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Belo Horizonte: quem é o vice que assume no lugar…

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Belo Horizonte: quem é o vice que assume no lugar...

Ramiro Brites

Internado desde a última sexta-feira, 3, em decorrência de uma insuficiência respiratória aguda provocada por uma pneumonia, o prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD), reeleito em 2024, se afastou do cargo por quinze dias para fazer o tratamento de saúde. Em seu lugar, assume a prefeitura da capital mineira o seu vice, Álvaro Damião (União Brasil), que começou a trabalhar nesta segunda-feira, 6 — a previsão é que ele fique no cargo até o próximo dia 20.

Damião, que tem 54 anos de idade, é formado em jornalismo e trabalhou por 30 anos como repórter esportivo. Ele cobriu cinco Copas do Mundo, duas Olimpíadas, três Pan-Americanos e três Copas América pela Rádio Itatiaia. Também apresentava programas de esportes na TV Alterosa, afiliada ao SBT. Ele entrou na vida pública por meio do futebol amador, após trabalhar em uma campanha vitoriosa do Inconfidência, campeão da Copa Itatiaia, principal torneio “de várzea” da capital mineira. O elenco contava com o atual atacante do Flamengo, Bruno Henrique, e o seu irmão, considerado “rei da várzea” e apelidado de Juninho Neymar.

“Em 2011 para 2012, quando o Inconfidência foi campeão da Copa Itatiaia, eu me envolvi demais com o time até por causa dessa questão do Bruno Henrique e do Juninho Neymar. Eu me envolvi ainda mais com a comunidade e nesse meu envolvimento com a comunidade, o Inconfidência campeão, muita gente falou: ‘Oh Damião, você precisa ser o nosso vereador’”, contou o vice-prefeito no podcast Bora Pra Resenha.

O Inconfidência é o time do bairro Concórdia, um dos mais tradicionais da capital mineira, onde Álvaro nasceu em 1970 e cresceu numa família com sete irmãos mais velhos. Ele é filho de uma faxineira e de um policial militar, que morreu antes do nascimento de Damião.

O primeiro partido de Damião foi o PSB. Hoje, ele culpa a legenda por não ter sido eleito vereador em 2012, quando fez 6.093 votos, que não foram suficientes para obter o mandato — ele ficou como suplente. Em 2016, ainda pelo PSB com 10.869 votos, ele foi eleito vereador pela primeira vez. Foi reeleito em 2020, já filiado ao DEM, que depois se fundiria ao PSL para formar o União Brasil. Ele também foi candidato a deputado federal em 2018 e 2022, mas ficou como suplente nas duas tentativas.

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Em 2024, Damião foi escolhido como vice de Fuad Noman em uma negociação para acomodar o União Brasil na candidatura do PSD. Pelo passado na Câmara Municipal, foi alçado à posição de secretário de Governo, responsável pela articulação com os vereadores. De saída, porém, teve uma derrota na eleição da Mesa Diretora e perdeu a secretaria — Damião insistiu em tentar eleger Bruno Miranda (PDT), antigo líder do governo como presidente da Casa, contrariando uma determinação de Noman de não se envolver na disputa. O vencedor foi Juliano Lopes (Podemos), apadrinhado pelo secretário da Casa Civil do governo Romeu Zema, Marcelo Aro (PP). A derrota foi vista como uma exposição desnecessária para o novo governo municipal e, por isso, Damião cedeu o lugar na secretaria ao seu antecessor, Anselmo Domingos.

Saúde de Fuad

O último boletim médico de Fuad Noman, publicado nesta segunda-feira, 6, diz que o prefeito segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei, mas o quadro evoluiu positivamente nas últimas 24 horas.

Com melhora nos parâmetros respiratórios, o prefeito foi extubado — ou seja, retirou a ventilação mecânica. O boletim também diz que os exames inflamatórios e infecciosos apresentaram melhora. O prefeito respondeu e obedeceu aos comandos solicitados pela equipe médica.

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Fuad, que tem 77 anos de idade, sofre os desdobramentos de um tratamento contra o câncer. O prefeito da capital mineira disse em julho de 2024 que foi diagnosticado com um linfoma não hodgkin (LNH), um tipo de câncer com origem no sistema linfático.

Em 23 de novembro, o prefeito foi internado no hospital Mater Dei com dores nas pernas e foi diagnosticado com “neuropatia periférica secundária”, uma decorrência do tratamento contra o câncer. Ele recebeu alta cinco dias depois. Em 7 de dezembro, uma pneumonia levou o prefeito novamente ao hospital. Ele teve alta no dia 15, mas quatro dias depois, em 19 de dezembro, voltou à internação com um quadro de diarreia e desidratação

O tratamento o deixou com baixa imunidade e, por isso, o prefeito eleito tomou posse na quarta-feira, 1º, de forma virtual. O discurso de posse foi transmitido no plenário e Noman, com visível dificuldade de falar, prometeu defender e cumprir as constituições estadual e da República.

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Reeleição no segundo turno

Fuad Noman assumiu a prefeitura de Belo Horizonte após Alexandre Kalil (PSD) renunciar ao cargo em 2022 para concorrer ao governo de Minas Gerais. Na tentativa para recondução do cargo, Noman chegou a ficar atrás do deputado estadual Bruno Engler (PL) no primeiro turno, mas angariou mais apoios na reta final e foi reeleito com 53,73% dos votos.



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Lula dá a Sidônio Palmeira um poder que só um sele…

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Lula dá a Sidônio Palmeira um poder que só um sele...

