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Após Jogos, Rio retoma protagonismo internacional com G20 – 11/11/2024 – Mundo

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Italo Nogueira

Oito anos após sediar as Olimpíadas, o Rio de Janeiro volta a ser centro de atenção mundial ao sediar a Cúpula de Chefe dos Estados do G20, no MAM (Museu de Arte Moderna), nos dias 18 e 19.

Os eventos começam na cidade nesta quinta-feira (14), na zona portuária. O local sediará o G20 Social, com participação de entidades da sociedade civil, e o U20, encontro de prefeitos das maiores economias do mundo. Antes, nesta terça (12) e na quarta (13), ocorrem as últimas reuniões dos negociadores dos países.

Se o G20 marca o retorno de grandes encontros internacionais à cidade, a sua organização na região central reflete a volta do protagonismo da área em relação à zona oeste, principal sede dos últimos eventos internacionais. O centro é atualmente alvo de estímulo para reocupação urbana.

O primeiro de uma série de eventos internacionais no Rio de Janeiro após a redemocratização foi a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Eco-92. Na ocasião, 108 chefes de Estado se reuniram para discutir as bases para um desenvolvimento sustentável do planeta.

O encontro foi realizado no Riocentro, centro de convenções no bairro hoje chamado Barra Olímpica. A região iniciava seu desenvolvimento, cujo ápice foi com os Jogos de 2016.

A Eco-92 ficou marcada pelo forte esquema de segurança armado pelo Exército. Um tanque de guerra chegou a ser posicionado em São Conrado, nas imediações da favela da Rocinha, imagem que marcou o período. No Aterro do Flamengo, movimentos sociais realizaram eventos paralelos.

Um ano após a Eco-92, o então recém-eleito prefeito Cesar Maia incluiu no Planejamento Estratégico da cidade o objetivo de sediar as Olimpíadas. A intenção era expandir a internacionalização da marca do Rio de Janeiro décadas após deixar de ser a capital do país. Na ocasião, a candidatura para a edição de 2004 engatinhava.

O cientista político Elizeu Santiago, diretor de Ensino e Pesquisa do Arquivo da Cidade, afirma que os eventos esportivos foram uma forma de a cidade tomar as rédeas de uma agenda internacional própria.

“Os eventos esportivos foram estratégias exitosas e inteligentes para colocar a cidade nas principais prateleiras globais. Nesse caso, a iniciativa parte do próprio município e, depois, claro, ganha apoio diplomático. É diferente dos eventos políticos, como a Eco-92 e o G20, que dependem de uma demanda do país para depois definir a cidade”, disse Santiago.

Após ser eliminada da disputa pelos Jogos Olímpicos de 2004, a cidade apostou na postulação pelos Jogos Pan-Americanos de 2007. A boa organização do evento, apesar do estouro do orçamento de obras, foi o cartão de visitas para pleitear as Olimpíadas de 2016.

O Pan também marcou a exploração da zona oeste como espaço para recepção de eventos, com a construção de arenas na região que sediaria, nove anos depois, o Parque Olímpico.

Após a vitória do Rio de Janeiro em Copenhague, em 2009, para sediar os Jogos de 2016, a cidade voltou a receber eventos internacionais de outros matizes.

Em 2012, foi realizada a Rio+20, encontro que marcou os 20 anos da Eco-92. Os chefes de Estado se reuniram mais uma vez no Riocentro, enquanto as ONGs se concentraram na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo.

No ano seguinte, o Rio de Janeiro sediou a Jornada Mundial da Juventude, que marcou a primeira viagem fora da Europa do papa Francisco, recém-alçado ao posto. A missa campal seria realizada em Guaratiba, na zona oeste, mas foi transferida para a praia de Copacabana após a área destinada para o evento ficar alagada com uma forte chuva dias antes.

As Olimpíadas de 2016 encerraram o ciclo de dez anos de eventos internacionais da cidade iniciado no Pan de 2007, tendo como principal palco o Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na zona oeste.

Santiago afirma que a cidade tem como marca esses eventos desde o início do século 20, com a 3ª Conferência Pan-Americana, realizada em 1906. A agenda de encontros internacionais foi interrompida entre as décadas de 1960 e 1970, segundo ele, em razão da ditadura militar, e não pela perda do status de capital para Brasília.

Para ele, o protagonismo da região central no G20 também devolve o destaque à área que sediou os primeiros eventos internacionais da cidade.

“Os grandes eventos nos séculos 19 e 20 eram feitos no centro histórico ou na avenida Beira-Mar. Quando leva para a zona oeste, dialoga com o crescimento urbano da cidade naquele período. O G20 retoma a tradição e revaloriza uma área que é agora alvo de muita atenção urbanística”, diz o diretor do Arquivo da Cidade.

A Prefeitura do Rio de Janeiro aprovou uma série de incentivos para a reocupação do centro, a fim de reduzir a pressão da especulação imobiliária na zona oeste, farta em terrenos desocupados.

O MAM, no Aterro do Flamengo, recebeu investimentos de R$ 32 milhões para modernização de elevadores, restauração da fachada e revitalização de seu entorno, incluindo os jardins projetados por Roberto Burle Marx.

O museu também sediou as reuniões da Cimeira, em 1999, bna primeira reunião entre os chefes de Estado e de governo da América Latina e do Caribe e da União Europeia, num dos poucos eventos internacionais fora da zona oeste no período.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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