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Atacado por Bolsonaro, Cacique Raoni contra-ataca anunciando aliança com movimento extrativista do Acre e outros
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Líderes indígenas dizem temer genocídio e apoiam cacique Raoni, atacado por Bolsonaro.
Manifesto lido ao fim de encontro em Mato Grosso condena políticas do governo e rechaça projeto de lei que permite mineração em terras protegidas.
Foto de capa: O líder indígena Raoni durante manifestações de estudantes pelo clima, em Bruxelas, na Bélgica.
Rodeado por caciques caiapós, Raoni estica a borduna na “casa dos guerreiros”, uma construção de madeira com telhado de palha e chão batido na aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto-Jarina, em Mato Grosso.
Ele discursa ao microfone: “Homem que se chama Bolsonaro, aproveita seu mandato porque minha luta é de uma vida inteira”.
Nesta semana, o cacique reuniu por cinco dias cerca de 600 indígenas de 45 etnias diferentes na aldeia caiapó, perto do rio Xingu, para defender a união do movimento indígena contra as políticas de Bolsonaro.
![Indígenas participam nesta sexta (17) do último dia de encontro com lideranças na aldeia de Piraçu, às margens do rio Xingu, em Mato Grosso](https://f.i.uol.com.br/fotografia/2020/01/17/15793107395e225e93e9c5c_1579310739_3x2_md.jpg)
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Em manifesto lido nesta sexta-feira (17) ao final do evento, os indígenas afirmaram que está em curso “um projeto político do governo brasileiro de genocídio, etnocídio e ecocídio” e rechaçaram projeto de lei formatado pelo governo para permitir mineração e outros empreendimentos mesmo sem a aprovação dos indígenas —o texto ainda será enviado ao Congresso Nacional.
![Bolsonaro conversa com índios Makuxi da reserva Raposa Serra do Sol (RR), ao sair do Palácio da Alvorada. Presidente defende a exploração de terras indígenas e tem interesse no terreno em RR, especialmente pelo seu potencial mineral. Pesquisa Datafolha, no entanto, mostra que a maioria absoluta dos brasileiros é contrária a essa política](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_auto,q_lossless,ret_img,w_992,h_661/https://www.acre.com.br/wp-content/uploads/2020/01/Bolsonaro-conversa-com-índios-Makuxi-da-reserva-Raposa-Serra-do-Sol-RR-ao-sair-do-Palácio-da-A.jpg)
Bolsonaro conversa com índios Makuxi da reserva Raposa Serra do Sol (RR), ao sair do Palácio da Alvorada. Presidente defende a exploração de terras indígenas e tem interesse no terreno em RR, especialmente pelo seu potencial mineral. Pesquisa Datafolha, no entanto, mostra que a maioria absoluta dos brasileiros é contrária a essa política
“Nós não aceitamos garimpo, mineração e arrendamento em nossas terras, não aceitamos madeireiros, pescadores ilegais, hidrelétricas, somos contra tudo aquilo que destrói nossas florestas e nossos rios. Escrevemos esse documento como um grito, para que nós povos indígenas possamos ser escutados pelos três Poderes da República, pela sociedade e pela comunidade internacional”, diz o manifesto lido no evento.
O encontro também foi uma demonstração de força de Raoni, várias vezes citado por lideranças jovens e idosas como o mais importante representante dos indígenas do país.
Bolsonaro afirmou que Raoni não representa os índios do país e passou a inflar outros nomes sem histórico no movimento indígena.
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Ao mesmo tempo, o governo esvazia, segundo os índios, a saúde indígena e a Funai (Fundação Nacional do Índio).
Na aldeia Piaraçu, as lideranças indígenas reunidas por Raoni – incluindo Sônia Guajajara, Célia Xakriabá e Alessandra Munduruku– discutiram uma reação à política bolsonarista.
Coube ao sobrinho de Raoni, Megaron Txucarramãe, dar o tom dos próximos passos dos caiapós.
“Nós temos que reforçar, temos que impedir esse projeto [da mineração]. […] Preparar flecha, vamos preparar porque ele [Bolsonaro] vai querer botar Força Nacional, vai querer botar Polícia Federal, vai botar polícia para jogar pimenta na nossa cara. Mas temos que ir preparados.”
