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Como recuperar o dinheiro após cair em um golpe envolvendo Pix? Veja orientações de especialista

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Diversas instituições, como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Banco Central, têm alertado recentemente sobre golpes envolvendo o Pix. No golpe do Pix errado, por exemplo, golpistas fazem um Pix para a possível vítima e entram contato dizendo que fizeram um Pix errado. Eles sugerem então que a vítima faça a devolução para uma conta diferente da conta de origem do dinheiro. Quando a vítima faz a transferência, ela caiu no golpe.

Nesses casos, a vítima consegue reaver o dinheiro de golpe com Pix? Sim, mas o processo pode ser complexo, alerta a Antonielle Freitas, advogada especialista em segurança cibernética e direito digital.

Mecanismo Especial de Devolução facilita devoluções de fraudes por Pix Foto: Sidney Almeida/Adobe Stock

Caí no golpe. O que faço?

A recomendação oficial do Banco Central para as vítimas de golpes é relatar o caso ao banco e solicitar a devolução dos valores transferidos para o suposto golpista. Além disso, é recomendável registrar um Boletim de Ocorrência.

A vítima deve solicitar que o banco acione o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix, um recurso de segurança do Banco Central que facilita a devolução de valores transferidos por Pix em caso de fraudes. O pedido de devolução deve ser registrado na instituição em até 80 dias depois da data do Pix.

Depois, o banco do suposto golpista bloqueia os valores. As duas instituições avaliam o caso em até 7 dias corridos e verificam se há indícios de golpe. Caso seja comprovado, o banco do golpista devolve os recursos para a vítima em até 96 horas do término da avaliação.

Cuidados necessários

A advogada Antonielle Freitas, especialista em segurança cibernética e direito digital. afirma que alguns cuidados são necessários nesse processo. Primeiro, ela recomenda interromper a comunicação com o golpista e contatar o banco por meios oficiais de atendimento, como SAC ou Ouvidoria.

No atendimento, é importante anotar o número de protocolo, o nome do atendente e o horário, “criando um histórico formal da solicitação, que pode ser útil para acompanhamento ou em uma possível reclamação formal”, alerta Antonielle. “Pergunte sobre os prazos e acompanhe o status da análise com o banco periodicamente”, diz.

Ela reforça a orientação do BC de registrar um BO e acionar o MED.

Como comprovar que houve golpe?

É necessário documentar todas as evidências do golpe, afirma Antonielle, como registros de mensagens, e-mails, comprovantes de transferência e o Boletim de Ocorrência.

O relato também deve ser o mais detalhado possível. “Seja específico sobre como a situação ocorreu. Detalhes ajudam a caracterizar a fraude de forma mais clara”, explica a advogada.

É possível reaver os valores enviados?

Sim. O MED é um recurso que foi criado justamente para esses casos, permitindo o bloqueio e devolução dos valores em caso de fraude comprovada. Porém, alguns cuidados são relevantes para garantir o sucesso do processo, aponta a advogada, como a rapidez na notificação. “Quanto mais rápido a vítima agir, maiores as chances de recuperação”, afirma.

Além disso, a devolução também depende da cooperação do banco do golpista e da existência de saldo na conta de destino, aponta Antonielle.

“A maioria das pessoas que age rapidamente e segue os procedimentos corretos consegue recuperar os valores, mas o processo pode ser complexo e nem sempre é bem-sucedido”, relata a advogada.

O que fazer se o banco não concluir a análise em até 7 dias corridos?

A orientação da advogada é contatar o banco novamente e, se necessário, registrar uma reclamação formal no Banco Central ou no Procon. É possível, ainda, contatar a ouvidoria do banco, aumentando a chance de uma resposta formal e dentro dos prazos.

E se o golpista não devolver os recursos para a vítima em até 96 horas?

Caso os valores não sejam devolvidos no prazo, é preciso fazer uma solicitação formal de revisão ao banco, destacando o descumprimento do prazo, orienta Antonielle.

Outra possibilidade é buscar ajuda no Procon, Defensoria Pública ou ainda ingressar com uma ação judicial, tanto contra o banco quanto contra o golpista, para recuperar os valores. “Essa alternativa tende a ser mais demorada e dependerá das condições específicas do caso”, afirma a advogada.

Como evitar golpes com transações via Pix?

Veja algumas orientações de prevenção, segundo a especialista:

  • Verifique a identidade do destinatário: sempre confirme o nome e o CPF/CNPJ do destinatário antes de fazer uma transferência.
  • Desconfie de ofertas muito boas: se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é uma tentativa de golpe.
  • Ative a autenticação em duas etapas: Configure essa camada extra de segurança para proteger suas contas bancárias e evitar acessos indevidos.
  • Cuidado com links suspeitos e phishing: evite clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, ou mensagens, e nunca forneça informações pessoais ou bancárias por esses meios.
  • Educação digital: participe de campanhas de conscientização realizadas por bancos e pelo Banco Central, e mantenha-se informado sobre os tipos de golpes mais comuns e como se proteger.

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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