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Americanas: CVM acusa ex-executivos de insider trading – 19/10/2024 – Mercado

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A CVM (Comissão de Valores Imobiliários) acusou oito ex-executivos da Lojas Americanas de insider trading, o uso indevido de informação privilegiada no mercado de capitais. A informação foi divulgada na noite desta sexta-feira (18), após conclusão dos trabalhados de investigação.

O inquérito se concentra na negociação de papéis da companhia antes da divulgação das chamadas “inconsistências contábeis” da rede varejista, no dia 11 de janeiro de 2023. “Reuniram-se elementos robustos, contundentes e convergentes que são capazes de sustentar acusações [de insider trading]” afirma a CVM, em comunicado.

Foram acusados, e agora poderão apresentar suas defesas, o ex-CEO Miguel Gutierrez e os ex-diretores Anna Saicali, Marcio Cruz e José Timotheo de Barros, que ocupavam cargos estatutários na empresa.

De acordo com a autarquia do mercado de capitais, eles são acusados de infringir tanto a lei quanto as regras da CVM que proíbem o uso de informações ainda não divulgadas para obter vantagens em negociações de valores mobiliários (como ações).

“Vamos nos defender provando a inocência com dados objetivos”, afirmou Antônio Sérgio Pitombo, advogado de José Timotheo. A Folha também entrou em contato com as defesas ou as assessorias de imprensa de Gutierrez, Saicali e Cruz e aguarda resposta.

Também foram denunciados outros executivos de escalões mais baixos: Fabio da Silva Abrate, Marcelo da Silva Nunes e João Guerra Duarte Neto (diretores-executivos não estatutários) e Fellipe Arantes Lourenço Bernardazzi (superintendente de contabilidade).

A reportagem enviou mensagens diretamente para Abrate e Bernardazzi por rede social ou WhatsApp e ainda não teve resposta. A assessoria de Marcelo Nunes também foi contatada, mas ainda não se posicionou. A defesa de João Guerra não foi localizada.

As acusações vêm após investigações da CVM sobre o escândalo contábil que resultou no rombo de mais de R$ 25 bilhões e levou a companhia a entrar em recuperação judicial em 2023. O caso também é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

A comissão informou que outro inquérito administrativo foi instaurado para apurar eventuais irregularidades das negociações com ativos de emissão da Americanas S.A. (ações, opções sobre ações e debêntures) por pessoas naturais e jurídicas sem vínculo com a companhia.

Ao todo, no momento, estão em andamento na CVM duas investigações, dois processos administrativos sancionadores (onde há acusações formuladas) e 10 processos administrativos (procedimentos de análise informacional).

Outros 20 processos já foram encerrados pela comissão. A CVM ressaltou que “caso venham a ser formalmente caracterizadas infrações, cada um dos eventuais responsáveis será devidamente responsabilizado com a aplicação e o rigor da lei e na extensão que lhe for aplicável”.

Como a Folha mostrou, nos meses que sucederam a divulgação das inconsistências contábeis, houve uma intensificação de vendas de ações da Americanas, mostrando um comportamento diferente do verificado em meses anteriores.

No segundo semestre de 2022, executivos da empresa venderam 14,1 milhões de ações, quase cinco vezes a quantidade negociada entre maio de 2019 e junho de 2022, segundo dados da empresa compilados pela Ferramenta Radar de Insiders, da Plataforma Quantzed.

Segundo relatórios da PF, que investiga os crimes de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro, a direção mantinha uma planilha com os dados reais para consumo interno, enquanto outra com os dados fraudados era apresentada ao mercado e ao conselho de administração.

As provas utilizadas pela PF, que incluem centenas de trocas de e-mails, mensagens e planilhas, foram obtidas a partir de delações premiadas, de documentos entregues por eles e da quebra de sigilos dos envolvidos.



Leia Mais: Folha

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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