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Acre registra mais de 230 homicídios dolosos nos primeiros meses de 2018, aponta relatório do MP-AC

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7 anos atrásem

Dados mostram que maioria das vítimas são jovens de 18 a 24 anos e homens representam 90% dos mortos. Sesp-AC afirma que crimes são motivados por controle de rotas de tráfico.
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Apesar dos números alarmantes, o Acre apresentou uma redução 6,9% no número de vítimas homicídios dolosos em comparação com o mesmo período de 2017 (Foto: Reprodução/MP-AC)
Acre registrou uma média de 35 vítimas de homicídios dolosos por mês até o dia 9 de julho deste ano. Ao todo, nesse período, o estado teve 231 homicídios. Os dados fazem parte do informativo mensal divulgado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC).
A Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC) informou que, no primeiro semestre desse ano, o Acre registrou 211 homicídios. A maioria, 118 mortes, somente em Rio Branco, totalizando 32 a menos em comparação com o mesmo período de 2017.
A Sesp-AC destacou que, analisando os dados de forma mais detalhada, é possível perceber que o crime se interiorizou, tendo uma redução de homicídios na capital e aumento em Cruzeiro do Sul. A motivação seria o domínio das rotas de tráfico do Peru para o Juruá. Para combater a violência, a Sesp-AC reforçou o policiamento com 140 policiais por noite por tempo indeterminado.
Apesar dos números, segundo o informativo, o estado apresentou uma redução 6,9% no número de vítimas homicídios dolosos em comparação com o mesmo período de 2017. No ano passado, a média era de 42 mortes violentas por mês.
MP-AC divulgou informativo de homicídios dolosos em 2018 no estado (Foto: Reprodução/MP-AC)
Em Rio Branco, conforme o informativo, houve 160 homicídios neste período em 2017 contra 132 em 2018. A redução foi de 17,5%. Mesmo assim, a capital concentra mais de 50% das ocorrências.
Já na segunda maior cidade do estado, Cruzeiro do Sul, o aumento percentual foi de 100% no número de homicídios. No ano passado foram 18 mortes no período analisado, este ano já foram registradas 36.
Os municípios de Santa Rosa, Marechal Thaumaturgo, Manoel Urbano e Porto Walter não noticiaram casos de homicídios dolosos este ano.
Outro dado analisado pelo informativo do MP-AC foi o número de mortes dentro de presídios do Acre. Segundo o levantamento, houve uma redução de 85% nesse tipo de caso. Em 2017 foram sete homicídios dolosos em unidades prisionais, este ano o registro foi de apenas um.
No entanto, o órgão destacou que houve duas ocorrências com três vítimas que, mesmo que não tenham sido mortas dentro do presídio, haviam acabado de sair da unidade de regime semiaberto.
No período de três anos, de 2015 a 2017, o aumento na taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Acre aumentou em 155%. Em Rio Branco, essa taxa saiu de 32,4 homicídios por 100 mil habitantes em 2015 para média 80,1 em 2017.
Armas usadas
As armas de fogo representam 77% dos instrumentos utilizados em homicídios dolosos no Acre até 9 de julho deste ano. Esse percentual era de 65% durante o ano de 2016.
As armas brancas aparecem em segundo lugar com porcentagem de 17%. Outros instrumentos representam 5%.
Ao todo, 51% dos casos registrados em 2018 tem autoria conhecida e foram elucidados. O restante, 49% ainda possuem autoria desconhecida e seguem em investigação.
Armas de fogo foram os instrumentos mais usados em homicídios dolosos (Foto: Reprodução/MP-AC)
Elucidação do crime
O informativo destaca que é possível perceber que a elucidação dos crimes reduziu nos últimos três anos. Porém, o aumento no volume de casos e falta de recursos humanos destinados às investigações nas delegacias pode justificar a redução.
Outro fator que dificulta a obtenção de resultados, conforme o relatório, é a mudança de relação entre a vítima e o autor. Até 2013, em regra, havia uma proximidade entre os envolvidos, mas isso mudou com a ação de organizações criminosas no estado.
As principais motivações para os homicídios dolosos, nos casos de janeiro até 9 de julho de 2018, foram drogas ou acerto de contas com total de 159 casos. A frequência relativa em que essa motivação é usada para o crime é de 68,8%.
Os homicídios por motivação indeterminada aparecem em segundo lugar, total de 8,7%. Em seguida aparecem intervenção policial (5,6%), motivo fútil (4,8%), bebedeira (4,3%), vingança (2,6%), passional (2,2%) e feminicídio (1,3).
O levantamento aponta que, até 9 de julho, houve o registro de apenas um homicídio em que a pessoa errada foi assassinada, representando 0,4% do total de mortes no período. Rixa, ciúmes e legítima defesa aparecem com o mesmo percentual.
Maioria das vítimas são homens
A maioria das vítimas assassinadas são homens. Nesses quase 7 meses de 2018 morreram 209 homens no Acre, o que representa 90% das mortes. No mesmo período, 22 mulheres, total de 10%, sofreram homicídios dolosos.
A faixa etária em que houve mais mortes é de jovens entre 18 e 24 anos. Em relação aos autores identificados, ao menos 44% eram menores de idade.
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Maioria das vítimas de homicídios dolosos são homens, segundo relatório (Foto: Reprodução/MP-AC). G1Ac.
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PZ da Ufac lança livro sobre seu novo plano de manejo — Universidade Federal do Acre

