NOSSAS REDES

ACRE

Cavalgada 2022 deve ter mais de 150 agentes fazendo a segurança em Rio Branco

PUBLICADO

em

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) apresentou, nesta segunda-feira (18), o esquema de segurança montado para a Cavalgada e a Expoacre 2022. A abertura da feira agropecuária, feita com uma cavalgada saindo da Gameleira até o Parque de Exposições Wildy Viana, no dia 30 de julho, vai contar com 160 agentes.

Policiais militares, civis, penais, bombeiros, agentes de trânsito e equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estarão fazendo a segurança na Cavalgada. Este ano, as comitivas não seguem até o Parque de Exposições, apenas cavalos e quadriciclos.

Segundo a organização, a concentração se dará na Gameleira para as comitivas e na Via Chico Mendes, na proximidade da rotatória do Arasuper, para os cavalos. A expectativa de público para a Expoacre é de 10 a 30 mil pessoas.

A Expoacre começa no dia 30 de julho e termina dia 7 de agosto com exposição de produtos, shows dos cantores Wesley Safadão, Maiara e Maraísa, Netto e Henrique, João Gomes, Tarcísio do Acordeon e Vítor Fernandes, rodeio, prova de vaquejada, prova de motocross e prova de laço em dupla, provas de tambor, entre outras atrações.

Além da Cavalgada, a Sejusp falou também sobre as medidas adotadas este ano para garantir a segurança dos participantes. Entre as novidades apresentadas está a proibição da participação e permanência de presos monitorados com tornozeleiras eletrônicas na cavalgada e também no Parque de Exposições, exceto se estiverem trabalhando.

A fiscalização, acompanhamento e retirada dessas pessoas serão feitos pela Polícia Penal. “A Polícia Penal que tem esse controle. A partir do momento em que for identificado será notificado e não poderá permanecer no espaço do parque e será convidado a se retirar”, destacou o comandante da Polícia Militar, coronel Paulo César.

O secretário de Segurança Pública do Acre, coronel Paulo Cézar dos Santos, explicou que o efetivo também vai aumentar nas noites de feira. A segurança do interior e exterior do parque deve contar com 226 agentes, além do policiamento ordinário que é feito diariamente.

Segurança será reforçada na cavalgada e nas noites da feira  — Foto: Alexandre Noronha/Secom/Arquivo

Segurança será reforçada na cavalgada e nas noites da feira — Foto: Alexandre Noronha/Secom/Arquivo

Ele falou também que a Delegacia Itinerante, montada no Parque de Exposições em anos anteriores, vai receber os flagrantes feitos na feira. Será montada ainda uma Sala de Acolhimento à Mulher e Crianças Vítimas de Violência.

“Além da segurança interna, temos os acessos que estão entre as principais preocupações em relação ao trânsito. Nesse sentido, não apenas a Polícia Militar, como a Ciftran [Coordenadoria Integrada de Fiscalização de Trânsito], que é a unidade de trânsito do Detran-AC, e a RBTrans estarão reforçando no sentido de garantir fluidez e evitar acidente. Além do policiamento convencional, o policiamento é realizado pela Polícia Militar e, consequentemente, as medidas a título do que já aconteceu nos últimos anos que a feira agropecuária seja um exemplo de paz e tranquilidade”, frisou.

Medidas adotadas

Outra novidade adotada esse ano é a proibição da venda de bebidas alcoólicas em garrafas de vidro.

“É uma festa, queremos que as pessoas participem com bastante amor, tranquilidade e que não façam uso excessivo de bebida alcoólica, que estejam próximos das suas crianças. Pedimos sempre a compreensão de que, qualquer iminência de um provável problema, que peça ajuda de algum agente da segurança pública”, pontuou o diretor Operacional da Segurança da Polícia Militar, tenente-coronel Atahualpa Rivera.

No último dia 8, o Comitê de Acompanhamento Especial da covid-19 no estado definiu, em reunião extraordinária, as medidas de prevenção que devem ser adotadas durante a Expoacre, Expojuruá, e no âmbito das escolas da rede estadual de educação. Dentre as determinações está a cobrança da carteira de vacinação, obedecendo o esquema vacinal por faixa etária.