O enáuenê-nauê Kawaili Koll exortou a plateia: “Vamos nos preparar, vamos fazer flechas, bordunas. Ele, Bolsonaro, acha que índio é criança”.
Em uma entrevista coletiva, contudo, Raoni procurou abrandar o discurso.
“Esse encontro não é para planejar uma guerra, um conflito. Estamos aqui para defender nosso povo, nossa causa, nossa terra. Eu quero pedir mais uma vez que o ‘homem branco’ nos deixe viver em paz, sem conflito, sem problema. Eu nunca faria um encontro para atacar alguém. Estamos nos reunidos aqui para nos defender”, disse o caiapó, em tradução de Megaron.
“Vamos pedir para Bolsonaro respeitar nossos direitos. Se não respeitar, vamos pedir para os países da Europa e outros países para nos ajudar. É isso que temos que fazer”, disse Megaron.
Na quarta-feira (15), durante o encontro, Raoni anunciou uma aliança com o movimento extrativista do Acre, posando para imagens ao lado de uma das filhas do líder ambientalista Chico Mendes, assassinado em 1989, Ângela Mendes, e de Sônia Guajajara, da coordenação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
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O cacique Raoni (de cocar amarelo), a líder indígena Sonia Guajajara (de cocar azul) e Ângela Mendes (de branco), filha de Chico Mendes, posam para foto durante encontro nas margens do rio Xingu, em Mato Grosso – Bruno SantosFolhapress.
Em oposição a Raoni, a presidência da Funai, ocupada hoje por um delegado da Polícia Federal, decidiu desprezar o evento, ao não enviar nenhum representante e depois dizer, numa rede social, que o encontro era uma iniciativa “totalmente privada”, sem esclarecer que o governo comparece a vários fóruns de agropecuaristas, empresários e industriais.
À Folha Raoni disse que procurou pessoalmente, em Brasília, o órgão responsável pela política indigenista: “Eu tentei falar com o presidente da Funai e, como era período de recesso, então eu não consegui e fui ter contato com o assessor substituto dele para que comparecesse aqui nesse evento. Mas até agora não tive resposta e não tive presença dele nesse evento”.
Na lista dos problemas apontados pelos indígenas apareceu com destaque o risco de divisão do movimento indígena a partir da cooptação de lideranças pelo governo e por mineradoras, garimpeiros e arrendatários de terras indígenas.
“Infelizmente a gente sabe que tem muitas pessoas que se levantam se dizendo lideranças e que acabam se vendendo para o governo. […] Ficam querendo desarticular todas as ações, toda a organização que esses líderes conquistaram durante todo esse tempo”, disse o cacique caiapó Oro Mekragnotire, da Associação Florestas Protegidas.
Kaiulu Yawalapiti, presidente da Associação Yamurikumã das Mulheres Xinguanas, disse que é “bonito ver o discurso de união dos indígenas”, mas pediu que seja colocado em prática.
“Ultimamente estou vendo muita desunião dos povos indígenas dentro e fora do Brasil. Hoje éramos para estar muito fortes, hoje temos os jovens esclarecidos. Por que estamos fracos, por que será?”
O cacique Bepdjá Kayapó, de São Félix do Xingu (PA), afirmou que cinco aldeias não quiseram enviar representantes ao encontro promovido por Raoni “porque estão mexendo com ouro, madeira. Eu fico triste. O dinheiro faz a cabeça das lideranças. Não podemos deixar o ‘kubên’ [não indígena] comprar nós. Precisamos nos unir nesse momento”.
Outra preocupação levantada foi a degradação do atendimento à saúde indígena nas aldeias. Logo após a eleição de 2018, Cuba retirou seus médicos do interior do Brasil em resposta à escalada retórica de Bolsonaro contra o programa Mais Médicos.
A reposição nas aldeias é falha e lenta. Além disso, uma série de medidas administrativas vem esvaziando a saúde indígena especializada.
