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Buggy gera disputa judicial envolvendo alemão e cearense – 28/01/2025 – Mercado

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6 meses atrásem
Italo Nogueira
O quase artesanal mercado de fabricantes de buggy novo teve uma notícia surpreendente em 2021: um grupo alemão decidiu investir R$ 30 milhões para a produção da antiga marca Fyber em Paracuru (CE), cidade do litoral a 90 km de Fortaleza.
Quase quatro anos depois, o investimento não aconteceu, o grupo alemão reduziu a produção e os compradores de buggies ainda não sabem quem ao certo é o real dono da tradicional marca do veículo. Há uma fábrica Fyber em Paracuru e outra em Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza, tocada por um empresário local.
As duas empresas protagonizaram uma disputa na Justiça Federal pela marca criada na década de 1980 no Ceará. O grupo alemão Axxola teve uma vitória em 2023 no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas o empresário cearense Nil Araújo segue usando o nome em seus modelos.
A disputa começou em 2019, quando o grupo Axxola afirma ter adquirido os direitos sobre a marca Fyber. Logo em seguida, a empresa alemã entrou na Justiça para impedir Araújo de utilizar o nome Fyberstar nos modelos que produzia.
A firma alemã alegou que havia comprado os direitos da marca junto à empresa que a detinha junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), tendo o direito sobre ela e suas variações.
Araújo, por sua vez, afirmou à Justiça que sua empresa detinha o direito de uso da marca Fyber no Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), enquanto a alemã havia adquirido, na verdade, a marca de mesmo nome para veículos agrícolas.
O processo se encerrou em 2023 com a vitória judicial da Axxola, que atualmente vende o Fyber X. Araújo abandonou a produção do Fyberstar e passou a comercializar o buggy Fyber 2000, que também afirma ter direito junto ao Denatran.
“Não estamos usando a marca da litigância. Estamos cumprindo a decisão da Justiça”, afirmou o empresário.
Durante a disputa, o grupo Axxola, que também é dono de uma pousada em Paracuru, anunciou um investimento de R$ 30 milhões na cidade.
“Não nos preocupamos com desafios de curto prazo, como a economia no próximo ano ou no ano seguinte a ele. Um produto como o buggy Fyber e o estilo de vida associado a ele não depende do PIB ou da inflação”, escreveu Dirk Witternborg, CEO da Axxola, em artigo no jornal O Povo em setembro de 2021.
Mais de três anos depois, o investimento não saiu e chegou a se reduzir, segundo o ex-prefeito de Paracuru, Beim (PSB).
“Eles reduziram a produção para 20% dos funcionários. Está funcionando nessa pegada muito leve. A promessa da empresa é que vai voltar a fabricar. Seria um investimento de grande porte. É um município de 40 mil habitantes, mas nosso potencial é turístico. A parte industrial ainda não estreou”, disse Beim.
O vice-presidente da Fyber “alemã”, Jeff Stone, afirmou à Folha, por email, que a empresa teria capacidade de produzir 200 veículos por ano, mas “está focada em uma produção de pequena escala, priorizando melhorias constantes no modelo atual e no desenvolvimento de novos modelos”.
O executivo mantém a promessa de grandes investimentos para o futuro e afirma haver expectativa de uma nova unidade fabril da marca.
“Estamos em negociações com mercados de exportação para implementar modelos de produção licenciada, o que pode ser totalmente adotado no futuro, permitindo que a empresa se concentre no desenvolvimento de produtos e marcas. Além disso, estamos em tratativas positivas com outros estados para viabilizar uma nova fábrica que seria operada por um licenciado”, afirmou Stone.
O projeto da Fyber, diz Stone, não envolve apenas a produção e venda dos buggies, que seria “apenas uma parcela da nossa receita total”.
“Nosso objetivo com a Fyber é transformar a marca em um conceito de estilo de vida que inspire momentos de alegria e diversão. O buggy é apenas um dos elementos de um plano maior. Estamos criando um conceito que permitirá a turistas explorar a beleza da costa brasileira, participar de passeios guiados e oferecer buggies para proprietários de imóveis de férias no Ceará e em outras regiões”, disse o vice-presidente da marca.
“Além disso, mercados internacionais têm demonstrado interesse em trazer um pouco do ‘sabor brasileiro’ para o exterior. Este projeto também inclui um programa de merchandising para apoiar a marca. No geral, a venda de buggies representará apenas uma parcela da nossa receita total.”
O executivo minimizou o impacto da disputa judicial pela marca, bem como a utilização de nome semelhante por um concorrente.
“A execução de decisões judiciais no Brasil é um processo que pode levar bastante tempo, e muitas vezes os infratores conseguem escapar da execução por se ocultarem ou não disporem de patrimônio para satisfazer a dívida executada. Apesar disso, o mercado já reconhece que há apenas uma Fyber original”, afirmou Stone.
Araújo não quis comentar os planos da sua empresa. Reafirmou apenas que não está utilizando a marca objeto da disputa judicial.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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