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Como os VEs podem armazenar energia para residências e redes elétricas – DW – 27/12/2024

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6 meses atrásem
Carros elétricos possuem baterias cada vez mais potentes que são carregadas a partir da rede de energia ou de sistemas solares nos telhados.
Mas quando o carro não está em uso, é bateria pode servir como armazenamento para residências e para a rede energética por meio de um processo de carregamento bidirecional que pode reduzir os custos de energia.
Como funciona e há desvantagens?
O que é carregamento bidirecional?
Até recentemente, o poder fluía numa direcção para veículo elétrico (EV) da estação de carregamento.
Uma bateria carregada poderia não apenas alimentar o motor elétrico, a eletrônica, as luzes e o aquecimento, mas também dispositivos externos, como uma geladeira ao acampar, uma furadeira em um canteiro de obras ou até mesmo outro veículo elétrico. Essas funções adicionais são chamadas de V2D (veículo para dispositivo) e V2L (veículo para carga).
Mas usando os mais recentes carregadores bidirecionais, Baterias EV também pode fornecer eletricidade a edifícios inteiros usando a tecnologia Vehicle-to-Home (V2H) ou alimentar a rede pública com eletricidade através da tecnologia Vehicle-to-Grid (V2G). Eles também podem simplesmente carregar baterias de automóveis.
No entanto, os dispositivos bidirecionais estão atualmente disponíveis apenas em locais selecionados de estações de carregamento.
Quanta eletricidade uma bateria de carro pode armazenar?
As baterias dos VEs estão se tornando mais baratas e mais potentes. A bateria do Tesla Model Y, por exemplo, tem pelo menos 62 quilowatts-hora (kWh), o VW ID.4 tem 77 kWh e o carro pequeno Renault (R5) tem pelo menos 40 kWh.
Em comparação, o consumo de eletricidade de uma família com duas pessoas na Alemanha é de cerca de 54 kWh por semana. Um carro elétrico de gama média poderia, portanto, cobrir completamente esta necessidade de eletricidade com uma carga completa da bateria.
Além disso, os novos modelos ID.4 e R5 já foram concebidos para alimentar edifícios e fornecer eletricidade à rede.
Com uma estação de carregamento bidirecional, energia solar pode fluir do telhado de uma casa para a bateria do carro durante o dia e voltar do carro para o prédio à noite. Isso significa que os residentes podem usar energia solar barata dia e noite.
Ao conectar-se ao carro elétrico, os proprietários podem economizar na instalação de unidades adicionais de armazenamento de bateria para o sistema solar. Em residências unifamiliares, os sistemas de baterias solares geralmente têm uma capacidade de 5 a 10 kWh e custam até 10.000 euros (10.440 dólares).
Enquanto isso, o carregamento bidirecional “não é prejudicial ao bateria de carro por si só”, disse Robert Kohrs, especialista em redes de energia inteligentes do órgão de pesquisa alemão, o Instituto Fraunhofer. “Se você fizer isso direito, a carga e a descarga controladas podem aumentar a vida útil da bateria em 5 a 10%.”
Como os carros elétricos podem estabilizar a rede elétrica?
Os carros circulam em média menos de uma hora por dia na Alemanha. Durante o tempo em que os carros elétricos estão estacionados, os operadores da rede poderiam utilizar as baterias para armazenar eletricidade temporariamente e, assim, compensar as flutuações na rede elétrica.
Isso ajudará a usar a quantidade crescente de energia solar e eólica fluindo para as redes nacionais. Nos últimos anos, isso representou 70% da energia gerada na Dinamarca e pouco menos de 50% na Alemanha – embora esteja frequentemente disponível quando não é necessária.
Baterias EV pode armazenar temporariamente o excedente de electricidade destas fontes de energia renováveis. Quando a demanda aumenta, a eletricidade pode ser realimentada na rede. Isto também alivia a pressão sobre as centrais eléctricas a gás ou carvão durante períodos de elevado consumo, ao mesmo tempo que é necessário menos armazenamento de baterias para estabilizar as redes eléctricas.
Encontro você no centro de carregamento!
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O potencial de poupança resultante da utilização partilhada de baterias de automóveis na UE poderá atingir 22 mil milhões de euros anualmente, de acordo com um estudo recente encomendado pela organização ambiental europeia, Transportes e Ambiente.
O relatório afirma que os VE podem cobrir até 9% das necessidades de electricidade da UE, e temporariamente até 20%, tornando-os um pilar importante do sistema eléctrico.
Embora o futuro fornecimento de energia a preços acessíveis e com impacto neutro no clima se baseie principalmente na energia solar e eólica, de acordo com um estudo publicado no Ciência revista, isso exigirá sistemas de armazenamento de baterias com capacidade de 74 bilhões de kWh em todo o mundo até 2050.
Até 2050, poderá haver 1,5 mil milhões de VEs em todo o mundo, afirmaram os investigadores. Com baterias com uma média de 60 kWh por veículo, esta frota global poderia armazenar um total de até 90 mil milhões de kWh de eletricidade.
Quais são os benefícios das baterias automotivas para automóveis, residências e redes?
De acordo com o estudo da Fraunhofer sobre a integração de energia dos veículos elétricos, os proprietários de automóveis elétricos poderiam poupar entre 31 e 780 euros por ano partilhando a energia da bateria com a sua própria casa ou com a rede elétrica.
Em França, foram oferecidos aos proprietários privados do novo Renault R5 eléctrico 10.000 quilómetros (cerca de 6.200 milhas) de electricidade gratuita em troca de ligarem o seu carro a uma estação de carregamento bidireccional durante uma média de 15 horas por dia.
A oferta foi “bem recebida em França, estamos a ter muito interesse”, disse Thomas Raffeiner da Mobility House, uma empresa germano-suíça que comercializa carregamento bidirecional – e o baixo custo da energia para os consumidores que utilizam a flexibilidade do baterias de carro. Raffeiner disse à DW que mais ofertas desse tipo estão em andamento.
De acordo com um inquérito encomendado pelo fornecedor de energia Eon, 77% dos inquiridos utilizariam tecnologia de carregamento bidirecional para abastecer os seus próprios edifícios, enquanto 65% apoiariam redes elétricas.
Os especialistas recomendam que a nova geração de estações de carregamento privadas e públicas funcione bidirecionalmente sempre que possível.
O estudo Fraunhofer estimou que isto aumentaria os custos iniciais em cerca de 100 euros para pequenas estações de carregamento (até 22 KW) e em cerca de 250 euros para uma estação de carregamento rápido.
No entanto, estes custos adicionais seriam compensados pelas poupanças obtidas em poucos meses de utilização.
Fontes:
https://www.transportenvironment.org/uploads/files/2024_10_Study_V2G_EU-Potential_Final.pdf
Este artigo foi escrito originalmente em alemão
A ansiedade de alcance é real? Problemas e avanços no carregamento de veículos elétricos
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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