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As explicações do PT para o fraco desempenho no pr…

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Ricardo Chapola

Diante do desempenho pífio do PT nas eleições municipais de 2024, lideranças do partido passaram a semana procurando explicações que pudessem justificar a conquista do reduzido número de prefeituras e a consequente perda de espaço para siglas de centro e de direita.

No primeiro turno, o PT garantiu o comando de 248 cidades – número maior do que havia conquistado em 2020, mas que está longe de chegar perto do resultado de 2012, quando garantiu o controle de 635 municípios. Para muitos petistas, o fracasso eleitoral combina fatores como a ausência de novas lideranças e um discurso descolado da realidade.

Líder do governo na Câmara, o deputado federal José Guimarães (CE) avalia  que o PT precisa se reinventar – em especial do ponto de vista de organização partidária. Segundo ele, a sigla tem que aprender a atuar  nas redes sociais, a exemplo do que já fazem as forças políticas de direita, bem como mudar sua percepção sobre os problemas que afetam o Brasil.

“Não é razoável o partido fazer dois ou três prefeitos em um Estado. Isso não pode acontecer. Se aconteceu, é porque tem alguma coisa errada”, afirmou, citando como exemplo o Pará, onde a legenda conquistou apenas 2 prefeituras. “O PT precisa  entender como aumentar seu grau de mobilização pelas redes, caso contrário, não vai se recuperar”, disse.

Uma das derrotas mais acachapantes sofridas pelos petistas ocorreu em Belo Horizonte, onde Rogério Correia terminou a em 6º lugar, com apenas 4,3% dos votos. “Hoje, a esquerda não é mais uma posição majoritária no Brasil. É minoria. Por isso, o PT depende cada vez mais de alianças com partidos mais ao centro. Aqui em Belo Horizonte, essa aliança mais ampla só foi construída agora no segundo turno”, disse ele.

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Já o senador Fabiano Contarato (PT-ES), que viu o candidato petista ser derrotado nas eleições em Vitória, ressalta que o problema é a falta de diálogo. “O PT tem que falar com os antagônicos. Essa coisa de só falar com os mesmos não dá”, afirmou.

Esgotamento da pauta

Para o professor de ciência política da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Paulo Baía, a falta de renovação está na raiz do fraco desempenho do PT.  “Os ciclos das lideranças de esquerda de hoje em dia se encerraram, enquanto o ciclo das lideranças de direita estão só começando, porque acabaram de surgir no cenário político”, avaliou.

Outro agravante, na visão do professor, é o fato de a esquerda insistir em defender pautas centradas na ideia de que o Estado é capaz de prover o que falta à população – um conceito que se esgotou e não cativa mais o eleitor como antes. “Há um esgotamento das ações dos governos de esquerda, que não respondem mais ao novo desenho da sociedade, baseado principalmente no empreendedorismo, no individualismo e na meritocracia. A direita percebeu essa mudança e conseguiu estabelecer diálogo com essas pessoas à luz desse novo desenho social”, explicou.



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Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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