POLÍTICA
As prioridades de Lula para salvar a honra do gove…

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1 ano atrásem
Daniel Pereira
Desde o início da campanha, a prioridade do presidente Lula é trabalhar pela vitória do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) na disputa pela prefeitura de São Paulo, a maior cidade do país. Não será fácil. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira, 10, Boulos tem 33% de intenções de voto nas projeções do segundo turno, enquanto Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, marca 55%. É a maior diferença entre dois postulantes, na largada para o turno final, desde 2000.
Se fracassar na missão, Lula provavelmente alegará que a derrota, apesar de dolorida, não representa uma vitória de Jair Bolsonaro. O ex-presidente apoia Nunes, mas de forma tímida e até sabotou a candidatura do emedebista ao fazer acenos a Pablo Marçal (PRTB). O próprio Nunes faz campanha sem explorar a relação com o capitão, que tem alta rejeição entre os paulistanos, preferindo destacar os feitos de sua gestão.
Uma eventual vitória do prefeito será creditada mais ao governador Tarcísio Gomes de Freitas do que a Bolsonaro, mas, sem dúvida, representará um tremendo revés para Lula, cujo grupo político, a esquerda, fracassou no primeiro turno.
Chance de uma pequena redenção
Ao analisar os resultados do primeiro turno, o presidente e seus ministros mais próximos circunscreveram as derrotas ao PT e alegaram que partidos da aliança governista no plano federal derrotaram candidatos da extrema direita, como Alexandre Ramagem no Rio de Janeiro e Gilson Machado no Recife, ambos apadrinhados por Bolsonaro.
Houve até uma tentativa pública de comemoração. “Nós estamos confiantes de que existem vitórias simbólicas importantes de uma frente ampla apoiada pelo presidente Lula contra candidaturas da extrema direita, que tenta perverter o processo democrático brasileiro”, declarou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
No segundo turno, o presidente tentará colher mais alguns gols de honra. Além de São Paulo, ele quer empenho total dos aliados para que candidatos do Palácio do Planalto vençam seus adversários em quatro capitais, nas quais disputarão contra nomes da cota pessoal de Bolsonaro. Esses embates diretos ocorrerão em Belo Horizonte, Belém, Fortaleza e Cuiabá. “Se ganharmos nessas quatros, o saldo melhorará bastante para o governo”, diz um ministro.
Esforços nesse sentido já estão sendo empregados. Desde sexta-feira, Lula visitou Fortaleza e Belém. Ele também fará eventos do governo em Porto Alegre, onde a deputada Maria do Rosário tenta impedir a reeleição de Sebastião Melo (MDB). Lula pretende ainda reservar dois fins de semana para a campanha de Boulos e participar de atos de campanha em Natal e Olinda. Cogita ainda, se a agenda permitir, dar um empurrãozinho às candidaturas de aliados em Anápolis e Cuiabá.
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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6 meses atrásem
5 de maio de 2025
Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.
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