A advogada Maial Paiakan, de Redenção (PA), disse que os efeitos só foram amenizados a partir da reação dos índios, que no começo de 2019 bloquearam várias rodovias no país em protesto contra a ameaça de municipalização do atendimento.
Os indígenas prometem mobilizar forças no Congresso e na opinião pública. Em entrevista coletiva, Raoni disse que queria falar diretamente ao presidente.
“Bolsonaro, veja se faça coisas bonitas, veja se faça as coisas direito. Ajude seu povo. Ajude o povo indígena. Você vem fazendo as coisas querendo destruir. Você mesmo não está respeitando o seu povo. Você não tá respeitando meu povo indígena. Vê se me escuta. Vê se minha voz chega a você, para você respeitar seu povo e o povo indígena.”
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Programa Radioativo: TJAC promove aula inaugural do curso de Programador Full Stack
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23 de julho de 2024![](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_auto,q_lossless,ret_img,w_1536,h_864/https://www.acre.com.br/wp-content/uploads/2024/07/radioativo_senai_22-julho-2024-6-1536x864-1.jpeg)
Programa é fruto de parceria entre o TJAC, por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude e a Federação das Indústrias do Estado do Acre
A presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Regina Ferrari, e a coordenadora da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), desembargadora Waldirene Cordeiro, participaram da aula inaugural da turma do curso “Programador Full Stack”, do Programa Radioativo. O lançamento ocorreu nesta segunda-feira, 22, na Escola Senai, em Rio Branco.
O Programa Radioativo é desenvolvido pelo Poder Judiciário do Acre em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A iniciativa visa promover a qualificação de jovens e adolescentes em vulnerabilidade social, sob medidas socioeducativas ou vítimas de trabalho infantil. O intuito é inseri-los no mercado de trabalho formal.
Durante 1 ano e meio, 17 adolescentes devem se profissionalizar na área da tecnologia. O curso “Programador Full Stack”, de 1.400h, os capacitará a trabalhar nas mais diversas atividades do mercado tecnológico, como desenvolvimento e programação na web. De acordo com o professor Hildemar Lima, quando os participantes finalizarem, todos estarão aptos a criar sistemas e aplicativos.
Quem já está animado com o futuro é o jovem Kelven Santos, de 16 anos, morador do bairro Ivete Vargas. Ele afirma: “Meu objetivo aqui é sair profissionalizado, porque tenho familiares que têm esse curso e já foram morar fora do Brasil. Quero seguir este caminho”. E para deixar esse trajeto ainda mais acessível, o Programa Radioativo oferece uma bolsa de 990 reais, a fim de promover a permanência dos estudantes até a conclusão do curso. No total, mais de 260 mil reais estão sendo investidos.
Solenidade
A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, motivou os jovens e adolescentes a prosseguirem no curso e agradeceu o apoio dos parceiros do Programa Radioativo. “A gente busca, de fato, além de vocês receberem profissionalização, que irradiem conhecimento, a paz e a bondade. Quero agradecer também à Aleac, que pela segunda vez estamos nessa parceria para custear as bolsas de estudos.”, celebrou.
Em seu discurso, o diretor regional do Senai no Acre, César Dotto, deu as boas-vindas às alunas e alunos e endossou o compromisso desta ação com a inserção no mercado de trabalho. “É um dos objetivos do Programa Radioativo: as empresas abrirem portas para vocês [estudantes]. Então, aproveitem esse momento, acho que é uma oportunidade única”, ressaltou.
A coordenadora da CIJ, desembargadora Waldirene Cordeiro, destacou a importância dos profissionais de tecnologia e incentivou as alunas e alunos a se dedicarem nesta nova empreitada. “Não é um curso local, não é nacional, é mundial. A área de tecnologia é o futuro, e não é o futuro distante, é o de agora. Tudo é robotizado, por inteligência artificial. Ele vai abrir portas para vocês. Espero que se dediquem. Escutem e aprendam tudo que os professores estiverem ensinando”, disse.
