Paralímpico da Ufac, executado pela Proex com apoio da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape). A iniciativa já levou a Ufac ao primeiro lugar nas Paralimpíadas Universitárias e tem promovido inclusão por meio do esporte em escolas e comunidades.

Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Extensão e Cultura da Ufac, Carlos Paula de Moraes; o coordenador do Centro de Referência Paralímpico da Ufac, Jader de Andrade Bezerra; o coordenador do Projeto Basquete Cadeirante, Jefferson Feitosa de Almeida; e a presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufac, Ingrid Maia.

 



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