Com isso, só será permitida a entrada de pessoas vacinadas contra a Covid-19 ou com apresentação de um exame feito nas últimas 48h com resultado negativo para a doença. Equipes de saúde estarão vacinando o público contra a doença na feira agropecuária.

Dudé Lima, responsável pela organização da feira, reforçou que todas as medidas sanitárias serão cumpridas para evitar que o evento seja adiado.

“Garanto que tudo que for possível com relação a medidas sanitárias vão ser adotadas na Expoacre. A Expoacre vai exigir a carteirinha de vacinação, vai vacinar quem quiser ser vacinado, vai dá acesso para quem quiser fazer exame, quem não se vacinou precisa apresentar o exame feito em 48 horas para poder acessar o parque. As medidas sanitárias serão adotadas, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde [Semsa], que é responsável pela vacina vai estar presente, a Secretária de Saúde está ciente”, contou.

Essa edição também vai contar com a emissão do novo modelo da carteira de identidade. A organização também vai montar uma estação especial de embarque de ônibus, no acesso principal do Parque de Exposições, com uma linha especial após às 23h para os participantes. O desembarque será feito na prefeitura, no Centro. Também haverá um ponto especial de táxi e mototáxi próximo ao quartel da Polícia Militar.

“A nossa maior preocupação são as crianças, quando há grandes aglomerações a identificação prévia de crianças através pulseiras ou cordões que permitam identificar crianças para que não tenham condições de externar de forma precisa endereços e telefones. A outra preocupação é em relação ao consumo de bebida alcoólica, os órgãos de trânsito de fiscalização estarão atentos a fim de evitar acidentes”, confirmou o secretário Paulo Cézar dos Santos.

O Ministério Público do Acre (MP-AC) e a Secretaria de Meio Ambiente assinara um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) sobre a proteção dos animais e o meio ambiente. Um TAC sobre a participação e permanência de crianças e adolescentes na feira será assinado ainda essa semana.

Colaborou o repórter Eldérico Silva, da Rede Amazônica Acre.

ACRE

Equipe do TJAC apresenta projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” para colégios de Cruzeiro do Sul

PUBLICADO

em

Planos de trabalho estão sendo desenvolvidos com as seis unidades escolares públicas selecionadas para participar da iniciativa  

A equipe do Núcleo Permanente de Justiça Restaurativa (NUPJR) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) realizou na última quinta-feira, 11, no auditório do Núcleo da Secretaria de Educação do Acre, uma palestra de apresentação do projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” para as diretoras e diretores dos colégios de Cruzeiro do Sul que farão parte desta iniciativa.



Segundo a servidora do NUPJR, Mirlene Taumaturgo, a ação além de atender ao Termo de Cooperação estabelecido entre o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), oportuniza o cultivo de habilidades resolutiva dentro da comunidade escolar, relevante para solução de pequenos conflitos.

Nesta primeira edição do projeto na cidade de Cruzeiro do Sul, foram selecionadas para participar as escolas públicas: Dom Henrique Ruth, Professor Flodoardo Cabral, João Kubitschek, Absolon Moreira, Craveiro Costa e Professora Quita. 

Diálogo entre servidores 

Durante a estadia em Cruzeiro do Sul, a equipe do NUPJR dialogou sobre o impacto positivo da implementação de competências da justiça restaurativa no ambiente de trabalho, com as servidoras da comarca de Cruzeiro do Sul, Rozélia Moura e Rasmilda Melo, ambas integrantes do curso de formação em justiça restaurativa voltado para o Judiciário.   

 

Continue lendo

ACRE

MPAC e Polícia Militar cumprem mandados judiciais contra investigados por ameaça a desembargador

PUBLICADO

em

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Promotoria Criminal de Feijó, em conjunto com a Polícia Militar do Acre (PMAC), deflagrou nesta quarta-feira, 17, a “Operação Algar”, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra dois investigados no município de Feijó.

A operação faz parte do procedimento de investigação criminal instaurado pelo MPAC para apurar a prática do crime de ameaça perpetrado contra um desembargador do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Durante as buscas, foram apreendidas duas armas de fogo além de celulares e mídias.