De igual modo, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Luiz Gonzaga, responsável por uma emenda de 100 mil reais à iniciativa, enfatizou a cooperação dos três Poderes em assistir à população acreana. “Todos trabalhamos unidos para ajudar este trabalho que o nosso Tribunal de Justiça faz de assistência à sociedade”, salientou.
Na ocasião, o deputado estadual Eduardo Ribeiro afirmou: “Talvez alguns não saibam, mas esse programa inclusive ganhou um prêmio nacional pelo Conselho Nacional de Justiça”. O parlamentar fez referência à conquista do primeiro lugar, na categoria Tribunal, eixo Medida Socioeducativa, no Prêmio Prioridade Absoluta. E prosseguiu: “Nos traz muita alegria de poder ajudar, de poder alocar os nossos recursos. Aproveitem essa oportunidade. Muitos jovens gostariam de estar no lugar de vocês. Se dediquem”, frisou.
Por fim, o deputado estadual Adailton Cruz destacou o trabalho social do Judiciário acreano. “ O Tribunal de Justiça não faz só o papel de julgar e resguardar os direitos da sociedade, mas também contribui diretamente com o nosso futuro, que são vocês [estudantes]. Tenho certeza de que, se esse exemplo se disseminar mais, teremos um Acre, um Brasil melhor”, concluiu.
Participou também na aula inaugural a vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), Raimunda Holanda; a diretora da Regional do Vale do Juruá, Solange Chalub; servidores e servidores do TJAC; bem como as funcionárias e funcionários do Senai e novos estudantes.
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Com queda de 23,5%, Acre ainda tem 6 roubos a pedestres todos os dias
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22 de julho de 2024![](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_auto,q_lossless,ret_img,w_900,h_600/https://www.acre.com.br/wp-content/uploads/2024/07/roubo-900x600-1.webp)
Os roubos a pedestres caíram 23,5% no Acre em 12 meses, mas, levando em conta que ocorreram 2.230 casos em 2023, o Estado registrou ao menos seis crimes por dia, segundo os dados do Anuário da Segurança Pública 2024. A queda ocorrida no Acre só perde para a do Tocantins (-42,8%); Goiás (32,3%) e Amapá (25,1%).
De acordo com a Revista Universo, que se baseia no artigo 157 do Código Penal Brasileiro, o roubo a transeunte é um crime comum e corriqueiro caracterizado por assalto a indivíduos que são abordados enquanto transitam em vias públicas “com subtração de pertences de forma violenta”.
O sistema de segurança pública do Acre pouco aborda o tema e os detalhes sobre esse crime são escassos. Por outro lado, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública. A publicação é uma ferramenta importante para a promoção da transparência e da prestação de contas na área, contribuindo para a melhoria da qualidade dos dados. Além disso, produz conhecimento, incentiva a avaliação de políticas públicas e promove o debate de novos temas na agenda do setor. Trata-se do mais amplo retrato da Segurança Pública brasileira.
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Com 100 m², Memorial Chico Mendes é inaugurado em parque ambiental de Rio Branco: ‘Retomar conexão’
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7 de junho de 2024![](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_auto,q_lossless,ret_img,w_984,h_554/https://www.acre.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Chico-Mendes-memorial.avif)
Espaço fica no Parque Ambiental Chico Mendes, estava fechado desde 2021 e começou a ser revitalizado em dezembro do ano passado. Inauguração ocorreu nesta sexta-feira (7) faz parte da programação da Semana do Meio Ambiente.
Capa: Memorial Chico Mendes é inaugurado no Parque Ambiental Chico Mendes, em Rio Branco — Foto: Aline Nascimento/g1.
Como parte da programação da Semana do Meio Ambiente, foi inaugurado nesta sexta-feira (7) o Memorial Chico Mendes, no Parque Ambiental Chico Mendes, na capital acreana. O local, fechado desde 2021 para revitalização, já está aberto ao público para visitação.
A cerimônia contou com a participação de autoridades e parentes do líder seringueiro, morto em 1988. O espaço visa homenagear e preservar a memória de Chico.
