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Como buscar um trabalho já estando empregado – 16/03/2025 – Carreiras
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8 meses atrásem
Beatriz Pecinato
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Informações semanais sobre mercado de trabalho e dicas para universitários e recém-formados alavancarem sua vida profissional
Está insatisfeito com o seu trabalho? Procurar novas oportunidades pode ser a saída.
Mas se você já está empregado, é preciso tomar alguns cuidados. Explico quais precauções são necessárias ao fazer uma busca por um novo cargo.
Antes de realizar a mudança, reflita sobre alguns pontos. Existem indicativos de que você deveria encontrar um novo trabalho?
Sim. Para entender se há algo errado, analise de que forma seu emprego impacta sua vida pessoal e profissional.
Do lado pessoal… Veja se os seus princípios estão alinhados com o que o seu trabalho oferece. Se o seu objetivo é ter tempo para família e amigos, por exemplo, isso está sendo cumprido?
Se você quer ser desafiado, aquele cargo oferece as ferramentas para isso?
Do lado profissional… Visualize sua carreira até o momento e tente entender se aquela empresa oferece o que você deseja para o agora e para o futuro.
Se você quer um salário maior, é possível negociar com seu gestor? Se você quer crescer na área, sua companhia oferece oportunidades de desenvolvimento e capacitação?
Além disso, não se sentir valorizado e reconhecido também pode ser um indicativo, diz Paulo Augustinho, especialista em carreira e recolocação.
Importante: tenha senso crítico na hora de escolher e lembre-se que não existe um lugar 100% perfeito, diz Isabela Bueno, gerente sênior da Michael Page.
- “Sempre teremos ônus e benefícios em qualquer escolha. O que a gente tem que escolher são ônus e benefícios que fazem mais sentido naquele momento da nossa vida profissional” explica.
Falando em cuidados, é preciso se atentar aos obstáculos na hora de procurar um trabalho já estando empregado. E o maior deles, segundo os especialistas, é a gestão do seu tempo.
É necessário dar conta das suas demandas atuais, separar um período do dia para buscar oportunidades e ainda participar dos processos seletivos sem que as atividades se interfiram, pontua Gisele Bonito, consultora de carreiras.
Então, como se organizar?
A principal recomendação é não utilizar seu horário comercial nem os recursos da companhia atual para procurar um novo emprego. Não seu email profissional ou telefone da empresa.
Separe um tempo antes ou depois do seu trabalho —ou até finais de semana, se for preciso— para pesquisar vagas e captar oportunidades, que é o que toma mais tempo.
E se você for convocado para fazer uma entrevista durante seu expediente? Primeiro, cheque com o recrutador se não é possível fazer uma troca de horário.
↳ Seja sincero sobre sua situação. “Olha, eu já estou trabalhando, eu não posso fazer no meu horário de trabalho, a gente pode marcar num outro horário? No fim de semana?” exemplifica Augustinho.
É preciso comunicar seu gestor sobre essa busca? Isso depende da relação entre vocês.
Se ela sempre foi aberta e transparente, pode ser bom avisar que você está procurando novas oportunidades.
Por quê? Seu chefe consegue flexibilizar seus horários, caso precise participar de alguma etapa do processo, e pode se preparar com antecedência para encontrar um novo colaborador.
Porém, se você está em um ambiente com pouco espaço para diálogos, pode não ser produtivo indicar ao seu gestor que você pretende sair da empresa.
Por quê? Seu gestor pode ficar ressentido e te desligar da companhia antes que você consiga uma nova vaga.
E depois de conseguir o emprego? Como formalizar sua demissão?
Assim que souber que foi aprovado, sinalize para sua equipe atual. Assim, a corporação consegue ter mais tempo para fazer a mudança da maneira menos turbulenta possível, pontua Bueno.
Não se esqueça de comunicar a empresa contratante que você está de saída. Muitas vezes, é preciso finalizar algum projeto em andamento ou concluir o treinamento de um novo profissional.
Por isso, não é recomendado não deixar seu cargo atual do dia para a noite. “Isso pode gerar um impacto ruim na relação profissional. É interessante, dentro do possível, sair deixando as portas abertas”, diz Bonito
Conselhos de CEO
Profissionais em cargos executivos dão dicas para quem está em início de carreira
Sobre ela: é Diretora Executiva da Motriz, organização sem fins lucrativos que tem como missão fortalecer governos locais para que entreguem serviços de qualidade à população brasileira. Formada em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da USP e com MBA e mestrado em educação pela Universidade de Stanford. Trabalhou em consultoria estratégica por 7 anos, em setores como serviços financeiros, agribusiness, aviação e educação pública (nos estados do Amazonas e de Goiás). Joice também trabalhou como superintendente da Secretaria de Educação de Goiás e no Teach For America, nos Estados Unidos.
Meu primeiro emprego… Foi em feiras de artesanato e venda de plantas junto da minha família no começo da minha adolescência.
O que eu faria diferente… Fiz mestrado em Stanford e, naquele momento, tinha uma visão muito fechada sobre o que queria para minha carreira, focada em trabalhar em governos. Acabei não aproveitando as oportunidades que a universidade oferecia em empreendedorismo. Quando comecei minha vida como empreendedora social, senti falta dessas aulas, pois percebi que havia muitas coisas que eu não sabia fazer e que talvez pudesse ter aprendido durante o período acadêmico. Ainda bem que tive amigos e colegas que me ajudaram nessa jornada.
Um erro do qual não esqueço… Sempre trabalhei muito e sempre gostei de trabalhar, mas fui pouco cuidadosa com a minha saúde e comigo mesma no início. Se pudesse voltar, com certeza faria tudo me respeitando mais, cuidando da minha alimentação, da minha rotina de exercícios, horas de sono, tempo de convívio com família e amigos e assim por diante.
Uma habilidade essencial… Estar disponível para conversar, mesmo que seja sobre assuntos difíceis e situações desconfortáveis. É importante sempre ter abertura para esses temas e ser o mais verdadeira possível, de forma honesta. Na minha experiência, sempre foi dessa forma que alcancei bons resultados.
Um conselho para jovens profissionais… Entre na jornada sempre se respeitando ao máximo e de forma que consiga ter equilíbrio com a sua vida pessoal. Aproveite a trajetória. Nossa carreira profissional é muito mais uma dança do que uma maratona, não precisamos chegar ao final, se aposentar e só depois ser feliz. O caminho importa e é necessário fazer coisas que goste e que dão prazer, para que o dia a dia seja proveitoso.
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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