Conforme informações contidas nos autos, a ameaça ocorreu em decorrência da atividade jurisdicional do desembargador no julgamento que gerou a inelegibilidade de um ex-prefeito do município.

Considerando a necessidade de aprofundar as investigações, especialmente na identificação de possíveis coautores da ameaça, o MPAC solicitou o afastamento da garantia à inviolabilidade da intimidade e do domicílio, conseguindo a expedição do mandado de busca e apreensão, com autorização para acessar dispositivos eletrônicos móveis, bem como a suspensão da posse e porte de arma dos investigados, apontados como o autor direto e mandante da ameaça, e seu irmão, apontado como possível executor.

O nome da Operação Algar faz referência ao sinônimo da palavra “cova”, pois no contexto da ameaça, foi mencionado que o desembargador seria levado “para o buraco”.

Continue lendo

ACRE

Embrapa do Acre alerta para o surto da mandarová, lagarta que é a maior ameaça à cultura da macaxeira no estado

PUBLICADO

em

O maior inimigo da cultura da macaxeira no Acre, uma atividade estratégica para a economia do Estado, tem nome, é bem pequena, mas tem um poder devastador.

A mandarová, uma lagarta que é capaz de destruir plantações inteiras em poucos dias. O combate aquela que é considerada hoje o maior inseto-praga das plantações de macaxeira é um desafio para diminuir o surto que, conforme registros da Embrapa, chegou ao Acre pela primeira vez em 1980.



Em um artigo, o biólogo Rodrigo Souza Santos, doutor em Entomologia Agrícola e pesquisador da Embrapa Acre, alerta sobre os cuidados necessários para evitar a destruição dos plantios pela lagarta. As orientações vão desde o uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, que podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área, até a catação manual e até a produção de um inseticida biológico, produzido a partir das próprias lagartas mortas, que pode ser “fabricado” pelos próprios produtores rurais.

Leia o artigo abaixo na íntegra:

Surto populacional de insetos: o caso do mandarová-da-mandioca no Vale do Juruá

A mesorregião do Vale do Juruá corresponde a oito municípios do estado do Acre (Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão), com área de 85.448 km² e população aproximada de 250 mil habitantes. A farinha de mandioca desempenha importante papel socioeconômico para as populações rurais acreanas, especialmente do Vale do Juruá. Além de gerar trabalho e renda no campo, é componente básico da dieta alimentar de grande parte das famílias. Em 2018, a tradicional farinha produzida em Cruzeiro do Sul entrou para a lista de produtos com selo de indicação geográfica, que atesta sua procedência e qualidade.

A produção de mandioca é uma atividade estratégica para a economia acreana, mas, como toda cultura agrícola, enfrenta entraves que podem representar ameaça ao fortalecimento desse arranjo produtivo local, destacando-se a incidência de pragas. Atualmente os insetos-praga associados ao cultivo da mandioca no estado do Acre são: a mosca-das-galhas [Jatrophobia brasiliensis (Rüebsaamen)], mosca-branca [Bemisia tabaci (Genn.)], percevejos-de-renda [Vatiga manihotae (Drake), Vatiga illudens (Drake) e Gargaphia opima (Drake)], formigas-cortadeiras [Atta spp. e Acromyrmex sp.], broca-da-haste [Sternocoelus sp.] e o mandarová-da-mandioca [Erinnyis ello (L.)]. Esse último é considerado o inseto-praga mais importante da cultura, devido aos danos que provoca em altas infestações.

O mandarová-da-mandioca, conhecido como “gervão”, “mandarová”, “mandruvá” ou “lagarta-da-mandioca”, é uma mariposa (ordem Lepidoptera) com 90 mm de envergadura, coloração acinzentada e faixas pretas no abdome. As asas anteriores são de coloração cinza e as posteriores são vermelhas com bordos pretos. Na fase jovem, os insetos causam danos às suas plantas hospedeiras, visto que as lagartas são herbívoras vorazes, podendo consumir até 12 folhas bem desenvolvidas em 15 dias. Por outro lado, quando adultos, se alimentam de néctar e não causam danos à cultura.