Dentro do espaço de 100 metros quadrados há utensílios, aparelhos, livros e demais itens que contam a história do seringueiro. Além disto, há uma TV multimídia onde passa vídeos educativos, e o cantinho ‘Chico Ensina, que conta com livros infantis na temática ambiental. No centro do espaço, há uma seringueira, que é símbolo do estado, e um totem do próprio Chico em tamanho real na varanda do espaço.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Nasserala, o espaço estava deteriorado, oferecia riscos aos visitantes e, então, passou por reconstrução desde dezembro do ano passado. O valor da obra foi orçado em R$ 104,9 mil.
“Aqui no nosso parque é um lugar muito movimentado. Em 2021, até hoje, já passaram por aqui 558 mil pessoas nesse Parque Chico Mendes. Só esse ano foram 45 mil pessoas, então é um lugar que realmente tem que preservar. Sem falar que nós temos visitantes do mundo inteiro aqui. E chegando aqui, visitava o parque, céu aberto, mas faltava exatamente a característica, o local que deu origem ao nome do nosso grande Chico Mendes”, complementou.
A gerente do parque, Joseline Guimarães, falou que o local é um atrativo para a população e que esse momento de devolução é importante para que as pessoas rememorem o legado e a luta de Chico Mendes.
“É um espaço que conta toda a luta, o legado do Chico Mendes, e também vai ser um espaço multiuso, um espaço cultural, onde os artistas acreanos podem fazer o seu vernissage, atividades educativas, reuniões”, diz.
Legado
Sandino Mendes, filho do líder ambiental, participou da cerimônia de abertura do espaço e destacou que o local traz o objetivo de eternizar a luta de Chico e mostrar a importância dele para as futuras gerações.
“A inauguração do Memorial de Chico Mendes serve não só como um espaço para preservar a memória do meu pai, esse grande líder, mas que também nos inspira a dar continuidade aos seus ideais, a sua luta, ao seu legado”, falou.
Angélica Mendes, neta de Chico, pontuou também sobre legado e do reconhecimento internacional dele. Além disto destacou também sobre a necessidade de perpetuar a causa ambiental, que é de responsabilidade de toda a sociedade.
“Esse parque ele representa muito não só pra gente, como família, mas pra toda a população de Rio Branco, porque a gente precisa de áreas verdes, a gente precisa voltar essa conexão que a gente tem com as flores. A gente precisa retomar a conexão com as nossas raízes. É muito importante porque nós somos amazônidas, nós somos Amazônia, nós somos o presente e nós somos o futuro”, frisou.
sta causa também foi pontuada pelo prefeito Tião Bocalom durante o discurso de inauguração. “Meio ambiente não é só árvore e bicho. Meio ambiente é tudo […] quando o espaço é bem cuidado, as pessoas têm uma melhor qualidade de vida”, destacou.
Semana do Meio Ambiente
Em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, pelo menos mil árvores foram plantadas em Rio Branco nesta quinta-feira (6). Com o tema “Cuidar da Amazônia é cuidar da vida”, a Semana do Meio Ambiente é promovida na capital com programação que ocorre entre os dias 5 a 7 de junho.
Na manhã desta quinta, 500 mudas de árvores foram plantadas no início do Parque Ipê até o entorno do Parque do Tucumã, e contou ainda com a participação de 70 estudantes da rede pública de ensino. A tarde, mais 500 foram plantadas.
As datas comemorativas são em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na última quarta-feira (5). Durante esta semana, palestras e demais abordagens sobre meio ambiente e mudanças climáticas são abordadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia).
![Iniciativa da Semeia planta 500 mudas de árvores no Parque do Tucumã, em Rio Branco, nesta quinta-feira (6) — Foto: Val Fernandes/Asscom - Prefeitura de Rio Branco](https://s2-g1.glbimg.com/7HxaD38u30h11WPJyfgqk3Kiv6c=/0x0:1280x852/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/P/4/65DU5wRDueWKWzA3u0FQ/whatsapp-image-2024-06-06-at-11.38.18.jpeg)
Iniciativa da Semeia planta 500 mudas de árvores no Parque do Tucumã, em Rio Branco, nesta quinta-feira (6) — Foto: Val Fernandes/Asscom – Prefeitura de Rio Branco
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