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1 semana atrásem
13 de maio de 2025
O Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac lançou livro sobre seu novo plano de manejo, nessa segunda-feira, 12, na sala ambiente do parque, campus-sede, reunindo autoridades acadêmicas e servidores da universidade. O novo plano orienta as ações no PZ pelos próximos dez anos, com base em diagnósticos atualizados e estudos técnicos.
O objetivo do livro é garantir que o uso do PZ esteja de acordo com seus princípios de criação, ou seja, preservar e recuperar amostras de ecossistemas regionais e servir de ferramenta de apoio ao ensino, pesquisa e extensão à comunidade acadêmica da Ufac.
Durante o evento, seis servidores do PZ receberam uma homenagem com placas comemorativas e portarias de elogio assinadas pela reitora Guida Aquino. Os homenageados foram: Francisco Felix Amaral, José de Souza Bandeira, Manoel de Jesus Cardoso Santos, Nilson Alves Brilhante, Plinio Carlos Mitoso e Pedro de Albuquerque Ferraz.
Compuseram a mesa de honra a reitora Guida Aquino; o vice-reitor Josimar Ferreira; o coordenador do PZ e autor do plano de manejo, Harley Araújo da Silva; o coordenador de Pesquisa e Extensão do PZ, Rodrigo Serrano; o chefe do Inpa-AC, Evandro Ferreira; e o diretor da SOS Amazônia, Miguel Scarcello.
O que o livro apresenta?
– Diagnóstico da situação atual.
– Avaliação das ações de manejo e implementação das propostas feitas no plano de manejo anterior.
– Novo zoneamento do PZ.
– Proposições de ações e diretrizes gerais para o próximo período de planejamento, que será de dez anos, baseadas na análise do instrumento anterior e no diagnóstico atualizado do PZ.
(Kenno Vinícius, estagiário Ascom/Ufac)
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Ufac homenageia mães servidoras com café da manhã e fotos — Universidade Federal do Acre

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2 semanas atrásem
9 de maio de 2025
Para celebrar o Dia das Mães, que ocorre neste domingo, 11, a Ufac realizou, nesta sexta-feira, 9, um café da manhã compartilhado no Restaurante Universitário (RU) do campus-sede. Foi um momento de celebração e confraternização e as mães foram presenteadas com um botão de rosa.
Este ano, como parte da programação, a equipe inovou e ofereceu um pequeno ensaio fotográfico, produzido pela Assessoria de Cerimonial e Eventos, em parceria com a Assessoria de Comunicação.
As servidoras puderam levar seus filhos para fazer uma foto em um cenário preparado especialmente para a ocasião. Na próxima semana, a programação ocorre no campus Floresta, em Cruzeiro do Sul, com ensaio fotográfico nos dias 13 e 14 de maio, no hall do teatro Moa, e o café da manhã será no dia 16, no RU.
Os álbuns dos eventos estão disponíveis nos links abaixo:
Café das mães
Confira o álbum completo: https://flic.kr/s/aHBqjCdERP
Ensaio fotográfico
Confira o álbum completo: https://flic.kr/s/aHBqjCdrNa
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Mestrado em Geografia da Ufac integra projeto de pesquisa em rede — Universidade Federal do Acre

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2 semanas atrásem
7 de maio de 2025
O mestrado em Geografia (MGeo) da Ufac integra a equipe do projeto de pesquisa “Segurança Integrada na Pan-Amazônia e nas Fronteiras Sul-Americanas: Perspectivas para a Construção de um Modelo de Segurança Integrada Focada na Cooperação Interagências e Internacional”.
O projeto integra uma rede de pesquisa que envolve 22 universidades brasileiras e estrangeiras, 64 pesquisadores nacionais e internacionais, alunos de graduação e 14 programas de pós-graduação no Brasil, entre os quais o MGeo da Ufac. Além de simpósios anuais para divulgar o andamento das pesquisas, o projeto prevê publicações de dissertações e teses.
O coordenador-geral do projeto é o professor Gustavo da Frota Simões, do programa de pós-graduação em Ciências Militares (PPGCM), da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. A proposta de pesquisa tem por objetivo geral analisar os desafios para defesa e segurança integrada da Pan-Amazônia e as fronteiras sul-americanas, partindo de uma perspectiva que engloba a segurança humana e avalia aspectos como migração, direitos humanos, crimes transfronteiriços e ambientais, visando à construção de políticas públicas.
Objetivos específicos do projeto
– Apresentar uma política pública de segurança integrada na faixa de fronteira, ancorada na realidade da Pan-Amazônia.
– Avaliar o impacto das migrações internacionais e demais fluxos de mobilidade humana na faixa de fronteira sob uma ótica de segurança.
– Discutir o conceito de segurança integrada e sua relação com a segurança humana e o desenvolvimento sustentável.
– Estudar como os crimes transfronteiriços e ambientais afetam a segurança humana das comunidades indígenas da região pan-amazônica.
6º Simpósio de Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações
O coordenador-geral do projeto, Gustavo da Frota Simões, e o professor Tássio Franchi reuniram-se com os professores do MGeo e a administração da Ufac de 31 de março a 3 de abril. A pauta da reunião foi o projeto e a realização do 6º Simpósio de Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações, que ocorre em 24 e 25 de junho, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede da Ufac.
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