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Após 25 anos, empresário fecha uma das últimas videolocadoras de Rio Branco: ‘o cinema foi minha vida’
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6 anos atrásem
Durante 26 anos, a paixão pelo cinema motivou o empresário Fred Lima a manter uma rede de videolocadoras em funcionamento em Rio Branco, no Acre, e mais uma filial em Porto Velho, Rondônia.
No entanto, o avanço da tecnologia acabou roubando os clientes e a última, das sete lojas, deve encerrar as atividades no final de junho.
Com mais de 20 mil filmes em blu-ray, a loja que funciona no bairro do Bosque, desde a fundação em 1993, colocou tudo à venda no início deste mês. O anúncio foi feito em uma das redes sociais, utilizada para promover os conteúdos da loja.
A Theny Vídeo Center é uma das maiores videolocadoras da capital, e uma das últimas que ainda funciona e já passou por várias fases. Tudo começou lá atrás com as fitas em VHS. Com o passar dos anos, vieram os DVD’s que travaram uma briga contra a internet e a pirataria.
Logo em seguida, seria a era do blu-ray que tem como principal concorrente a sky e por último o serviço de streaming. Segundo Lima, prejuízo não chegou a ter, mas estava jogando no empate. Em 2016, ainda tinha na banco de dados 30 mil pessoas cadastradas, mas a cada dia a procura se tornava menor.
“Tínhamos duas opções: ou mudava de ramo ou ficava até onde desse. E a segunda opção foi o que a gente fez. Então, em 2018 a gente já trabalhou bem crítico, em 2019 a gente não perdeu, mas chega a hora em que tem que aceitar que é melhor fechar”, pontua Lima sobre a decisão.
Início do empreendimento
A videolocadora foi comprada em parceria com um amigo que tornou-se sócio de Lima. Juntos, eles alugaram um prédio e começaram o negócio. Cinco anos depois, compraram o primeiro prédio, na rua Guiomard Santos, no Bosque, este é o último a fechar as portas.
“Naquele tempo estávamos saindo do emprego e compramos a Theny [Vídeo Center]. Depois de cinco anos de trabalho, conseguimos comprar o primeiro prédio e a partir desse período começamos a expandir”, relembra.
Nessa época, estava chegando a era dos DVD’s, foi a primeira transição e as fitas em VHS que eram disponíveis para aluguel foram vendidas. Com essa nova onda, o empresário começou a expandir o negócio. Dez anos depois, já tinha quatro lojas funcionando. A rede chegou a gerar 30 empregos diretos.
Depois vieram mais duas lojas. As videolocadoras viviam momentos de glória em um mercado que sofria ameaças, como a pirataria e a internet, mas Lima conta que sobreviveram bem este período.
Concorrência
Mas, com a evolução natural da internet, depois TV por assinatura, o último golpe ao mercado de aluguel de filmes foi o serviço de streaming. A concorrência era real e a partir de 2010 começou a se intensificar, mas não trouxe prejuízo.
“A gente brigou, de início, contra a internet, depois a gente brigou com a sky, depois com os pirateiros e começou a surgir o streaming e a partir daí começou a apertar um pouco”, conta o empresário.
Para Lima, até a pirataria eles venceram bem. “Entramos com ação no Ministério Público e os pirateiros tinham material apreendido e foi uma coisa bem interessante porque a gente conseguiu”, relembra.
Com a chegada dos novos recursos de acesso a conteúdos do cinema, apesar de sempre trabalhar no azul, os empresários começaram a fechar as primeiras lojas e foram entregando os prédios alugados e ficaram apenas com o prédio que haviam comprado lá no início da trajetória.
Já a partir de 2015, os clientes sumiam cada vez mais. Passados mais três anos, o streaming tomou de conta e o empresário afirma que isso era algo já esperado e sabia que seria gradual, porque faz parte da evolução do mercado.
Em 2016, em entrevista ao G1, o empresário já tinha falado sobre essaqueda no setor. Na época, ele afirmou que era um nicho de mercado para quem gostava e ressalta essa questão ainda hoje, prestes a fechar as portas, pois, segundo ele, não dá para ficar esperando. Por isso a decisão de encerrar as atividades.
Embora anuncie o fechamento da loja, Lima diz que é apaixonado pelo cinema e considera toda a trajetória das videolocadoras um sucesso.
“Quando uma empresa passa dos cinco anos ela já é madura e quando passa dos 25 é um verdadeiro sucesso. O cinema foi minha vida até hoje e no futuro, se voltar a fazer alguma coisa nos meus prédios, vai ser voltado para o entretenimento”, conclui sobre o sucesso do empreendimento que levou muitas emoções e vários outros sentimentos para os rio-branquenses.
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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.
Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”
O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”
A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.”
A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.
Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.
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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.
Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.
“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.
Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.
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