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Comida cara: governo olha pelo retrovisor – 28/01/2025 – Vaivém
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9 meses atrásem
O governo está olhando apenas pelo retrovisor na questão dos alimentos e começa a tumultuar o mercado com “intervenções”, que se tornaram “medidas” e, agora, redução de tarifas de importação.
Os alimentos realmente estão caros para os consumidores, mas por um processo de alta acumulada nos últimos anos, devido a quebra de safras, questões geopolíticas e estoques mundiais baixos.
Nos últimos seis anos, a alimentação subiu 73%, enquanto a inflação geral ficou em 40%. No governo de Jair Bolsonaro (PL), foram 57% de aumento. Nos dois primeiros anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 10%.
Os estoques mundiais de alimentos já se recompuseram, restando poucos produtos com oferta reduzida.
Neste início de ano, enquanto o governo discute medidas para combater a inflação dos alimentos, arroz, feijão, leite, açúcar, carne bovina, carne suína e derivados de carnes estão com deflação. É o que mostram os dados desta segunda-feira (27) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Antes de tomar medidas esdrúxulas, como ocorreu com a tentativa de leilão internacional de arroz em 2024, é preciso avaliar corretamente o cenário. Um cuidado maior com as contas fiscais e uma redução da volúpia de deputados e senadores por emendas secretas talvez provoquem um efeito mais certeiro.
A presença brasileira é tão grande no mercado externo que seus produtos ajudam a formar os preços internacionais, mas esses também são refletidos no mercado interno.
E aí a cotação do dólar é importante nessa conta. Quando a depreciação do real é forte, torna o produto brasileiro mais competitivo no mercado externo e traz mais receitas para o produtor.
O peso do dólar elevado, no entanto, traz para dentro do país mais custos na produção e nas importações. Nesse jogo, perdem os pequenos produtores e a agricultura familiar, que têm os custos do dólar elevado nos insumos, mas não se beneficiam de exportações.
A taxa de juro, trazida pelo desarranjo fiscal, é mais um componente nos custos de produção e no aumento de preços. O Brasil está tão inserido no mercado externo que lidera as exportações mundiais de uma dezena de produtos do agronegócio.
Os vilões da inflação dos últimos seis anos já apontam taxas menores. O óleo de soja acumula elevação de 182% de 2019 até o final de 2024. O excesso de 41 milhões de toneladas de soja na produção mundial dos últimos três anos, em relação ao consumo, faz o óleo iniciar 2025 com alta de apenas 0,5%.
Segundo colocado nesse ranking, o café sobe menos, após acumular 148% desde 2019. A pressão, porém, vai continuar porque os estoques mundiais estão baixos.
A terceira maior alta do período foi a do acém, que ficou 127% mais caro. A produção mundial de carne bovina cai para 61 milhões de toneladas neste ano, abaixo dos 61,3 milhões de 2024, mas o consumo também será menor, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA).
A produção mundial de arroz se mantém, mas supera em 12 milhões de toneladas a de 2020/21, melhorando os estoques mundiais. Com o dólar em alta, porém, o Brasil deverá gastar mais com trigo.
Se o governo realmente quer elevar a oferta de alimentos básicos, deveria ajustar a cadeia de produção e de distribuição de pequenos produtores, que, sem escala, pagam para produzir.
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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre
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1 dia atrásem
4 de novembro de 2025O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.
“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”
A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.
O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.
Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:
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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre
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6 dias atrásem
31 de outubro de 2025A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.
Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.
Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.
Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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