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Alerta: Vale do Juruá registra aumento de quase 40% no número casos de AIDS, diz Saúde

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Em 2017, foram contabilizados 41 casos e até a metade de julho desse ano já foram registrados 57, segundo o setor de DST/AIDS e Hepatites Virais de Cruzeiro do Sul.
O número de casos de Aids no Vale do Juruá aumentou quase 40%. Em 2017, eram contabilizados 41 casos e até a metade de julho desse ano já foram registrados 57. Dos 16 novos casos, alguns foram diagnosticados em Cruzeiro do Sul, outros nos demais municípios do Vale do Juruá.
Dos 57 casos, 30 são em homens, 27 em mulheres, além de quatro casos de HIV em crianças. Existe ainda uma suspeita de Aids em uma grávida. A gestante está sendo orientada durante o pré-natal e a criança, de acordo com a Saúde do município, vai ficar sendo monitorada por dois anos para garantir que ela tenha a doença, caso seja confirmado que a mãe tem.
A coordenadora municipal de DST/AIDS e Hepatites Virais da cidade, Sandra Abensur, diz que os números assustam.
“Em 2017, tínhamos 41 casos, agora já são 57 que são acompanhados pela Unidade Dispensadora de Medicamentos [UDM], com um farmacêutico que se dedica exclusivamente a estes pacientes. Antes, os pacientes tinham que ir a Rio Branco adquirir medicamentos. Hoje, todas as unidades de saúde são preparadas para oferecer o teste rápido das DST/Aids”, afirma a coordenadora.
Sandra revela ainda que entre os casos quatro são em crianças. Ela diz ainda que os pacientes que fazem tratamento são monitorados e acompanhados para não abandonar o tratamento.
“Existem quatro crianças com o vírus HIV, isso só ocorreu porque as mães não fizeram o tratamento durante a gravidez. Se a grávida faz o tratamento, a criança não pega o vírus. Receberam [mães] a medicação, foram para ramais e não foram localizadas. As crianças não têm a doença, só o vírus”, complementa.
Pacientes de todo o Vale do Juruá são acompanhados em Cruzeiro do Sul (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)
A coordenadora diz que todos devem ser prevenir com as DST/Aids. Segundo os dados da Saúde, 64% dos casos são em casais que fazem tratamento juntos. “Antigamente, tinham grupos de risco, agora não. Todos estão em risco, não tem mais um grupo que seja seguro, é por isso que todas as pessoas devem se prevenir”, alerta Sandra.
Viver com o HIV é diferente de ter Aids. HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Ele ataca principalmente células do sistema de defesa chamadas CD4 e nos torna mais vulneráveis a outros vírus, bactérias e ao câncer.
HIV e Aids: qual a diferença?
A maioria das pessoas que têm HIV não têm Aids porque no Brasil o tratamento com remédios chamados antirretrovirais é universal e acessível pelo SUS. As pessoas com HIV e que se tratam têm a mesma expectativa de vida das pessoas que não têm o HIV.
Apenas as que não se tratam ou sofrem algum tipo de problema na terapia não conseguem reduzir essa replicação e desenvolvem Aids, que a síndrome da imunodeficiência adquirida, um conjunto de sinais e sintomas relacionados à falência do sistema de defesa, caracterizada por uma série de infecções oportunistas e câncer. G1Ac.
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