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Arquivo de Rubens Paiva está esfarelando, diz ex-diretor – 09/01/2025 – Poder
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10 meses atrásem
Yuri Eiras
Documentos relacionados à prisão do ex-deputado Rubens Paiva, cuja história foi contada no filme “Ainda Estou Aqui“, estão “esfarelando na mão” devido às más condições do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, afirma Victor Rosa Travancas, exonerado do cargo de diretor-geral da instituição pelo governador Cláudio Castro (PL).
Travancas foi demitido após fechar o local sob a justificativa de problemas estruturais.
Segundo ele, além dos documentos relativos a Rubens Paiva, sequestrado e morto pela ditadura militar, outros relativos a esse período têm risco de se perder. A Folha procurou a Casa Civil na tarde desta quinta-feira (9) para comentar o estado dos documentos e aguarda retorno.
Travancas havia sido nomeado para o cargo em dezembro. À Folha o ex-diretor-geral justificou a interdição do prédio por risco de desabamento. Segundo ele, há umidade acima do tolerável em salas que guardam arquivos, pisos afundados e uma pilastra com rachadura.
Em nota, a secretaria da Casa Civil do estado disse que a decisão de fechar as portas foi “unilateral”, “sem consulta ao governo e sem aval dos órgãos competentes”.
“O Arquivo Público possui Laudo de Exigências e Certificado de Aprovação válidos e foi vistoriado em dezembro pelo Corpo de Bombeiros, quando foi constatado que não há risco iminente que justifique a interdição da edificação”, afirma a pasta.
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Laudos enviados pelo governo à reportagem mostram aval ao funcionamento do prédio. Um deles, assinado pela Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro), afirma que há fissuras na laje de uma das salas, mas que “tal anomalia não interfere na utilização do prédio”.
Sistema de hidrantes, ventilação mecânica, detecção e alarme estão funcionando, segundo laudo do Corpo de Bombeiros.
O Arquivo Público do Estado do Rio foi criado em 1931 e teve várias sedes. Desde 1998, está em um prédio na Praia de Botafogo, que no passado abrigou uma subestação de bondes.
Foi o primeiro a receber documentos do Dops (Delegacia de Ordem Política e Social) após o fim da ditadura. Preserva ainda mapas da cidade do Rio de Janeiro do século 18 e documentos sobre migração de famílias, posse de terras e fichas policiais.
“É preciso que as pessoas coloquem a mão na consciência que nós estamos de frente para um [um novo acidente como] Museu Nacional. Estamos esperando acontecer o pior. Ali é só papel, não tem como salvar”, afirma Travancas.
A reportagem visitou nesta quinta (9) o prédio do Arquivo Público e servidores trabalhavam normalmente, atendendo aos pesquisadores.
Em nota pública, a Anpuh (Associação Nacional de História) afirmou que “não foi divulgado qualquer documento das autoridades de sinistros que justificasse essa radicalização”.
Presidente da seção Rio de Janeiro da entidade, Beatriz Kushnir afirma que a situação dos arquivos públicos brasileiros não é boa e precisa de investimentos, mas que servidores técnicos são capazes de preservar a memória documental.
“O abandono dos arquivos públicos no Brasil não é um acaso, é um projeto de terceirização da guarda da documentação”, afirma. “Precisamos de investimento na digitalização, nos concursos, e precisamos que os governos entendam o papel estratégico de um arquivo público”.
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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre
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4 de novembro de 2025O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.
“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”
A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.
O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.
Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:
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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre
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31 de outubro de 2025A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.
Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.
Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.
Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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