POLÍTICA
Agronegócios: Aumento de 135% no preço do cacau mu…
PUBLICADO
1 ano atrásem
José Casado
Boa notícia para 90 mil produtores de cacau, na maioria agricultores familiares e proprietários de terras com até dez hectares na Bahia e no Pará: o ano termina com recorde de preços e a tendência é de aumento em 2025.
Nenhum produto agrícola subiu tanto quanto o cacau no mercado mundial. Foi a estrela do ano na agricultura — os preços aumentaram 135% em 2024.
Na semana anterior ao Natal, chegou ao patamar de 12.605 dólares por tonelada, equivalentes a 75 mil reais. No ano, o cacau valorizou o dobro do café, que aumentou 70%.
É provável que os produtos de chocolate fiquem ainda mais caros em 2025: o preço do cacau se manteve em alta na última rodada de negociações do ano, nesta segunda-feira (30/12), nas bolsa de Nova York e Londres. Vendeu-se a 11.507 dólares por tonelada, correspondentes a 69 mil reais.
É fato relevante para um segmento da agricultura de base familiar, com produção concentrada na Bahia e no Pará. E é, sobretudo, boa notícia para a legião de produtores brasileiros que há quatro décadas enfrenta um ciclo depressivo em investimentos, consequência, sobretudo, de uma praga (fungo) conhecida como vassoura-de-bruxa. Ela dizimou plantações quase 80% das plantações baianas a partir dos anos 1980.
Os preços sobem por causa dos desastres climáticos nas áreas de cultura de Gana e Costa de Marfim, responsáveis por mais de dois terços da produção mundial de cacau.
A consequência imediata para o Brasil, que perdeu a liderança mundial, é o estímulo à expansão da produção com reflexos na agricultura de pequenas cidades do Sul da Bahia e das margens da rodovia Transamazônica, no Pará.
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…
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8 meses atrásem
5 de maio de 2025Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.


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