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Conclusões do furacão Milton: as ‘impressões digitais das mudanças climáticas’ | Notícias meteorológicas

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8 meses atrásem
Moradores da Flórida estão se recuperando do furacão Milton varreu o estado com chuvas e ventos fortes, matando pelo menos 18 pessoas, destruindo mais de 100 edifícios e causando cortes de energia em massa.
Mas por pior que tenha sido a tempestade, os especialistas e as autoridades locais estão aliviados por não ter sido mais catastrófico, com o governador Ron DeSantis a dizer que o estado evitou o “pior cenário”.
Aqui estão as principais conclusões da tempestade:
Intensificação ‘explosiva’
Depois de emergir no Golfo do México, Milton explodiu em um dos furacões mais violentos de todos os tempos na região em quatro dias rápidos. De domingo a segunda-feira, a velocidade do vento da tempestade aumentou de 97 km/h (60 mph) para 290 km/h (180 mph), uma das mais fortes em décadas.
“As tempestades que você enfrenta agora se transformam em eventos climáticos extremos monstruosos rapidamente”, Susan Glickman com o Instituto CLEO, uma organização sem fins lucrativos dedicada à educação e defesa do clima, disse à Al Jazeera. “São desastres não naturais em comparação com os furacões que temos visto há décadas.”
Esses furacões modernos sobrecarregados também são mais difíceis de se preparar. “Algumas pessoas não têm tempo para se preparar e então causam mais danos”, disse ela.
Para evitar Milton, Glickman evacuou Belleair Beach, na costa oeste da Flórida, depois que sua casa foi inundada pelo furacão Helene, duas semanas antes. Depois de se deslocar 16 km para o interior, uma árvore que caiu esmagou seu carro.
Embora os meteorologistas esperassem que Milton enfraquecesse antes de atingir a costa da Flórida, eles estavam prontos para uma “catástrofe épica”estimulando pedidos de evacuação de mais de sete milhões de pessoas.
Tempestade mais fraca, mas tornados mais fortes
Graças ao que os meteorologistas chamam de cisalhamento vertical do vento, Milton foi perturbado por ventos concorrentes sobre o Golfo do México em sua aproximação final à Flórida. Como resultado, no momento em que atingiu terra firme, tinha caído de uma tempestade de categoria 5 – a classificação mais alta – para uma tempestade de categoria 3 com rajadas de vento máximas de 195 km/h (121 mph).
Isso fez com que a tempestade – o aumento dos níveis das águas costeiras que podem inundar casas – atingisse um nível inferior aos temidos 4,5 metros (15 pés) na Baía de Tampa, a área urbana baixa mais vulnerável no caminho de Milton.
“A tempestade, tão temida, não aconteceu porque (a tempestade) foi um pouco para o sul”, disse Glickman.
(1/2) 17h EDT: Análise preliminar pós-aterragem da tempestade causada pelo furacão #Milton indica que os níveis máximos de água atingiram 5 a 10 pés acima do nível do solo entre Siesta Key, FL e Ft. Myers Beach, Flórida, incluindo Charlotte Harbor.
– Surto de tempestade NHC (@NHC_Surge) 10 de outubro de 2024
No entanto, Milton causou uma barragem incomum de tornados, dezenas dos quais foram desencadeados em todo o estado. Foram esses tornados violentos isso causou uma das piores carnificinas do estado, com um tornado na cidade de Fort Pierce, no leste, matando pelo menos cinco pessoas em uma casa de repouso.
“Os tornados… foram realmente sobrecarregados em comparação com os tornados típicos que você vê em um ambiente de furacão”, disse Michael Brennan, diretor do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, à CNN. “Eles estavam vivendo mais. Eles eram mais poderosos. Havia mais deles.
#Furacão #Milton produziu mais de 35 preliminares #tornado relatórios e 126 #tornado avisos. Aqui estão os 5 ciclones tropicais mais prolíficos que produzem tornados. #Berilo já quebrou o Top 5 no início deste ano.
Furacão Ivan 2004 (118 tornados)
Furacão Beulah 1967 (115… pic.twitter.com/knI29bvm5q-Kathryn Prociv (@KathrynProciv) 10 de outubro de 2024
Bilhões em danos
Além das vidas perdidas, Milton cortou a energia de mais de três milhões de pessoasencerraram importantes aeroportos e portos internacionais e criaram danos materiais que poderão custar às seguradoras até 50 mil milhões de dólares, segundo a agência de notação de crédito Fitch.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse em entrevista coletiva na sexta-feira que Milton e Helena destacam a necessidade de fortalecer a rede energética dos EUA.
Autoridades da Flórida alertaram que a recuperação será um processo longo e cansativo. Em St Pete Beach, uma cidade com uma ilha-barreira, a maioria das casas é inabitável, sem esgoto ou serviço de água, segundo o prefeito Adrian Petrila.
A busca por pessoas presas ou desaparecidas na tempestade continua com mais de 6.500 soldados da guarda nacional destacados para apoiar o esforço.

As alterações climáticas desempenharam um papel
Milton provavelmente foi mais úmido e ventoso do que os furacões anteriores devido às tendências climáticas moldadas pelo aquecimento global, segundo especialistas.
Um fator importante, disseram eles, é a aquecimento das temperaturas do oceanoque servem como turbocombustível para tempestades no Oceano Atlântico.
“Em todo o Atlântico Norte e especialmente no Golfo do México, as temperaturas estão batendo recordes neste momento”, disse Jennifer Francis, cientista sênior do Woodwell Climate Research Center, à Al Jazeera. “E sabemos que o calor do oceano é o combustível de que se alimentam estas tempestades. Essa energia extra torna (essas tempestades) mais fortes. Isso faz com que eles se intensifiquem mais rapidamente.”
Francis acrescentou que o aquecimento da água provavelmente provocou chuvas mais fortes quando Milton caiu na Flórida, que registrou 457 mm (18 polegadas) de precipitação em algumas áreas do interior, submergindo veículos.

De acordo com um estudo rápido publicado por pesquisadores da World Weather Attribution, mudanças climáticas causadas pelo homem pode ser responsabilizado por aumentar as chuvas de Milton em 20 a 30 por cento, bem como por amplificar os ventos em cerca de 10 por cento.
“As impressões digitais das alterações climáticas e da crise climática são muito claras nestas tempestades”, disse Francisco.
Tempestade de desinformação
Enquanto os trabalhadores da linha da frente corriam para limpar estradas cheias de escombros, restaurar a energia e encontrar pessoas desaparecidas, também lutavam contra uma enxurrada de teorias da conspiração sobre o furacão e a resposta federal.
Entre as falsas alegações estava a de que Milton havia sido geoengenharia com “ondas de frequência” ou de alguma forma dirigida a áreas-alvo onde vivem os apoiantes do Partido Republicano, enquanto os eleitores dos EUA se preparam para as eleições de 5 de Novembro.
Nas redes sociais, os usuários compartilharam fotos geradas por IA mostrando imagens falsas dos danos do furacão, inclusive no Disney World de Orlando.
Outra afirmação desacreditada, ecoada pelo ex-presidente Donald Trump, é que o Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA) redirecionou fundos de ajuda humanitária ao furacão para abrigar imigrantes indocumentados.
“Estamos vendo nas redes sociais a narrativa em torno dos democratas, imagens geradas por IA de como a FEMA está falhando… alimentando um incêndio bastante odioso e impactante”, disse Henry Ajder, consultor independente em IA generativa. “Isso torna mais difícil para essas pessoas realizarem seu trabalho em circunstâncias incrivelmente desafiadoras.”
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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