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Carnaval mostrou que TV carece de apresentadores negros – 07/03/2025 – Guia Negro

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4 meses atrásem

Guilherme Soares Dias
Enquanto atrizes e atores negros ganham cada vez mais espaços nas novelas, os programas de entretenimento ainda carecem de apresentadores e apresentadoras negras. Ter programas com DNA da negritude, pensados, comandados e feitos para pessoas negras e periféricas parece ainda mais distante. A cobertura do carnaval na TV mostrou que temos muitos talentos e que os canais têm muito a ganhar dando mais espaço para pessoas que se parecem com 56% dos brasileiros.
Mesmo com sua política de diversidade, os grandes destaques da TV Globo em 2024 foram a contratação de Eliana, vinda do SBT, e Ana Clara ganhando o posto de apresentadora do Estrela da Casa, mantendo a hegemonia branca nas telas. Tati Machado toda semana “ganhava” nos sites especializados um programa ou projeto solo, enquanto sua colega de Encontro Valeria Almeida era esquecida. No carnaval, Valeria mostrou que tem borogodó e estofo para comandar projetos sola.
Outra que há muito se destaca é Rita Batista, com longa carreira em emissoras baianas e nacionais, ela domina o ao vivo, é carismática, tem repertório e sabe improvisar. Quando atua como mestre de cerimônias em eventos, sempre rouba a cena. Quem já a viu apresentando sabe que Rita precisa de um programa para chamar de seu, para além do É de Casa, Saia Justa e Glô na Rua.
Karine Alves também esbanjou simpatia e seu conhecimento sobre samba na cobertura do carnaval carioca e tem mesclado bem os projetos no esporte (ganhou o melhores do ano como profissional do esporte em 2024 e assume o Esporte Espetacular) e os de entretenimento (além do carnaval esteve à frente do reality Craque da Voz, ao lado de Galvão Bueno).
Kenya Sade é uma das boas exceções e tem ganhado destaque nos festivais e eventos musicais na TV Globo, além de ter continuado no The Masked Singer. Em 2025 foi poupada da cobertura do carnaval, mas deve ter destaque em eventos como o show de Lady Gaga, no Rio em maio, e no The Town, em agosto em São Paulo.
Manoel Soares, que saiu da Globo após passar meses em conflito com Patrícia Poeta, nunca mais teve o nome ventilado para nenhum programa de TV. Parece confortável realizando os próprios projetos na internet, mas faz falta na telinha, onde levava leveza e informação com uma presença marcante.
Regionalmente, a Globo tem dado destaque para apresentadores negros oriundos do jornalismo como Mariana Bispo, que apresentou no Rio o Vim de lá: comidas pretas, ao lado do ícone das coberturas carnavalescas Milton Cunha; Mariana Aldano, que comandou temporadas do Mistura Paulista em São Paulo e Luana Assiz, que após algumas edições do Conversa Preta ganhou o comando do Conexão Bahia.
A TV Cultura tem como destaque Adriana Couto, à frente do Metrópoles há 15 anos, mas cortou programas como Na Cadência do Samba, Negros em Foco e Estação Livre em setembro do ano passado. Cris Guterres, que apresentava o Estação Livre, um dos poucos programas dirigidos e apresentados por pessoas negras, foi demitida junto com a equipe em 2024 por falta de verbas na emissora. O programa ocupava o horário (sexta às 22h) em que foi exibido por mais de uma década o Manos e Minas, que é um dos mais longevos a falar com esse público. O programa sobre música existe desde 2008 e nasceu como um quadro do Metrópoles em 1993. Chegou a ser cancelado em 2010, mas voltou ao ar meses depois após pressão da classe artística.
O Estação Livre ainda não conseguiu reverter a situação. O programa passou a ser ameaçado com a chegada do governador Tarcísio Freitas ao governo, com adoção de corte de gastos na emissora pública. “Era visto com pauta identitária, enquanto sabemos que a pauta da população negra é universal”, afirma Cris, lembrando que o programa pautava pessoas negras falando de assuntos diversos. “Estávamos só existindo na televisão, sem ter que falar de racismo. Reunimos profissionais negros para falar de medicina, direito, tecnologia, psicologia, felicidade, turismo… Mostramos que nós, negros, podemos falar de qualquer coisa”, reforça.
O SBT, que mexe na programação semanalmente, não tem nos seus quadros apresentadores negros no entretenimento, assim como Record e Band. É importante lembrar de Netinho de Paula que, polêmicas à parte, esteve à frente de programas dominicais e entrou para o imaginário do povo preto com seu “Dia de Princesa”, que dava audiência, repercussão e bons rendimentos econômicos para as emissoras por onde passou. Está mais do que na hora das emissoras entenderem que ter quem se parece com o povo sempre vai render identificação e novas narrativas, além de retorno comercial e audiência.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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