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Agilidade: Mais de 70 julgamentos já foram realizados em Sena nos últimos três anos e meio

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Numa entrevista concedida ao Senaonline.net, Fábio Farias detalhou melhor essa questão dos júris em Sena Madureira

A Comarca do Fórum Desembargador Vieira Ferreira, em Sena Madureira, vem desengavetando, ao longo dos últimos anos, vários processos judiciais. As ações envolvem crimes contra a vida, sobretudo Homicídios e tentativas de Homicídio, corrupção de menores e facções criminosas.

De acordo com o juiz Fábio Farias, nesses três anos e meio em que o mesmo se encontra à frente da vara criminal, já foram realizados mais de 70 julgamentos. Na grande maioria deles, os réus acabaram condenados a penas consideradas expressivas.

Numa entrevista concedida ao Senaonline.net, Fábio Farias, que é tido pela população como um juiz rígido em suas decisões, detalhou melhor essa questão do júri-popular. Confira:

Senaonline.net: Temos acompanhado o seu trabalho na Comarca de Sena principalmente com relação aos julgamentos. Essa questão desafogou mais em nosso município:

Juiz Fábio Farias: Cheguei em Sena Madureira em julho de 2015. Na última semana, completamos 70 júris em Sena, o que mostra um índice alarmante de homicídios e tentativas de homicídios, crimes contra a vida em geral. Pra se ter uma ideia, eu falo com alguns amigos que moram em outras cidades do Brasil, mais ou menos com o mesmo porte de Sena Madureira e, por lá, eles julgam em média de 5 a 6 processos por ano, então nós estamos extrapolando em média aqui em Sena, dando mais agilidade nos processos.

Senaonline.net: Chama a atenção o fato de que os réus, quase que em sua totalidade, foram condenados. Isso denota que a comunidade não é complacente com o crime?

Juiz Fábio Farias: Estatisticamente, 90% dos réus foram condenados em detrimento de 10% que acabaram absolvidos. Isso mostra um reflexo da violência e que os próprios jurados não estão mais tolerando determinados tipos de condutas, principalmente crimes contra a vida e disputa entre facções, o que gera um perigo e um dano contra pessoas que não tem nada a ver com essas disputas. Ressaltamos que, pela Constituição de 1988, quem decide se o réu é condenado ou não é o Conselho de Sentença, formado por membros da própria comunidade. O meu papel é tão somente coordenar os trabalhos e fazer a dosimetria da pena, com base na decisão dos jurados.

Senaonline.net: Em que pese ser somente esta sua atribuição no júri, verificamos que, para a sociedade, o senhor é um juiz bem rígido. Como o senhor ver essa questão especificamente?

Juiz Fábio Farias: Não me considero nem rígido e nem flexível. Me considero um juiz aplicador da lei. Então, dependo do crime, o infrator vai receber uma pena alta. Lembrando que aqui as penas são altas porque geralmente o acusado quando vem pra cá ele não vem respondendo apenas por Homicídio, mas também por corrupção de menores, por integrar facções criminosas, tráfico de drogas, porte ilegal de armas, isso resulta em penas expressivas.

Senaonline.net: Estamos vivendo um novo momento na política Brasileira com a vitória de Jair Bolsonaro. Ele intenciona enrijecer as Leis, tornando-as de caráter intimidatório. O senhor converge com essa ideia?

Juiz Fábio Farias: Acredito que para que possamos mudar esse cenário de violência alarmante, precisamos ter a aplicabilidade da lei. Não adianta uma pessoa ser condenada a 100 anos de prisão se, de fato, você não consegue aplicá-la ao infrator.

Senaonline.net: Muito obrigado por nos receber. Fique à vontade para suas considerações finais:

Juiz Fábio Farias: Agradeço pelo espaço, Edinaldo. Lembrando que no ano que vem nós vamos continuar com a nossa pauta de julgamentos, graças a Deus com uma pauta menos extensa, porém, estamos atentos no sentido de dar celeridade aos processos restantes. Desde já, desejo a todos um Feliz Natal e boas festas pra toda a população de Sena Madureira.

Sena Online

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).

O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.

“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.” 

Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”

O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.

 



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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde. 

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.



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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC (1).jpg

A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.

Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”

A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.

Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.

Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”

Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”

Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.

Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.



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