Daniel Pereira

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) não está na lista dos ministérios mais importantes, apesar de seu titular se reunir com frequência com o presidente da República e ter gabinete no Palácio do Planalto. Nos dois primeiros anos do atual governo, a pasta se restringiu basicamente a uma atuação institucional e se transformou num dos alvos preferenciais das reclamações dos governistas, inclusive de Lula.

Ao substituir o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, o presidente não fez apenas uma tentativa de profissionalizar a comunicação, passando o seu comando para alguém que entende do riscado. Na hierarquia do poder, ele também mudou o status do chefe da Secom, já que Sidônio assume como um ministro de primeira linha, ombreando em prestígio com Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda).

Carta branca do chefe

Os sinais de poder de Sidônio ficaram evidentes na primeira reunião ministerial do ano, na qual ele foi a grande estrela e, com o aval de Lula, passou uma série de diretrizes para os colegas de governo. O marqueteiro também já recebeu carta branca para cobrar providências de outros ministros — seja para divulgar ações que possam render popularidade, seja para evitar crises de imagem. Ele já está fazendo isso, por exemplo, na Saúde.

A atuação de Sidônio, que trabalhou nas duas últimas campanhas presidenciais do PT, extrapolará a comunicação. Ele terá assento garantido em reuniões que tratarão de projetos e programas prioritários. Por determinação de Lula, o ministro participou da reunião que definiu os vetos no projeto que regulamentou a reforma tributária.

Antes, mesmo sem ter assumido o cargo, também foi consultado sobre o pacote de corte de gastos anunciado no fim do ano passado. Na ocasião, defendeu a posição, que saiu vitoriosa, de que o governo deveria divulgar — juntos com as tímidas medidas de contenção de despesas — a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 000 reais, iniciativa que repercutiu muito mal no mercado.

Segundo um ministro, o poder dado por Lula a Sidônio tem uma explicação: o presidente só pensa na reeleição e será candidato: “Com o marqueteiro no Planalto, Lula ativou o modo campanha”. Em seu segundo mandato, o petista também nomeou para a Secom um quadro com bastante prestígio político: o jornalista Franklin Martins, que, além das missões específicas no setor, era um dos principais conselheiros políticos do presidente.



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O temor do governo Lula com a ascensão da dupla Tr…

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O temor do governo Lula com a ascensão da dupla Tr...

Laryssa Borges

Donald Trump mal tinha conquistado o voto de 277 delegados eleitorais – sete a mais do que o necessário nas eleições indiretas nos Estados Unidos – no início de novembro quando o governo brasileiro começou a fazer as contas. Com o retorno do republicano à Casa Branca e a ascensão do excêntrico Elon Musk como conselheiro presidencial, auxiliares do presidente Lula concluíram que, a partir de 2025, a dupla usaria todas as ferramentas disponíveis em redes sociais para propagar discursos que, replicados por influencers e parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, poderiam atingir o governo federal e amplificar ataques e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mesmo barrados em cerimônias que compuseram a posse de Trump na segunda-feira, 20, apoiadores de Bolsonaro – de parlamentares do PL ao deputado Eduardo Bolsonaro – sempre trataram a vitória trumpista como tábua de salvação e ferramenta para que ganhassem fôlego pautas caras a eles, como a aprovação de uma anistia política no Congresso, a divulgação falsa de que o país vive sob o jugo de uma ditadura do Judiciário e a eventual revogação de vistos de entrada de ministros do STF aos Estados Unidos. Ladeado pelos principais representantes das big techs na posse, o presidente americano disse a que veio e, em um de seus primeiros atos, desobrigou plataformas de retirar postagens do ar a pedido do governo.

Dada a imprevisibilidade de Trump, setores do Executivo trabalham com diferentes cenários sobre uma potencial enxurrada de posts que, sob uma pretensa liberdade de expressão ilimitada, ataquem o governo brasileiro e o STF. VEJA colheu de ministros e integrantes do primeiro escalão as seguintes avaliações:

  • a partir de uma postagem de Trump ou de Musk, usuários com alta capilaridade nas redes replicariam, por exemplo, ataques ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que no ano passado suspendeu o X no Brasil após a plataforma se recusar a cumprir ordens judiciais.
  • mais do que simples impulsionamento de conteúdo, o governo acredita que o estouro do vídeo do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira sobre o monitoramento de movimentações financeiras via pix no Instagram, plataforma de Mark Zuckerberg, pode ter sido o primeiro exemplo de uma suposta interferência das redes na pauta doméstica brasileira.
  • na reunião ministerial do dia 20, o novo ministro da Secretaria de Comunicação Sidônio Palmeira disse que não só o Brasil é alvo potencial do que chamou de “coesão” entre Donald Trump e as big techs e afirmou que acredita que a regulação das redes, hoje sob julgamento no STF, é a principal ferramenta de defesa contra posts que espalhem fake news ou violência.





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Ministro interrompeu férias só para participar da…

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Ministro interrompeu férias só para participar da...

Gustavo Maia

Um dos dois ministros do União Brasil no governo Lula, Juscelino Filho (Comunicações) tinha avisado ao presidente que não poderia ir à reunião ministerial da segunda-feira passada, em Brasília, porque estaria em uma viagem de férias com a família, programada com bastante antecedência.

Ele, aliás, já havia interrompido seu período de descanso no último dia 10 para participar de outra reunião com Lula, sobre a decisão da Meta de acabar com as equipes de moderação de conteúdo.

Em meio à expectativa por trocas no primeiro escalão, o ministro recebeu o recado de até estava com crédito, mas que o chefe fazia questão da presença de todos os 38 auxiliares. Achou melhor deixar a família temporariamente para ir a Brasília, retornando em seguida para curtir o resto das férias, até o fim do mês.





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