Todo inseto herbívoro é classificado como praga a partir de seu nível populacional e nível de dano que provoca na planta hospedeira. No estado do Acre, frequentemente são registrados surtos do mandarová em plantios de mandioca, especialmente na região do Vale do Juruá, mas também já houve registro de surto populacional desse inseto-praga em cultivos de seringueira. Entretanto, o mandarová é um inseto polífago, podendo se alimentar de mais de 35 espécies de plantas.

Um surto populacional de insetos é um evento de alta complexidade, determinado por diversos fatores (bióticos e/ou abióticos) interligados, extremamente difícil de se prever. No entanto, algumas situações certamente contribuem para ocorrência desse evento, tais como: 1) monocultivo – sistema de produção que simplifica o ecossistema e permite aos insetos acessarem grande quantidade de recurso alimentar, geralmente em plantas com baixa diversidade genética; 2) temperatura, luminosidade, umidade e precipitação – os insetos necessitam de condições abióticas ótimas para se desenvolverem e reproduzirem; 3) controle biológico natural – os inimigos naturais (predadores, parasitoides e entomopatógenos) são responsáveis pela regulação de populações de insetos herbívoros em condições naturais. Assim, a ausência de inimigos naturais permite que os herbívoros se proliferem mais rapidamente; e 4) potencial biótico do inseto-praga – cada espécie de inseto possui uma capacidade máxima de reprodução, que é determinada, dentre outros fatores, pela duração de seu ciclo de vida e tamanho da sua prole, em condições ideais.

A literatura aponta que o primeiro surto do mandarová em cultivo de mandioca no Acre ocorreu em 1980, seguido de outros dois em 1993 e 1998, com perdas de até 60% na produção. Posteriormente, datam surtos de menor magnitude em 2002 e 2007, e surtos mais recentes na região do Vale do Juruá, registrados em 2019, na Terra Indígena Carapanã, localizada à margem do Rio Tarauacá, e em 2023, em propriedades rurais de Cruzeiro do Sul. Em 2014 foram registrados surtos do mandarová em seringais comerciais de sete municípios acreanos.

A catação manual, com eliminação das lagartas por esmagamento ou corte com tesoura, é recomendada para cultivos de mandioca de até 2 ha. A eliminação de plantas invasoras hospedeiras à praga, presentes na plantação ou em suas imediações é outra alternativa para minimizar os riscos de surtos. No que tange ao controle químico, atualmente 22 produtos estão registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária para o controle do mandarová na cultura da mandioca. É importante ressaltar que a aquisição e utilização de qualquer inseticida devem ser recomendadas por um engenheiro-agrônomo, seguindo-se o receituário agronômico apropriado, além da observância quanto ao uso de equipamento de proteção individual (EPI).

Existem insetos predadores e parasitoides associados ao mandarová atuando no controle biológico do inseto em campo. No entanto, o principal agente de controle biológico natural é o Baculovirus erinnyis, um vírus específico do inseto, que não causa danos em humanos. Aproximadamente 4 dias após a ingestão do vírus pelas lagartas surgem os primeiros sintomas de infecção no organismo do inseto (descoloração da lagarta, perda dos movimentos e da capacidade de se alimentar). No estágio final da infecção, as lagartas morrem e ficam dependuradas nos pecíolos das folhas.

Para produção desse inseticida biológico, lagartas recém-mortas são coletadas e maceradas com uso de aproximadamente 5 mL de água pura. Essa mistura deve ser coada em um pano fino e limpo, resultando em um líquido viscoso que pode ser acondicionado em embalagem plástica tipo “sacolé” e congelado por prazo indefinido. Para ser utilizado, o produto deve ser descongelado e diluído em água limpa, na proporção de 100 mL do extrato por hectare, para pulverização no campo. O uso do baculovírus pode controlar até 98% das lagartas nos primeiros 3 dias após a aplicação, quando realizada em lagartas jovens, entre o primeiro e terceiro instar (até aproximadamente 3 cm de comprimento).

Rodrigo Souza Santos é Biólogo, doutor em Entomologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Acre, Rio Branco, AC

Fotos: Embrapa/AC.

O monitoramento do cultivo é essencial para a tomada de decisão sobre a época e formas de controle do mandarová. Armadilhas atrativas, com uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área.

Continue lendo

MAIS LIDAS