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Acre tem cerca de 11 mil crianças que devem ser vacinadas contra o sarampo, aponta Saúde

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Acre não registra casos da doença há 18 anos e faz reciclagem de profissionais para evitar surto no estado. Gerente afirma que movimento antivacina é uma das principais dificuldades enfrentadas.
Na foto de capa: Acre tem cerca de 11 mil crianças a serem vacinadas contra o sarampo, aponta Saúde (Foto: Cristine Rochol/PMPA).
Com um caso suspeito de sarampo em análise, o Acre tem cerca de 11 mil crianças que ainda não foram vacinadas contra a doença devido à baixa cobertura vacinal registrada nos últimos três anos. A informação foi confirmada, nesta quarta-feira (11), pela gerente de Vigilância Epidemiológica, Eliane Costa.
Ela destaca, no entanto, que ainda não há nenhum caso confirmado da doença e que tudo indica que seja um caso de dengue devido aos sintomas parecidos.
“As suspeitas acontecem, pois é uma doença que confunde muito com outras. Os sintomas são febre, coriza, manchas avermelhadas do pescoço ao rosto. Quando a gente faz uma coleta sorológica, é feita uma bateria de exames diferenciais. A coleta é feita para o sarampo, mas, se der negativo, nós vamos pesquisar qual é a doença e pode ser dengue, zika, chinkungunya e uma rubéola”, explica.
Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos da doença: em Roraima, com 200 casos e no Amazonas, com 143. E há casos confirmados em outros três estados: São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia com três confirmações.
A baixa cobertura vacinal é um dos principais obstáculos enfrentados pela saúde. Em 2015, a cobertura vacinal no Acre contra o sarampo foi 84%, em 2016, foi de 75% e em 2017 ficou em 74%. Da série histórica analisada pelo setor de Vigilância, o Acre atingiu a meta de 95%, estabelecida pelo Ministério da Saúde, somente no ano de 2014.
“Quando a gente olha a nossa cobertura vacinal, que é a única maneira de se prevenir, de imunizar, observamos que nos últimos quatro anos o estado do Acre não vem alcançando a cobertura adequada. Traduzindo isso em números hoje, nós temos uma população infantil em que a vacinação adequada, a partir de 1 ano de idade até os 4 anos, está reprimida. Então, a gente tem cerca de 11 mil crianças a serem vacinadas”, destaca.
Acre não registra sarampo há 18 anos
A gerente afirma que desde o ano 2000 o Acre não registra casos de sarampo. Ao todo, foram três casos, um em Acrelândia, um em Mâncio Lima, um em Plácido de Castro e seis em Rio Branco, totalizando 11 confirmações.
“A partir desse ano, não houve novos registros. Porém, com a baixa cobertura vacinal e casos positivos em outros estados da região Norte, a reintrodução do vírus se torna um risco alto”, acrescentou.
Diante desse cenário, a vigilância iniciou uma recapacitação e reciclagem na rede de saúde. O objetivo é ter uma assistência mais ativa e atenta.
“Aos primeiros sinais dos sintomas suspeitos, é preciso fazer a coleta para a confirmação ou descarte. As suspeitas nesse momento são mais evidentes, justamente por conta de uma vigilância ativa”, afirma.
Dificuldades
Eliane explica que a maior dificuldade encontrada pela saúde é um movimento antivacina que se fortaleceu nas redes sociais. Além disso, ela destaca que a geração atual não vivenciou grandes surtos da doença e acabou se acomodando.
“A vacinação é gratuita, efetiva e eficaz, mas existe um movimento antivacina e, me parece, que isso vem mudando o comportamento, a aceitação da vacina. Mas, precisamos fortalecer a vacina, pois se a gente baixa a guarda essas doenças retornam, são vírus vivos que ficam circulando prontos a nos atacar”, destaca.
A gerente lembra que uma nova campanha de vacinação ocorre de 6 a 31 de agosto e pede que pais e responsáveis procurem as unidades de saúde para atualizar as carteiras de vacinação.
Porém, acrescenta que, independente do período de campanha, a população pode procurar os postos de saúde para se imunizar com a vacina tríplice viral, que é aplicada com 12 meses de idade e um reforço aos 15 meses. Além disso, adultos que por algum motivo não tomaram a vacina no tempo correto também podem procurar os postos.
“A vacina está disponível até os 49 anos. Muitas vezes, as pessoas não veem a carteira de vacinação como um documento que deve ser guardado ao longo da vida. Às vezes, a gente esquece, mas tentem resgatar, para ter a certeza ou não da vacina. Na dúvida, ou sem comprovação vacinal, a imunização também vai ser fornecidoa à população adulta”, finaliza. G1Ac.
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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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7 horas atrásem
25 de agosto de 2025
A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.
“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.
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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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5 dias atrásem
20 de agosto de 2025
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.
O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.
Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”
O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”
A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”
A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”
O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.
Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.
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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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6 dias atrásem
19 de agosto de 2025
A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.
A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.
Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.
O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.
A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.
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